segunda-feira, 25 de julho de 2011

Agricultura Vertical

do Professor da Universidade de Columbia, Dickson Despommier: um arranha-céu verde para a EXPO 2015

Dickson Despommier, um professor de Ciências da Saúde Ambiental e Microbiologia da Universidade de Columbia, desenvolveu a idéia de agricultura vertical com alguns de seus alunos da pós-graduação. O objetivo é cultivar plantas e criar animais em arranha-céus no centro da cidade. Este projeto foi pensado porque espera-se que 2050 cerca de 80% da população do mundo viverá em cidades; por razões econômicas, Desponmmier acredita que o crescimento dos alimentos deveria vir de dentro.







Cada Exposição Universal deixou um marco arquitetônico inovador na cidade de origem, como a Torre Eiffel, em Paris e o Atomium, em Bruxelas. O símbolo da próxima EXPO de 2015 poderia muito bem ser um Skyland: a primeira agricultura vertical do mundo. Neste arranha-céu verde seria possível cultivar produtos agrícolas dentro de uma cidade para seus próprios habitantes. Mas o que exatamente é a agricultura vertical? É uma questão arquitetônica baseada em dois conceitos: o desenvolvimento vertical dos edifícios e a possibilidade de cultivar produtos biológicos no interior. O inventor da agricultura vertical é Dickson Despommier, um professor de Ciências da Saúde Ambiental e Microbiologia da Universidade de Columbia, em Nova York.

De acordo com suas estimativas, o grande edifício de 30 andares seria capaz de alimentar entre 10.000 e 50.000 pessoas por ano. Despommier afirma que a agricultura vertical poderia ser a solução para muitos dos problemas que enfrentamos hoje, tais como a superpopulação e escassez de alimentos. Além disso, a agricultura vertical iria reduzir as emissões de CO2, que estão associadas com a produção de alimentos.


A agricultura vertical, graças a hidroponia (técnica de cultivar plantas sem solo), seria capaz de produzir uma rica colheita, protegida das condições atmosféricas e dos parasitas. Esta agricultura também seria menos prejudicial para as terras e para o meio ambiente.

Chimamanda Adichie: O perigo da história única

terça-feira, 19 de julho de 2011

Logística de Belo Monte não é mais difícil do que a de outras obras (desde 1880)

A Usina de Belo Monte não traz mais dificuldades logísticas do que muitas obras desse porte já realizadas pela engenharia brasileira.














O jornal Valor Econômico publicou a matéria “Belo Monte traz ‘pesadelo’ logístico para empresas”, nesta segunda-feira, 18, e listou os maiores obstáculos enfrentados para a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no estado do Pará.

A matéria enumera as dificuldades a serem enfrentadas pelo consórcio Norte Energia e define que a obra é um ‘pesadelo’ logístico para o consórcio.

“A usina hidrelétrica de Belo Monte terá de ser construída no meio da selva a partir do nada e criar até mesmo a infraestrutura que torne possível sua existência - um pesadelo logístico de R$ 26 bilhões”.

O Valor cita as 300 toneladas de peças que terão que chegar pelo rio Xingu desprovido de um porto de grande capacidade. A reportagem mostra que é necessária a construção de um aeroporto para atender a demanda mínima dos 22 mil funcionários que trabalharão nas obras.

As condições da rodovia Transamazônica, BR-320, são apontadas como um desafio, também, porque ainda é preciso ser asfaltado 700 km e abrir mais 400 km de estradas.

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A intenção da matéria é muito boa: mostrar o grau de dificuldade dessa que é a maior obra em (início) construção no Brasil.

Talvez seja exagerado falar em pesadelo logístico para os construtores, na medida que tudo isso é previsto e precificado quando da elaboração da proposta.

Além do mais, a engenharia construtiva brasileira vem enfrentando, com sucesso, gigantescos desafios logísticos, como a construção ferroviária Curitiba-Paranaguá, no século XIX, e a ferrovia Madeira-Mamoré, no início do século XX, até o Projeto Jari, nos anos 60 e 70, também no século passado.

Ferrovia Curitiba-Paranaguá

A construção da ferrovia começou oficialmente em fevereiro de 1880. Considerada impraticável por inúmeros engenheiros europeus à época, a obra teve início em três frentes simultâneas: entre Paranaguá e Morretes (42 km), entre Morretes e Roça Nova (38 km) e entre Roça Nova e Curitiba (30 km).

Para a obra, foram recrutados mais de 9.000 homens, que ganhavam entre dois e três mil réis por jornada. A maioria deles vivia em Curitiba ou no litoral, e era composta de imigrantes que trabalhavam na lavoura.

Mais da metade desses homens faleceu durante a construção da ferrovia, frente às condições precárias de segurança.

O esforço e ousadia de trabalhadores braçais, engenheiros e outros profissionais resultou numa das mais ousadas obras da engenharia mundial. Depois de cinco anos, a ferrovia foi inaugurada em 02 de fevereiro de 1885.

Em seus cento e dez quilômetros de extensão, a ferrovia guarda centenas de obras de arte da engenharia: são 14 túneis, 30 pontes e inúmeros viadutos de grande vão.

Destacam-se a Ponte São João, com 55 metros de altura, e o Viaduto Carvalho, ligado ao Túnel do Rochedo, assentado sobre cinco pilares de alvenaria na encosta da rocha - a passagem por esse trecho provoca a sensação de uma viagem pelo ar, como se o trem estivesse flutuando.







Curitiba-Paranaguá: Viaduto do Carvalho










Foi a primeira obra com essas características a ser construída no mundo.

André Rebouças foi um personagem importante na história dessa grande obra da engenharia ferroviária brasileira. A contribuição do seu talento e competência foram determinantes para a brilhante solução dada à dificuldade de transposição da Serra do Mar no ponto conhecido como Viaduto do Carvalho, famosíssimo desde então pela audaciosa técnica adotata pelo engenheiro.






Ferrovia Curitiba-Paranaguá: construção de ponte, na Serra do Mar, em 1879








Fonte: site Skyscrapercity e Wikipédia

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Ferrovia Madeira-Mamoré

A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré é uma ferrovia construída entre 1907 e 1912, às margens do Rio Madeira, para ligar Porto Velho a Guajará-Mirim, no atual Estado de Rondônia.

Ficou conhecida à época como a “Ferrovia do Diabo“, devido à morte de milhares de trabalhadores durante a construção, causada sobretudo por doenças tropicais.







Inauguração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré em 1912 (fonte: Wikipédia)





O primeiro trecho, com 90km de extensão entre Porto Velho e Jaci Paraná foi solenemente inaugurada em 31 de maio de 1910.

O segundo trecho, com 62km de linha, foi inaugurado em 30 de outubro de 1910. A ferrovia alcançava agora a Cachoeira dos Três Irmãos, com 152km de extensão.

Em 7 de setembro de 1911, comemorando a Independência do Brasil, foi inaugurado o trecho desde Porto Velho até Abunã, na foz do rio de mesmo nome, com 220km de extensão. Ao final do ano de 1911 já haviam sido lançados 306km de trilhos.













Finalmente, em 30 de abril de 1912 foi assentado o último dormente da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, no ponto final em Guajará Mirim. Em 01 de agosto de 1912 foi inaugurado este último trecho, dando-se a obra por encerrada.

Quando foi finalmente concluída, a ferrovia ligava a futura Porto Velho a Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, numa extensão de 364km. Mais tarde, uma pequena alteração no traçado aumentou essa distância para 366km.





















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Projeto Jari

“Projeto Jari” foi criado para atender atividade de celulose na década de 70.

Portos, ferrovias, aeroportos e oito mil quilômetros de estradas foram construídos na fronteira entre os estados do Pará e Amapá

Em 1967, o empresário norte-americano Daniel K. Ludwig construiu um complexo de produção de celulose, em uma área estimada em de 1,6 milhão de hectares na região Jari, chamada Jari Florestal e Agropecuária Ltda.

Ludwig decidiu produzir celulose de alta qualidade a partir de áreas reflorestadas e foi considerado um dos maiores e mais ambiciosos programas agroindustriais da época.

As obras começaram na década de 70 e uma fábrica de celulose foi encomendada e construída pelos estaleiros Ishikawagima no Japão, sobre duas plataformas flutuantes, que foram rebocadas desde o Japão.







Uma das plataformas do Projeto Jari (Foto: Site The Green Club)






As instalações atravessaram o mar da China, os oceanos Pacífico, Índico e Atlântico, subiram o rio Amazonas e o rio Jari até a localidade de Munguba, onde foram instaladas.

Para exportar a celulose da região Amazônica, foram construídos três portos na região. Um em Belém, outro junto à fábrica de celulose e o terceiro junto à planta de beneficiamento de caulim (minério).

O transporte fluvial de cargas e passageiros entre Belém e o Jari passou a ser feito por uma frota de balsas, rebocadores e um barco para 292 passageiros, adquiridos por Ludwig.

Para o transporte aéreo de pessoal e cargas foi construído um aeroporto e adquiridos aviões. Além de 60 km de estradas principais, 1,5 mil km estradas secundárias e 6 mil km de estradas florestais. Mais de 68 km de ferrovias foram construídos para o transporte de madeira.







Vista aérea da fábrica de celulose Jari (Foto: Site The Green Club)





Redação T1
José Augusto Valente


Portal T1 - Logística e Transportes

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O submundo do jornalismo

Sent: domingo, 17 de julho de 2011




Publicado em 17/07/2011 por Eliakim Araújo

O escândalo dos grampos telefônicos do jornal londrino News of the World desnuda o submundo do jornalismo sujo e antiético praticado por grandes conglomerados midiáticos e suas ligações com políticos e funcionários dos órgãos de segurança.

Desta vez, pegaram Rupert Murdoch (foto), o imperador do reino das comunicações. Dono de empresas jornalísticas tão poderosas que governantes, políticos, esportistas e celebridades rendem (ou rendiam) homenagens a ele, não por suas virtudes morais, mas pelo temor de que ele usasse a força de seus jornais e TVs para chantagear e divulgar informações pessoais de suas vítimas. Como fez com o ex-primeiro-ministro britânico Gordon Brown, cujo filho sofre de fibrose cística, uma informação que a família mantinha em segredo para protegê-lo da curiosidade pública, e que foi covardemente divulgada pelo jornal de Murdoch, graças a uma escuta clandestina.

Os repórteres do tablóide sensacionalista News of the World iam às últimas consequências para conseguirem seu objetivo. Compravam detetives oficiais e particulares, tinham cúmplices dentro da Scotlana Yard que, aliás, fica muito mal no episódio porque há muitos anos dormem nas gavetas da repartição denúncias de ilegalidades praticadas pelo jornal de Murdoch, que nunca foram seriamente investigadas.

O escândalo só estourou há alguns dias porque o elitista jornal britânico The Guardian, denunciou a história da menina Milly Dowler, sequestrada e assassinada em 2002, cujo correio de voz em seu celular foi grampeado por um investigador a serviço do jornal de Murdoch, na busca por gravações que pudessem chocar os leitores. Como a caixa postal do celular de Milly estava lotada, deletaram gravações antigas, prejudicando assim as investigações policiais.

A estratégia suja e antiética de conseguir notícias exclusivas pode ferir gravemente a estabilidade do grupo empresarial do magnata Rupert Murdoch. Aos 80 anos, o velhinho está em plena forma física. Os que o conhecem dizem que ele adora esse tipo de jornalismo, que espeta, incomoda e humilha suas vítimas e fazem com que ele seja mais temido.

Na Grã-Bretanha, agora, ele está mais sujo que pau de galinheiro. Parece que chegou a hora da caça se voltar contra o caçador. O Parlamento britânico já criou um comitê de investigação que está convocando jornalistas e executivos do jornal News of the World para prestarem depoimento. Dois dos principais executivos das empresas de Murdoch pediram demissão, uma nítida tentativa de oferecer a cabeça de um ou dois em troca do abafamento da crise.

Empresarialmente, o escândalo foi um desastre para Murdoch. Além de perder o News of the World, o lucrativo tablóide dominical que vivia do sensacionalismo barato das escutas telefônicas, o governo britânico aprovou a decisão do Parlamento de bloquear uma importante negociação de Murdoch. Por 12 bilhões de dólares, ele assumiria o controle total da principal emissora por satélite da Grã-Bretanha, a BSkyB, que possui 10 milhões de assinantes.

Mas o inferno astral do velho Murdoch (80 anos) está apenas começando. Há fundadas suspeitas de que o jornalismo sujo praticado por suas empresas em Londres tenha contaminado suas mídias nos Estados Unidos. Já se sabe que os celulares de familiares de vítimas dos atentados de 11 de setembro de 2001 foram violados. E alguns parlamentares querem saber se os jornais e a TV de Murdoch nos EUA usavam os mesmos recursos ilícitos para conseguirem informações inéditas ou secretas que pudessem usar contra seus adversários políticos.

O senador Jay Rockfeller, democrata de West Virginia, pediu rigorosa investigação em todas as empresas de Murdoch nos EUA, onde ele é dono do Wall Street Journal, do New York Post e da poderosa FoxNews, canal de TV assumidamente direitista, republicano e crítico contundente do Partido Democrata e do presidente Obama. O escândalo dos grampos telefônicos está nas manchetes dos jornais do mundo inteiro, mas a Foxnews não dá uma linha sobre o episódio.

A conclusão que podemos tirar de tanta baixeza praticada em nome do jornalismo é que devemos estar atentos aos grupos midiáticos brasileiros. Quanto maiores, mais poderosos. Quanto mais poderosos, mais temidos pelos governantes. A concentração de grandes empresas de mídia nas mãos de poucas e suspeitas personalidades coloca em risco a saúde do bom jornalismo. É isso que devemos denunciar e é contra isso que devemos lutar.


Eliakim Araujo

Ancorou o primeiro canal de notícias em língua portuguesa, a CBS Brasil. Foi âncora dos jornais da Globo, Manchete e do SBT e na Rádio JB foi Coordenador e titular de "O Jornal do Brasil Informa". Mora em Pembroke Pines, perto de Miami. Em parceria com Leila Cordeiro, possui uma produtora de vídeos jornalísticos e institucionais.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

pensamento nesta manhã do dia 15/07

Comecei o dia bem: fiz algumas declarações de amor a vida e a amizade. Se não for assim o "baixo astral" toma conta e a luta precisa continuar.

Mãos a obra! Vencer, Vencer, Vencer!

Boletim de Notícias do Instituto Telecom, número 308, em 15 de julho de 2011






Idec: operadoras de celular impõem cláusulas ilegais aos clientes

Escrito por Wilian Miron, Teletime, quinta-feira, 14 de julho de 2011

Três das quatro principais operadoras brasileiras do Serviço Móvel Pessoal (SMP) mantêm cláusulas ilegais em seus contratos de prestação dos serviços ao cliente da modalidade pré-paga. A constatação é de um levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) entre abril e maio deste ano.
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Outra Opinião: Sou PT e defendo a banda larga pública e universal

Escrito por Gilberto Palmares, deputado estadual PT-RJ, sexta-feira, 15 de julho de 2011

Os críticos do governo Lula, sempre que buscam desqualificar os avanços inquestionáveis promovidos nos seus oito anos de presidência, costumam dizer que ele apenas deu continuidade às políticas do governo neoliberal de FHC. Nada mais injusto.
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Quando o projeto de Marco Civil da Internet será encaminhado ao Congresso?

Escrito por A Rede, quarta-feira, 14 de julho de 2011

Esta pergunta foi repetida por diversos deputados e representantes da sociedade civil presentes, ontem, na audiência pública das comissões de Ciência e Tecnologia; de Direitos Humanos e Minorias; e de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado sobre o do Projeto de Lei 84/99, o Projeto Azeredo. Isso porque muitos deputados e organizações da sociedade civil defendem que não se pode estabelecer o que são crimes na internet sem definir, antes, quais são os direitos e responsabilidades dos cidadãos na rede.
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Anatel adia consulta pública do Regulamento de TV a Cabo

Escrito por Samuel possebon, Tela Viva News, quarta-feira, 14 de julho de 2011

A Anatel decidiu nesta última quarta, dia 13, por circuito deliberativo, prorrogar por mais 10 dias a consulta pública sobre o novo Regulamento de TV a Cabo. Originalmente, o prazo final para contribuições era dia 17. Com o adiamento, passa a ser dia 27. A mudança atendeu a um pedido das entidades de defesa do consumidor que queriam mais tempo para analisar a proposta.
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Entidades propõem novo marco legal para ciência e tecnologia

Escrito por TI Inside Online, quinta-feira, 14 de julho de 2011

Representantes do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia e Inovação e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Consecti e Confap) apresentaram propostas de mudanças no marco legal para ciência, tecnologia e inovação (C,T&I).
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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Sustentabilidade é ter o Pé na Terra, hoje ainda um sonho sonhado.

Quando crianças somos estimulados a imaginar de acordo com modelos e padrões. As meninas devem brincar de bonecas e casinhas, como se fossem de verdade, e sonham com príncipes encantados. Os meninos devem brincar de carrinho e de bola, como se fossem pilotos de F1 ou jogadores de futebol. Essas brincadeiras são convenientes para reforçar papéis culturais, nem sempre os mais adequados, que se espera de meninos e meninas, mas também são úteis para estimular nossas fantasias! E é bom e importante sonhar para nos retirar de uma realidade muitas das vezes frustrantes e nos remeter para um mundo imaginário! Seria um desastre se nossas crianças passassem a não mais acreditar nos sonhos, se nós próprios, adultos, resolvêssemos viver só de realidade! São os sonhos que nos impulsionam para querer ser diferentes do que somos hoje, querer ser melhores, num mundo melhor. Eles nos permitem acreditar que é possível, que vale a pena lutar! O perigo é se descolar de tal forma que os sonhos se transformam numa falsa realidade e o indivíduo saia do mundo real.

À medida que crescemos, no confronto com a realidade, nossos sonhos vão se esvaindo como num moinho, mas a cada sonho que se desfaz, logo é substituído por outro e mais outro, pois, assim como nosso corpo precisa de comida, nosso espirito também precisa de utopias. O processo de ajustar nossos sonhos à realidade nem sempre se dá de forma tranquila. Sonhamos com um mundo onde o meio ambiente seja respeitado e exista justiça social, mas o que mais vemos à nossa volta é destruição e desrespeito ao meio ambiente, fome, miséria, violência, exclusão social. Sabemos que existem boas práticas e bons exemplos de sustentabilidade, mas o fato é que os maus exemplos ainda os suplantam.

A realidade geralmente é muito decepcionante em parte por que existe uma enorme distância entre querer e fazer, sonhar e realizar. Na lógica das relações sociais nossas escolhas influenciam aos demais, os demais também nos influenciam. Enquanto alguns se importam com a dor alheia, outros são insensíveis, enquanto uns se preocupam em deixar um mundo melhor para as próximas gerações, outros parecem viver como se não fosse existir um amanhã.

Mas ainda assim é importante continuar sonhando, acreditando que é possível, e nos empenhar com determinação para fazer o melhor que pudermos, e quando as frustrações nos alcançarem, é importante estabelecermos limites do quanto podemos suportar. Não deveria existir nenhuma vergonha em ceder um pouco a fim de se alcançar o consenso do que é possível e suportável, ainda que isso signifique abrir mão de nossos sonhos, pelo menos um pouco, para nos ajustarmos aos sonhos dos outros, pois a sustentabilidade não é um sonho individual. Para virar realidade a sustentabilidade precisa ser sonhada por todos.

pensamento nesta manhã do dia 13/07

Tenho necessidade de fazer diferente, porque se não o fizer esse meu mundo encolherá.

Todo dia é dia de mudar, mesmo que não acredite. Pois cada célula do nosso corpo já não é a mesma que era a segundos atrás.

Patrocine suas estratégias. Faça a vida acontecer dando energia aos projetos escolhidos.

Não faça da sua vida um tédio pois a vítima pode ser (quem? muito provavelmente...) você!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Brasil – Fatos e Dados

Entenda, em gráficos, tudo sobre o Brasil. MUITO BOM! DIVULGUEM!










http://brasilfatosedados.wordpress.com/

Dinamarqueses vão importar lixo para geração de energia

11/07/2011 -
folha.uol -
Sabine Righetti -
enviada especial a Copenhague
A produção de biogás e outros produtos a partir de lixo está dando tão certo na Dinamarca que o país deve importar resíduos a partir de 2016.

Nesse ano ficará pronta uma nova usina de processamento de lixo da cooperativa Amagerforbrænding, hoje a segunda maior do país.

A ideia é comprar resíduos de países do norte e do leste da Europa, como Alemanha e Polônia, para dar conta da capacidade total da usina.

Hoje, a Dinamarca processa 100% do lixo que produz em empresas privadas e em cooperativas sem fins lucrativos (esse é o caso da Amagerforbrænding).

A população separa o lixo em casa e também leva os recicláveis até postos de troca.

"Os dinamarqueses estão bastante acostumados a trocar garrafas de plástico e latas de alumínio por moedas", disse à Folha a ministra do Clima e Energia da Dinamarca, Lykke Friis.

A Amagerforbrænding processou no ano passado cerca de 400 mil toneladas de lixo, ou 400 caminhões carregados todos os dias.

Editoria de Arte/Folhapress
 
ADEUS AOS FÓSSEIS

O tratamento de lixo reduz a emissão de CO2, principal gás do aquecimento global.

Além disso, no caso da Dinamarca, o biogás produzido a partir do lixo substitui os combustíveis fósseis que seriam usados para aquecimento das casas.

De acordo com Vivi Nør Jacobsen, da cooperativa, 4 kg de lixo processados na usina equivalem a 1 l de óleo para aquecimento das casas.

"A atividade da usina está dentro da proposta do governo de acabar com o uso de combustíveis fósseis no país até 2050", explica Jacobsen.
 
A Amagerforbrænding também tem uma proposta de aproximar o processamento do lixo da sociedade.
 
A nova fábrica será em Copenhague, assim como a atual, que é de 1970 e se destaca por ser limpa e colorida.
A diferença é que a usina que será inaugurada ficará ainda mais perto do palácio real dinamarquês e funcionará como um espaço público, tendo até pista de esqui.

"Queremos mostrar que uma usina de processamento de lixo não precisa ser feia e fedida", explica Jacobsen.
No Brasil, algumas iniciativas de reciclagem funcionam bem. Por exemplo, quase todas as latinhas de alumínio são recicladas no país.

Os lixões a céu aberto continuam predominando no Brasil pelo menos até 2014.

Esse é o prazo final estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, sancionada no ano passado, para que todos os lixões sejam completamente fechados.

O objetivo é ter aterros sanitários para os resíduos que não possam ser tratadas - e reaproveitar o restante.

A jornalista SABINE RIGHETTI viajou a convite do Consórcio do Clima da Dinamarca

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Ser novo

Vou em busca de uma nova forma de ser, que sempre esteve presente neste Ser. O novo sai do velho na dialética da natureza universal. É assim: "nada se perder, tudo se transforma".

Um novo Ser surge, onde sempre existia.

Daqui prá frente vou falar sobre essas coisas de Ser.

Vamos...

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Telebrás inicia operação comercial do PNBL

Escrito por Tele.Síntese, terça-feira, 05 de Julho de 2011

Primeira cidade ativada é goiana Santo Antônio do Descoberto, localizada no entorno de Brasília.

A Telebrás ativou na última quinta-feira (30) os equipamentos que ligam a rede nacional de telecomunicações a Santo Antônio do Descoberto (GO), localizado no entorno de Brasília. Com isso, o primeiro município atendido pelo Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) já está com o serviço em operação comercial.

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terça-feira, 5 de julho de 2011

Nossa Opinião da Semana - Pela convocação imediata do Fórum Brasil Conectado


Escrito por Instituto Telecom, terças-feira, 05 de julho de 2011

Conforme destacado no Nossa Opinião Especial "A ponta do Iceberg" e na excelente nota produzida pelha "Banda Larga é um direito seu" (Confira no nosso site: www.institutotelecom.com.br), o caminho escolhido pelo governo, de privilegiar a negociação com as concessionárias de telecomunicações, mostrou-se equivocado.

Perdeu-se a oportunidade de discutir efetivamente a prestação do serviço de banda larga em regime público com metas de universalização, qualidade, continuidade e reversibilidade. Nós, do Instituto Telecom, acrescentamos que o governo abriu mão de cláusulas no PGMU (Plano Geral de Metas de Universalização para o Serviço Fixo Comutado) que garantissem a imposição regulatória de metas de ampliação do backhaul (banda larga).

No final das contas, o governo sancionou um novo PGMU totalmente enfraquecido, com redução da densidade de telefones públicos, nenhuma meta concreta para a telefonia rural e sem cláusulas extremamente necessárias para a democratização do acesso ao serviço de banda larga.

Surpreendentemente, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, destacou como uma grande vitória o processo de negociação com as concessionárias, por resultar na oferta de banda larga de 1 Mbps (Mega Bits por segundo) a R$ 35,00 com a meta de atingir 5 Mbps em 2014. Este último pacote ainda sem valor definido.

Três itens da nota da Campanha Banda Larga é um Direito Seu! em relação ao termo de compromisso assinado merecem destaque, porque fragilizam o ufanismo de Bernardo:

• Franquia de download crescente para os usuários (para a Telefônica, elas começam em 300 Mb por mês na rede fixa e 150 Mb na rede móvel; para a Oi, começam em 600 Mb). Até 2014, esse valor deverá chegar a 1 Gb e 500 Mb. O que, para se ter uma ideia, equivale a menos de um filme baixado por mês. O serviço ainda poderá ter a sua velocidade reduzida temporariamente após o uso da franquia, limite que condiciona completamente o uso da internet e impede o uso pleno do serviço;

• Limite de velocidade de upload – até 128 kbps – o que representa apenas duas vezes a velocidade de uma conexão em linha discada e, na prática, vai dificultar que o usuário publique fotos, vídeos etc, censurando assim a sua comunicação.

• Venda Casada – embora o ministro tenha afirmado que o pacote de R$35,00 não estaria condicionado à venda casada, o termo de compromisso permite essa prática na banda larga fixa com teto de R$ 65,00 para o combo. Já o pacote de R$35,00, sem venda casada, só é obrigatório na banda larga móvel.

Não é preciso muito para ver a fragilidade da negociação feita pelo governo com as concessionárias. É só analisar os três itens acima e ver que o resultado alcançado é fraco e enfatiza a necessidade de um novo caminho para que o Plano Nacional de Banda Larga não se torne apenas um elemento de retórica.

O Instituto Telecom ressalta que a nossa telefonia fixa não está de forma alguma universalizada. Além disso, temos a telefonia celular mais cara do mundo e com o menor tráfego. Agora querem nos iludir, mais uma vez, com a ideia de que o mercado levará banda larga para todos a partir do termo de compromisso firmado.

É bom lembrar que o próprio Banda Larga nas Escolas não está sendo cumprido integralmente. E os compromissos assumidos pela Oi na época da compra da Brasil Telecom, em relação à política industrial, até hoje não foram viabilizados.

O que fazer diante desse quadro?

Propomos que o Fórum Brasil Conectado, criado quando do lançamento do Plano Nacional de Banda Larga e não convocado nenhuma vez em 2011, seja chamado pelo Ministério das Comunicações imediatamente. O Fórum possui representantes do setor público, das empresas (não apenas das concessionárias), dos usuários e da sociedade civil. E deve exercer, acima de tudo, o papel para o qual foi criado: ser um espaço de diálogo entre governo e todos os setores da sociedade para decidir os rumos da banda larga no país.

O primeiro ponto da pauta do Fórum deverá ser a análise do que foi feito até agora como resultado da negociação com as concessionárias. Mas é preciso que constem todos os temas para os quais ele foi criado: a discussão sobre o conteúdo, as aplicações e serviços, a política industrial, a infraestrutura, os direitos civis, a qualificação e o estímulo à demanda.

O Instituto Telecom continuará lutando pelo respeito às decisões da I Confecom – Conferência Nacional de Comunicação - em particular, a definição de que a banda larga é um direito essencial e que, portanto, não pode ficar apenas sendo prestada em regime privado. A luta pelo regime público permanece como a única possibilidade de universalizarmos a banda larga em nosso país.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Novo PGMU exclui acerto de contas, mas abre brecha para que área rural não tenha metas

Escrito por Samuel Possebon, Teletime, sexta-feira, 01 de julho de 2011

As principais mudanças estabelecidas pelo Executivo no texto final do Plano Geral de Metas de Universalização imposto às concessionárias de telefonia fixa referem-se a questões do ajuste financeiro das metas.

O novo texto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) nesta sexta, 1 de julho, explicita que a regulamentação do AICE deverá assegurar a viabilidade técnica e econômica da oferta, o que não estava na versão da Anatel.

Também foram retirados os artigos do PGMU propostos pela Anatel que previam o acompanhamento dos custos de implantação das metas rurais e a possibilidade de uso do ônus da concessão para cobertura dessas obrigações. Também caíram os artigos que previam a possibilidade de licenciamento da faixa de 450 MHz às concessionárias para ajudar no cumprimento das metas rurais.


Por outro lado, as metas rurais agora dependem do sucesso da licitação da faixa de 450 MHz, marcada para abril de 2012. O novo PGMU publicado nesta sexta é claro ao dizer que todas as obrigações de cobertura rural das concessionárias só valem a partir do momento que a empresa detentora da outorga de 450 MHz completar a cobertura da área. Ou seja, se não houver interessados na faixa de 450 MHz, não haverá cobertura rural compulsória por parte das teles.

A íntegra do novo Plano Geral de Metas de Universalização publicado no DOU desta sexta está disponível para download na homepage do site TELETIME.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Censo 2010 - IBGE

Boletim Especial do Instituto Telecom - em 01 de julho de 2011






Nossa Opinião Especial: A ponta do iceberg

Escrito por Instituto telecom, quinta-feira, 30 de junho de 2011

O governo abriu mão de uma negociação que deveria incluir metas claras de universalização para a área rural, manutenção da densidade dos telefones públicos, inclusão de metas para a expansão do backhaul (banda larga) e preferiu se contentar com a promessa das concessionárias em oferecer internet de 1 Mbps a R$ 35,00.

O ministro Paulo Bernardo, que claramente aceita a lógica do mercado, afirma que a competição levará a uma banda larga de 5 Mbps em 2014 e, por isso, preferiu não definir o preço deste serviço.

O PGMU III aprovado não garante metas reais de universalização. É tão genérico que deixa para a Anatel a missão de elaborar 27 regulamentos, no prazo de um ano, para complementá-lo.

É uma decisão, no mínimo, irresponsável trocar metas que deveriam ser colocadas no Plano Geral de Metas de Universalização por um termo de compromisso que não terá, obviamente, a força jurídica para impor estas obrigações. Quando foi, justamente, só por imposição regulatória que as concessionárias cumpriram, mesmo contrariadas, metas de expansão da rede de telefonia fixa.

Não é à toa que um dia antes do acordo do PGMU III o jornalista Elio Gaspari, em sua coluna no jornal O Globo, já comemorava: “Dilma fez um gol na banda larga”, exaltando o acordo feito com as concessionárias. O jornalista criticou o monopólio estatal das telecomunicações que vigorou até 1998 e antecipadamente concluiu que “pelas regras do jogo, o brasileiro terá acesso à banda larga, sem estar amaldiçoado por ter pouca renda ou por viver numa localidade pobre”.

O fato é que a sociedade civil não foi ouvida nesse processo. As decisões da Conferência Nacional das Comunicações (Confecom) foram esquecidas. O Fórum Brasil Conectado, criado para discutir os vários aspectos do Plano Nacional de Banda Larga (política industrial, pesquisa, conteúdo, infraestrutura) não foi convocado a se reunir uma única vez em 2011. Ou seja, toda a negociação teve como única referência e interlocução o mercado, representado pelo Sinditelebrasil.

O Instituto Telecom cobra o respeito às decisões da Confecom e a convocação imediata do Fórum para a discussão de todos os aspectos contidos no Decreto 7175, que criou oficialmente o PNBL. A discussão central é que a banda larga seja prestada em regime público, com metas claras de uma concessão: universalização, qualidade, continuidade e reversibilidade dos bens.

A negociação feita apenas com o mercado pode ser a ponta de um iceberg que destruirá efetivamente a construção de um Plano Nacional de Banda Larga pelo qual a sociedade tem lutado e reivindicado.

Ao contrário do que diz o jornalista Elio Gaspari, o novo plano não é um avanço, mas uma grande fria para maior parte da população brasileira que tem urgência na democratização do acesso ao serviço.