Ficou evidente que a expectativa da oposição e de seus representantes midiáticos não se concretizou. A população não deu a importância esperada por eles. Mas é apenas o primeiro dia.
MENSALÃO/SUPREMO.
Em
clima tenso, STF rejeita dividir processo do mensalão,
informa o Estadão,
acrescentando
que a questão de ordem, apresentada por Thomaz Bastos, advogado de
José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural (queria que 35 dos
38 réus fossem julgados pela Primeira Instância) evidenciou o
clima de beligerância no plenário, especialmente entre o relator
Joaquim Barbosa – contra o desmembramento – e o revisor Ricardo
Lewandowski, este a favor da separação dos processos. Ao final,
por 9x2 votos o STF declarou-se competente para julgar todos os
denunciados, ao fundamento de que a questão levantada era preclusa,
isto é, a Corte já havia decidido sobre a arguição em ocasiões
anteriores. O ministro Barbosa concluiu a leitura do relatório. Para
o PSDB, diz o jornal, o ministro Dias Tóffili votou contra o
desmembramento para afastar eventual alegação de impedimento ou
suspeição. STF
nega desmembramento do mensalão,
afirma Valor,
ressaltando, também, que os ânimos se acirram na Câmara, sendo o
deputado Marco Maia (PT-RS) acusado de censurar o veículo interno de
comunicação. O petista rebateu as críticas e disse que a minoria
"não tinha mais o que fazer" ao acompanhar o STF. 'Tenho
mais o que fazer', afirma Lula, reportam a Folha,
Valor
que, igualmente, dão destaque para o bate-boca entre os ministros do
STF, incidente que atrasou o julgamento, ao transferir de ontem para
hoje a leitura da denúncia de autoria do procurador Roberto Gurgel.
Folha
reporta que os petistas avaliam que saíram na frente “(...) havia
um certo clima de comemoração pelo desempenho protelatório de
Ricardo Lewandowski e os embates com Joaquim Barbosa”. Folha
ainda
traz as retrancas:
Defesa
nega que pedido tenha sido manobra para atrasar o processo;
procurador desiste de questionar ministro; Procuradoria faz 'mensalão
para menores' na internet; José Dirceu 'submerge' no primeiro dia de
debates. Para
o Valor
sessão do STF dá sinal de julgamento técnico, sem queimar etapas,
sem decisões sumárias.
Jornal
avalia que o resultado do julgamento terá pouco impacto nas urnas,
observando que a população preferiu assistir aos jogos olímpicos,
ignorando o mensalão. Correio
dá destaque para o fato do procurador Roberto Gurgel não pedir o
impedimento do ministro Tóffili. Jornal anuncia que fica para a
próxima semana a defesa dos réus e que haviam apenas 15
manifestantes com velas acesas na praça do STF, número
insuficiente para formar a palavra mensalão. O Globo
também destaca a fala do ministro Barbosa ao colega Lewandowski, a
quem chamou de desleal: 'O
que está em jogo é a credibilidade deste tribunal'
. O mesmo jornal noticia que o advogado de Jefferson, Luiz Francisco
Corrêa Barbosa, quer incluir Lula no processo, apesar do pedido já
ter sido rejeitado em outras oportunidades, operando-se, igualmente,
a preclusão. Brasil
Econômico: Discórdia
no STF surge já no primeiro dia do julgamento.
Correio
destaca
no alto da primeira página que
Reltor
vence primeiro duelo do mensalão. Diz
que o mensalão foi o grande assunto do dia nas redes sociais de
Brasília. Assinala que a “querela entre os ministros (Joaquim
Barbosa e Ricardo Lewandowski) impôs
um imprevisto atraso nos trabalhos do Supremo”. Jornal segue com o
tema em outras retrancas, internamente: Corte
imune à pressão; Correio promove videochat; Divergências entre
juristas; "Tenho mais coisas para fazer", afirma Lula; O
desdém de Marco Maia; Petistas tentam se desvincular do estigma;
Oposição desiste de atacar PT nas ruas.
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