Observe como há uma ressonância cadenciada, orquestrada, sobre o assunto. É uma tentativa claro de uso eleitoral, forçando uma condenação política.
Mensalão/Delúbio/
“PT mandava” – Mensalão é destaque comum das capas.
Globo, em manchete, sob o versal “Rumo ao julgamento do mensalão”,
destaca que “Delúbio vai dizer que só fazia o que PT mandava”.
Reporta que o advogado dele afirmará no STF que Delúbio era apenas
um executor das decisões da Executiva nacional do PT. Aponta que a
tese diverge da linha de defesa de José Genoino, que presidia a
legenda na época, que é a que ele cuidava apenas das questões
políticas, deixando para Delúbio a responsabilidade sobre as
questões financeiras, como os empréstimos de R$ 55 milhões
contraídos por Marcos Valério em nome do PT.
Serraglio/“blindagem”
– Estado noticia na capa afirmação do “Relator da CPI dos
Correios [deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR)]: 'PT atuou contra
provas'”. Segundo o relato do jornal, provas não teriam sido
produzidas por causa de "blindagem" ao ex-ministro José
Dirceu. Correio, em manchete, anuncia como se fosse uma matéria de
serviço o “Especial do mensalão, um passo a passo do maior
julgamento da nossa história”.
Dilma/distância – Valor,
em “Dilma quer distância da 'Ação 470'”, noticia que a
presidenta Dilma decidiu manter o governo o mais distante possível
do julgamento do mensalão – cuja designação técnica no STF é
Ação Penal 470 – para evitar acusações de interferência e
eventuais abalos institucionais. Folha, internamente, destaca que “PT
sugere à Justiça adiar julgamento do mensalão”. Globo,
internamente, reporta que “PT tenta barrar uso eleitoral do
mensalão”.
Toffoli – Painel da Folha diz que advogados do
mensalão vão recorrer caso o procurador-geral da República,
Roberto Gurgel, alegue a suspeição de José Antonio Dias Toffoli no
julgamento.
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