terça-feira, 15 de maio de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


Europa/crise/queda de mercados – Folha e Estado dão altos para crise na Europa. Folha diz que “Crise europeia derruba mercados”. Relata que o prolongado impasse político na Grécia, novas preocupações com o futuro do euro e a derrota eleitoral do partido da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, derrubaram os mercados. Os investidores do mundo todo fugiram das aplicações de maior risco para buscar opções mais seguras, como os títulos públicos dos EUA. Folha afirma que, na avaliação da equipe da presidenta Dilma, o risco de que a alta do dólar gere inflação ainda é pouco preocupante por dois motivos: o impacto do câmbio nos preços diminuiu nos últimos anos e o Banco Central tem como reagir, se for preciso. Anota, contudo, que “técnicos” avaliam que o governo deve evitar que o dólar se descole dos R$ 2. Até esse patamar, a avaliação é que não há pressão sobre a inflação, não comprometendo a estratégia de seguir reduzindo os juros. Estado, “Risco grego para o euro afeta bolsas e dólar encosta em R$ 2”. Acrescenta que o Ibovespa fechou no menor nível do ano. Estado aponta que, “em outro sintoma da crise”, a agência de classificação de risco Moody"s anunciou o rebaixamento no crédito de 26 bancos italianos. Reproduz declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou que o movimento não preocupa o governo. "O dólar alto beneficia a economia brasileira, porque dá mais competitividade aos produtos brasileiros. Significa que a indústria brasileira pode competir melhor com os importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais barato. Portanto, não preocupa." Globo registra na capa que “Crise faz dólar bater R$ 2 e Bolsa cair 3,2%”. Também cita Mantega sobre alta da moeda não preocupar. Correio acompanha no registro de capa “Europa em crise derruba Bolsas e dólar bate em R$2”. Valor avança para o diagnóstico de que “Grécia corre o risco de ser expulsa da União Europeia”. Afirma que decisão nesse sentido colocaria o setor bancário do continente sob pressão extrema. “Mas o risco, para muitos, é menos o impacto imediato e mais o exemplo que a Grécia daria para outras economias problemáticas do bloco”. Editorial da Folha, “O tropeço de Merkel”. Editorial do Estado, “O aperto perde de novo”. China/desaceleração – Valor, na capa, destaca que “China tem desaceleração acentuada”. Ecoa dúvidas sobre os dados oficiais do PIB, que seriam pouco confiáveis. Melhores indicadores do nível de atividade econômica seriam o consumo de energia elétrica, os volumes de carga ferroviária e a concessão de crédito bancário para avaliar o nível da atividade econômica. Resultados desses três indicadores mostram uma queda vertical do nível de atividade. A oferta de energia, por exemplo, cresceu 0,7% no mês passado em relação ao mesmo período de 2011 – em março, o aumento foi de 7,2%. Brasil/“pacote” – Brasil Econômico dá em manchete que “Governo desiste de meta para PIB, e agora busca ‘sensação’ de 4,5”. Sem revelar fonte, jornal afirma que equipe econômica “deixou da lado” previsão de crescimento para este ano, acompanha de perto a evolução dos indicadores e “a qualquer momento” pode anunciar pacote com novas medidas de estímulo ao consumo, como “outra redução de IOF, provavelmente para veículos”.
Comissão da verdade/ “lado assassinado” – Folha chama na capa que “Advogada defende que comissão não investigue esquerda”. Noticia que a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, 65, integrante da Comissão da Verdade, afirmou ontem que o órgão foi criado para investigar os crimes de agentes de Estado que atuaram na repressão aos opositores da ditadura militar de 64. Frise que a declaração foi dada depois que outro integrante do grupo, o ex-ministro da Justiça José Carlos Dias, defendeu à Folha que também sejam apurados atos de pessoas que participaram da luta armada contra o regime. Ao Globo na edição de hoje – que na capa traz chamada “Comissão da Verdade já se divide sobre foco” –, Dias diz que foi mal compreendido pela Folha sobre ênfase dada ao jornal na edição de ontem sobre “dois lados”. Internamente, O Globo destaca no alto parte da fala do ex-secretário dos Direitos Humanos Paulo Sérgio Pinheiro ouvido pelo jornal: “Não tem dois lados, o outro lado foi assassinado”. Ainda internamente, Globo destaca declaração absurda do ex-chefe da Oban, acusado de tortura, tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima: “militar não torturou”. Ainda nas páginas internas, Globo registra que “Militares vão monitorar Comissão da Verdade”, em referência a reservistas da Escola Naval, e – em outra matéria – “esculachos” ontem em 11 estados. Lima foi alvo de um. Estado, na capa, destaca em “Comissão da Verdade não vai investigar militantes”, afirmação de Pinheiro que endossa edição de O Globo. "O único lado é o das vítimas", disse o diplomata, um dos integrantes da comissão, ao jornal. BE chama na capa que “A Comissão da Verdade chega às ruas com pichação”.
Obras da Copa/Fifa/“situação crítica” – Folha destaca na capa que “Obras da Copa têm situação 'crítica', afirma balanço da Fifa”. Jornal diz ter obtido documento da entidade que vê risco de atraso, em alguma proporção, em cinco estádios do Mundial. Entidade demonstra preocupação especial com o estádio de Natal, classificado como de "alto risco" de não ser concluído a tempo para a Copa. As arenas de Manaus e Cuiabá são consideradas de "médio risco" e as de Curitiba e Porto Alegre, de "baixo risco", segundo a entidade. Segundo a mesma fonte, “o panorama para a Copa da Confederações de 2013 é ainda mais crítico” porque a Fifa aponta atrasos em três das quatro sedes já anunciadas para a competição, tratada como ensaio para o Mundial. Aldo – Em entrevista ao Brasil Econômico, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, diz que “se há algum atraso, é uma fração que não é significativa”. Ele se recusou a voltar a abordar a frase infeliz de Jérôme Walcke e defendeu maior controle sobre a CBF, que é o que a capa usa de “gancho” para chamar a matéria. Num desdobramento interno da entrevista, Rebelo – ex-relator de mudanças no Código Florestal – acusa a mídia que cobre meio ambiente de “desinformada”. Jornal também destaca internamente que na opinião de Aldo, “Orlando Silva foi injustiçado”.
PF x Subprocuradora – Folha chama na capa que “Procuradora não quis investigar Demóstenes, diz PF”. Informa que a Polícia Federal afirmou ontem que o delegado Raul Alexandre Marques Souza, da Operação Vegas, não pediu para a Procuradoria-Geral da República suspender o caso como forma de não atrapalhar outras investigações. Explica que a decisão, tomada em 2009, adiou a revelação dos laços do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) com o contraventor [para Folha, empresário] Carlinhos Cachoeira. Lembra que a nota da PF contraria a versão de Cláudia Sampaio, subprocuradora-geral da República e mulher do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ela afirma que a decisão de não levar adiante as investigações da Operação Vegas foi tomada em conjunto com o delegado Souza. Cachoeira/adiamento – Globo dá manchete para “Ministro do STF suspende depoimento de Cachoeira”. Informa que o ministro Celso de Mello acatou pedido da defesa de adiamento do depoimento do bicheiro, marcado inicialmente para hoje. Os advogados de Cachoeira pediram que ele só seja ouvido depois de ter acesso à investigação. O STF ainda vai decidir se o contraventor tem ou não direito de ver os documentos da CPI antes de depor. Estado acompanha registro de capa, “Supremo dá a Cachoeira o direito de não ir hoje à CPI”. E Correio, “Decisão do STF adia ida de bicheiro à CPI”. Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da Comissão, assina na Folha, “CPI em tempos de democracia”. [Ver Delta em “Outros Assuntos”]
Carinhoso” – Globo chama na capa que, “Contra miséria, Carinhoso dá por ano mais R$ 2 bi”. Informa que a presidenta Dilma lançou ontem a Ação Brasil Carinhoso, que eleva o valor do Bolsa Família para 2 milhões de domicílios com crianças de até 6 anos. O objetivo é assegurar que essas famílias fiquem acima da linha de miséria e consigam renda mensal por pessoa de pelo menos R$ 70. Informa ainda que o custo será de R$ 2,1 bi por ano. Folha, internamente, “Dilma anuncia pacote para tirar 6,5 milhões de pessoas da miséria”. Estado, internamente, “Foco de novo pacote social, creches de Dilma não vingaram”. Editorial da Folha “Foco nas crianças” diz que, “apesar da índole publicitária, plano Brasil Carinhoso tem o mérito de contemplar faixa etária até seis anos, a mais desassistida pelos programas”; do Estado, “Falta uma Fifa para as creches”.

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