Inflação para classes mais baixas cai e utilização da capacidade instalada industrial sobe:A inflação para as classes mais baixas, de menor poder aquisitivo, apresentou queda de 0,29% em julho, segundo o IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) divulgado pela FGV. O índice, que mede a inflação para famílias com renda de até 2,5 salários mínimos, apresenta alta de 2,74% no ano e 5,84% nos últimos 12 meses, números inferiores ao IPCA do período. O destaque da deflação no mês de julho foi a queda nos preços dos transportes (-1,54%), alimentação (-0,54%) e vestuário (-1,04%). Já no campo industrial, a utilização da capacidade instalada se elevou no primeiro semestre de 2013, alcançando o índice de 82,16% de ocupação, contra 81,35% no mesmo período de 2012. O aumento da utilização da capacidade instalada aponta à perspectiva de elevação dos investimentos, já que as empresas estariam se aproximando de seu limite de produção com as plantas atuais. |
Comentário: O debate sobre a inflação e o crescimento econômico será o alvo central da disputa política nos próximos meses, podendo influenciar diretamente as expectativas dos empresários e consumidores. Com a inflação em queda desde fevereiro, parte dos analistas financeiros já projeta para este ano um IPCA abaixo do registrado em 2012, no entanto alguns ainda apostam num repique da inflação no segundo semestre, devido à desvalorização cambial. Já no campo do crescimento, começa a se formar um consenso de que o segundo trimestre do ano irá registrar um crescimento acima do verificado no primeiro trimestre (0,6%), podendo chegar até 1%. No entanto, diversos analistas apostam em resultados negativos no terceiro e quarto trimestres do ano, o que indicaria um crescimento anual próximo a 2%. Estas análises se fundamentam basicamente na queda da confiança dos empresários e consumidores, que eles mesmos ajudam a alimentar com suas apostas evidentemente pessimistas, criando um cenário de uma profecia autorrealizável. O governo, por sua vez, aposta no sucesso dos leilões de concessão (de infraestrutura e petróleo) para ganhar de volta a confiança dos agentes econômicos, acelerando o investimento e garantindo um ritmo de crescimento elevado no segundo semestre de 2013. |
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