Estímulo
ao consumo – Jornais são unânimes em dar manchetes para
medidas de estímulo ao crescimento da economia. Globo diz que
“Governo tenta de novo conter queda do PIB pelo consumo”. Anuncia
que, “numa tentativa de segurar as projeções de queda do PIB para
este ano” – informação que destaca em outra chamada de capa –,
o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou ontem o sétimo pacote
de estímulo ao crescimento da economia desde o fim de 2008, no auge
da crise global. Destaca que a ênfase das medidas foi no setor
automotivo e significa uma renúncia de impostos de R$ 2,7 bilhões.
Informa que o governo reduziu o IPI para compra de carros novos e
baixou o IOF para operações de crédito, além de liberar R$ 18
bilhões em compulsórios para incentivar empréstimos nos bancos.
Anota na chamada declaração que havia sido feita mais cedo pela
presidenta Dilma, que o Brasil está "300% preparado" para
enfrentar a crise. [Estado destaca fala da presidenta internamente].
Jornal diz que medidas respondem a previsões pessimistas para a
economia e que “analistas” acreditam que o pacote terá pouco
impacto porque as famílias já estão muito endividadas. Estado
endossa o viés “déjà vu” dado pelo Globo em “Como em 2008,
governo corta IPI de carros e amplia crédito”. Registra avaliação
de Mantega que “será difícil crescer 4,5% este ano”. Folha
repete a tese da saída pelo estímulo à demanda, também dado pelo
Globo, em “Governo reduz impostos para estimular consumo”.
Correio opta por um enquadramento de serviço no alto “Carro fica
até 10% mais barato a partir de hoje”. Anota na chamada que o
governo também anunciou a redução de juros nos financiamentos do
BNDES para bens de capital, com o objetivo de incentivar
investimentos. Valor puxa o assunto por esse lado em “Governo corta
IOF e reduz a zero juro real de máquinas”. Frisa que se trata de
“mais uma tentativa para evitar um fraco desempenho da economia,
estimular o consumo e reverter investimentos em baixa”. Cita a
projeção de inflação do boletim Focus, de 5,51% nos próximos 12
meses. Estado destaca internamente fala de Tombini, “Alta da
inflação ‘já ficou para trás’”. Valor diz também que a
maior parte das medidas voltadas para o consumo visa desencalhar os
estoques da indústria automobilística, de 43 dias em abril. Relata
fala de Mantega sobre as medidas anunciadas ontem terem sido
negociadas com empresários e banqueiros visando cobrar de cada um
sua parte: o governo corta tributos, a indústria automobilística
reduz preços e os bancos se comprometem a reduzir os juros dos
empréstimos e o valor da entrada e aumentar o prazo. Também bate na
tecla que “governo voltou a usar o arsenal de medidas de estímulo
usado com sucesso para enfrentar a crise de 2008”. Em outra chamada
de capa, Globo anuncia “Projeção de um crescimento menor” da
Pesquisa Focus, “de apenas 3,09% para este ano”. Anota que “já
há consultorias apostando em menos, cerca de 2,5%”. Exceção,
Brasil Econômico apenas chama medidas na capa em “Novo pacote
tenta estimular crédito e volta do consumo”. Dá como segundo
destaque de capa entrevista com o presidente da JAC Motors no Brasil,
Sérgio Habib, que diz ao jornal que empresa quer inaugurar fábrica
da montadora em Camaçari (BA) em 2014. Editorial do Estado, “O
freio ao crescimento”.
Exportações
– Valor destaca na capa que “Exportação tem queda de preços e
volumes”. Informa que a queda de 7,9% nas exportações em abril,
na comparação com o mesmo mês do ano passado (pela média diária),
não foi provocada somente pelos preços, mas também pela redução
dos volumes. O preço médio de exportação caiu 1,9% em abril, na
comparação com o mesmo mês de 2011, e o volume total das vendas
brasileiras ao exterior caiu 1,1%. Destaca que a redução foi puxada
principalmente pelos bens industrializados. Houve queda de 11% nos
semimanufaturados e de 1,2% nos manufaturados. Lembra que entre os
semimanufaturados mais importantes embarcados pelo Brasil estão
produtos de ferro e aço, celulose e açúcar bruto. Brasil x
Argentina – Em outra chamada de capa, “Protecionismo atinge
até as batatas fritas”, Valor reporta que “a guerra comercial
entre Brasil e Argentina fez mais uma vítima: a batata frita”.
Segundo o jornal, são pelo menos 45 caminhões carregados com o
produto congelado retidos na fronteira entre os dois países desde a
semana passada. O produto destinado a grandes redes de fast-food,
como McDonald"s, Burger King e Bob"s é produzido no país
vizinho pela canadense McCain, que já decidiu paralisar a produção
de unidade do outro lado da fronteira, onde são processadas 180 mil
toneladas de batata por ano. Matéria diz que, além dos caminhões
parados, a McCain está com 45 contêineres cheios em portos e cerca
de 300 pedidos aguardando liberação. Cita outra fabricante, a Farm
Frites, que diz ter fôlego para uma semana. Jornais registram alta
do dólar, que fechou em R$ 2,04. Folha, internamente, diz que
“Compradores [de minério de ferro] dão calote”, diz FT”.
Delta/blindagem/acordo
– Estado informa na capa que “Base aliada fecha acordo para
blindar a Delta na CPI”. Diz que o governo está decidido a
blindar, na CPI do Cachoeira, a Delta Construções, principal
empreiteira de obras previstas no PAC. Relata acordo fechado para não
deixar que as investigações atinjam a construtora nacionalmente.
Segundo o jornal, “há temor de que a apuração da CPI acabe
mostrando relação de outros políticos com a empresa”.
Cachoeira/depoimento hoje – Globo anuncia que “Ministro do
STF manda Cachoeira depor hoje”, em referência à decisão de
Celso de Mello, que ontem negou o pedido do bicheiro Carlinhos
Cachoeira para CPI de adiamento da presença no Congresso. Correio
também faz registro, “Cachoeira perde no STF e encara CPI”.
Prevê que “o bicheiro deve ficar mudo diante da maioria das
perguntas”. Rêgo/funcionária fantasma – Folha informa na
capa que “Presidente da CPI emprega funcionária-fantasma”.
Notícia é que o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) emprega em seu
gabinete a funcionária-fantasma Maria Eduarda Lucena dos Santos,
contratada para receber por trabalhos feitos pelo pai dela e outros
dois jornalistas. Segundo o jornal, Rêgo “negou manobra, mas não
soube dizer qual é a função da estudante no gabinete”. Editorial
de O Globo, “Temor de políticos ameaça CPI”.
Mensalão/mais
sessões – Correio informa na capa que “Supremo estuda
sessões extras para o mensalão”. Informa que os 11 ministros do
Supremo Tribunal Federal (STF) vão se reunir hoje para definir o
aumento do número de sessões semanais destinadas ao julgamento da
ação penal do mensalão. Jornal afirma ser consenso na Corte que as
reuniões plenárias realizadas às quartas e às quintas-feiras
serão insuficientes para a análise do processo, que envolve 38
réus. O presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto, vai propor
mudança no cronograma. As sessões passariam de duas para três ou
quatro por semana durante a análise do processo. Lula/mensalão/
“tentativa de golpe” – Folha, internamente, destaca fala do
ex-presidente Lula, “Mensalão foi tentativa de golpe de oposição
e imprensa”. Reporta que o ex-presidente voltou ontem a descrever o
escândalo como uma tentativa de golpe ao receber homenagem da Câmara
Municipal de São Paulo. “"O PT era mais atacado do que hoje
por grande parte dos políticos da oposição e por uma parte da
imprensa brasileira. Na verdade, era um momento em que tentaram dar
um golpe neste país."
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