Europa/crise/queda
de mercados – Folha e Estado dão altos para crise na Europa.
Folha diz que “Crise europeia derruba mercados”. Relata que o
prolongado impasse político na Grécia, novas preocupações com o
futuro do euro e a derrota eleitoral do partido da chanceler da
Alemanha, Angela Merkel, derrubaram os mercados. Os investidores do
mundo todo fugiram das aplicações de maior risco para buscar opções
mais seguras, como os títulos públicos dos EUA. Folha afirma que,
na avaliação da equipe da presidenta Dilma, o risco de que a alta
do dólar gere inflação ainda é pouco preocupante por dois
motivos: o impacto do câmbio nos preços diminuiu nos últimos anos
e o Banco Central tem como reagir, se for preciso. Anota, contudo,
que “técnicos” avaliam que o governo deve evitar que o dólar se
descole dos R$ 2. Até esse patamar, a avaliação é que não há
pressão sobre a inflação, não comprometendo a estratégia de
seguir reduzindo os juros. Estado, “Risco grego para o euro afeta
bolsas e dólar encosta em R$ 2”. Acrescenta que o Ibovespa fechou
no menor nível do ano. Estado aponta que, “em outro sintoma da
crise”, a agência de classificação de risco Moody"s
anunciou o rebaixamento no crédito de 26 bancos italianos. Reproduz
declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que falou que o
movimento não preocupa o governo. "O dólar alto beneficia a
economia brasileira, porque dá mais competitividade aos produtos
brasileiros. Significa que a indústria brasileira pode competir
melhor com os importados, que ficam mais caros, e pode exportar mais
barato. Portanto, não preocupa." Globo registra na capa que
“Crise faz dólar bater R$ 2 e Bolsa cair 3,2%”. Também cita
Mantega sobre alta da moeda não preocupar. Correio acompanha no
registro de capa “Europa em crise derruba Bolsas e dólar bate em
R$2”. Valor avança para o diagnóstico de que “Grécia corre o
risco de ser expulsa da União Europeia”. Afirma que decisão nesse
sentido colocaria o setor bancário do continente sob pressão
extrema. “Mas o risco, para muitos, é menos o impacto imediato e
mais o exemplo que a Grécia daria para outras economias
problemáticas do bloco”. Editorial da Folha, “O tropeço de
Merkel”. Editorial do Estado, “O aperto perde de novo”.
China/desaceleração – Valor, na capa, destaca que “China
tem desaceleração acentuada”. Ecoa dúvidas sobre os dados
oficiais do PIB, que seriam pouco confiáveis. Melhores indicadores
do nível de atividade econômica seriam o consumo de energia
elétrica, os volumes de carga ferroviária e a concessão de crédito
bancário para avaliar o nível da atividade econômica. Resultados
desses três indicadores mostram uma queda vertical do nível de
atividade. A oferta de energia, por exemplo, cresceu 0,7% no mês
passado em relação ao mesmo período de 2011 – em março, o
aumento foi de 7,2%. Brasil/“pacote” – Brasil Econômico
dá em manchete que “Governo desiste de meta para PIB, e agora
busca ‘sensação’ de 4,5”. Sem revelar fonte, jornal afirma
que equipe econômica “deixou da lado” previsão de crescimento
para este ano, acompanha de perto a evolução dos indicadores e “a
qualquer momento” pode anunciar pacote com novas medidas de
estímulo ao consumo, como “outra redução de IOF, provavelmente
para veículos”.
Comissão
da verdade/ “lado assassinado” – Folha chama na capa que
“Advogada defende que comissão não investigue esquerda”.
Noticia que a advogada Rosa Maria Cardoso da Cunha, 65, integrante da
Comissão da Verdade, afirmou ontem que o órgão foi criado para
investigar os crimes de agentes de Estado que atuaram na repressão
aos opositores da ditadura militar de 64. Frise que a declaração
foi dada depois que outro integrante do grupo, o ex-ministro da
Justiça José Carlos Dias, defendeu à Folha que também sejam
apurados atos de pessoas que participaram da luta armada contra o
regime. Ao Globo na edição de hoje – que na capa traz chamada
“Comissão da Verdade já se divide sobre foco” –, Dias diz que
foi mal compreendido pela Folha sobre ênfase dada ao jornal na
edição de ontem sobre “dois lados”. Internamente, O Globo
destaca no alto parte da fala do ex-secretário dos Direitos Humanos
Paulo Sérgio Pinheiro ouvido pelo jornal: “Não tem dois lados, o
outro lado foi assassinado”. Ainda internamente, Globo destaca
declaração absurda do ex-chefe da Oban, acusado de tortura,
tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima: “militar não
torturou”. Ainda nas páginas internas, Globo registra que
“Militares vão monitorar Comissão da Verdade”, em referência a
reservistas da Escola Naval, e – em outra matéria – “esculachos”
ontem em 11 estados. Lima foi alvo de um. Estado, na capa, destaca em
“Comissão da Verdade não vai investigar militantes”, afirmação
de Pinheiro que endossa edição de O Globo. "O único lado é o
das vítimas", disse o diplomata, um dos integrantes da
comissão, ao jornal. BE chama na capa que “A Comissão da Verdade
chega às ruas com pichação”.
Obras
da Copa/Fifa/“situação crítica” – Folha destaca na capa
que “Obras da Copa têm situação 'crítica', afirma balanço da
Fifa”. Jornal diz ter obtido documento da entidade que vê risco de
atraso, em alguma proporção, em cinco estádios do Mundial.
Entidade demonstra preocupação especial com o estádio de Natal,
classificado como de "alto risco" de não ser concluído a
tempo para a Copa. As arenas de Manaus e Cuiabá são consideradas de
"médio risco" e as de Curitiba e Porto Alegre, de "baixo
risco", segundo a entidade. Segundo a mesma fonte, “o panorama
para a Copa da Confederações de 2013 é ainda mais crítico”
porque a Fifa aponta atrasos em três das quatro sedes já anunciadas
para a competição, tratada como ensaio para o Mundial. Aldo
– Em entrevista ao Brasil Econômico, o ministro do Esporte, Aldo
Rebelo, diz que “se há algum atraso, é uma fração que não é
significativa”. Ele se recusou a voltar a abordar a frase infeliz
de Jérôme Walcke e defendeu maior controle sobre a CBF, que é o
que a capa usa de “gancho” para chamar a matéria. Num
desdobramento interno da entrevista, Rebelo – ex-relator de
mudanças no Código Florestal – acusa a mídia que cobre meio
ambiente de “desinformada”. Jornal também destaca internamente
que na opinião de Aldo, “Orlando Silva foi injustiçado”.
PF
x Subprocuradora – Folha chama na capa que “Procuradora não
quis investigar Demóstenes, diz PF”. Informa que a Polícia
Federal afirmou ontem que o delegado Raul Alexandre Marques Souza, da
Operação Vegas, não pediu para a Procuradoria-Geral da República
suspender o caso como forma de não atrapalhar outras investigações.
Explica que a decisão, tomada em 2009, adiou a revelação dos laços
do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) com o contraventor [para
Folha, empresário] Carlinhos Cachoeira. Lembra que a nota da PF
contraria a versão de Cláudia Sampaio, subprocuradora-geral da
República e mulher do procurador-geral da República, Roberto
Gurgel. Ela afirma que a decisão de não levar adiante as
investigações da Operação Vegas foi tomada em conjunto com o
delegado Souza. Cachoeira/adiamento – Globo dá manchete
para “Ministro do STF suspende depoimento de Cachoeira”. Informa
que o ministro Celso de Mello acatou pedido da defesa de adiamento do
depoimento do bicheiro, marcado inicialmente para hoje. Os advogados
de Cachoeira pediram que ele só seja ouvido depois de ter acesso à
investigação. O STF ainda vai decidir se o contraventor tem ou não
direito de ver os documentos da CPI antes de depor. Estado acompanha
registro de capa, “Supremo dá a Cachoeira o direito de não ir
hoje à CPI”. E Correio, “Decisão do STF adia ida de bicheiro à
CPI”. Senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), presidente da Comissão,
assina na Folha, “CPI em tempos de democracia”. [Ver Delta em
“Outros Assuntos”]
“Carinhoso”
– Globo chama na capa que, “Contra miséria, Carinhoso dá por
ano mais R$ 2 bi”. Informa que a presidenta Dilma lançou ontem a
Ação Brasil Carinhoso, que eleva o valor do Bolsa Família para 2
milhões de domicílios com crianças de até 6 anos. O objetivo é
assegurar que essas famílias fiquem acima da linha de miséria e
consigam renda mensal por pessoa de pelo menos R$ 70. Informa ainda
que o custo será de R$ 2,1 bi por ano. Folha, internamente, “Dilma
anuncia pacote para tirar 6,5 milhões de pessoas da miséria”.
Estado, internamente, “Foco de novo pacote social, creches de Dilma
não vingaram”. Editorial da Folha “Foco nas crianças” diz
que, “apesar da índole publicitária, plano Brasil Carinhoso tem o
mérito de contemplar faixa etária até seis anos, a mais
desassistida pelos programas”; do Estado, “Falta uma Fifa para as
creches”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário