quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Marina Silva – Parte de plano para desestabilizar o Brasil

23/9/2014, Nil NIKANDROV, Strategic Culture

Tradução: Vila Vudu 

Washington lançou campanha de propaganda em grande escala em apoio a Marina Silva, candidata às eleições presidenciais no Brasil, pelo Partido Socialista Brasileiro. Continuam a repetir que a vitória dela é garantida no segundo turno. As pesquisas não oferecem resultados confiáveis e, até agora, só fala do “primeiro turno” das eleições, dia 5 de outubro. Especialistas nos EUA creem que Marina Silva receberá os votos dos que apoiam Aécio Neves da Cunha, do PSDB, até agora com 14-16% do eleitorado. Se acontecer, a candidata apoiada pelos EUA receberia cerca de 60% dos votos, acabando com as chances de reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no “segundo turno” das eleições, marcadas para 16/10. Analistas independentes absolutamente não levam a sério essas previsões e dizem que esse cenário não passa de ilusão. E há os que começam a alertar contra fraude eleitoral.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, não é candidato e trabalha pela re-eleição da atual presidenta. Para ele, Marina Silva absolutamente não tem chances de eleger-se. Para o presidente Lula, a grande ameaça não é Marina Silva, mas alguns veículos de imprensa impressa e de televisão. Esses veículos usam como bem entendem, para finalidades de propaganda, as muitas dificuldades que brotam do processo em curso de implementar reformas sociais e econômicas, feitas para mais bem servir os interesses dos mais pobres. Seja como for, o país está avançando, com grandes projetos industriais em implementação. Lula tem-se mostrado confiante de que a verdade derrotará a mentira.

O apoio do ex-presidente à atual presidenta e candidata à re-eleição, Dilma Rousseff, é importante. Resultado desse apoio, Marina Silva já está perdendo votos.

Em recente entrevista a um dos grandes jornais do sul do Brasil, Marina Silva explodiu em lágrimas, aos gemidos de que não podia controlar o que o ex-presidente dizia dela, mas que faria o possível para não ‘se vingar’ dele... O ex-presidente respondeu imediatamente, que aquelas lágrimas nada tinham a ver com o que ele dissera sobre mentiras de Marina. Que, lágrimas daquele tipo, só se a causa fosse completamente diversa.

De fato, Marina Silva começa a temer os números que as pesquisas eleitorais lhe trazem. A hoje candidata foi membro do Partido dos Trabalhadores de Lula por mais de 25 anos; fez toda a sua vida política ao lado de Lula. Foi senadora, antes de ter sido ministra do meio ambiente do governo Lula, em 2003.

Mas durante todos esses anos, Marina Silva sempre se manteve muito próxima dos EUA. Sempre esteve sob as lentes de inúmeros fundos especiais, dos mais variados tipos, e organizações internacionais que vasculham o mundo à procura de gente com o ‘perfil’ adequado para ser usado como instrumento dos interesses de Washington.

Basta examinar as medalhas e prêmios que choveram sobre Marina Silva – prêmios que ninguém recebe se não for ‘amigo dos EUA’ –, para confirmar que, sim, pelo menos desde 1980, Marina Silva já estava no campo de considerações dos EUA. Essa ‘seleção’ é prática muito frequente: os EUA mantêm pessoal especializado em analisar traços de personalidade de possíveis ‘candidatos’, dos quais o que mais chamou a atenção, em Marina Silva, foi a inclinação para complementar os próprios atributos físicos, com ‘realizações’ políticas que chamassem a atenção (em entrevista, Marina Silva disse que teria trocado a Igreja Católica na qual fora criada, por um culto neopentecostal, porque aí “teria melhores chances de me destacar”).

O Brasil vai-se convertendo em estado soberano, forte e autoafirmativo, com grande influência no Hemisfério Ocidental, em posição de desafiar a influência dos EUA. Os debates em Washington fazem-se por trás dos panos, mas uma coisa é evidente: os EUA querem muito trocar a presidenta Dilma Rousseff por alguém mais servil. Marina Silva parece servir esse propósito.

Os serviços especiais dos EUA parecem ter pavimentado o caminho para ela, eliminando outro candidato, Eduardo Campos, do Partido Socialista. O avião Cessna 560ХL em que ele viajava sofreu uma pane e caiu, ou explodiu, ninguém sabe. French Slate.fr listou esse caso de queda de avião como um dos cinco eventos mais importantes do verão de 2014, que não estiveram nas manchetes, sobre os quais pouco se fala, mas que pode(ria) mudar o rumo da política mundial.

Antes da tragédia, Dilma Rousseff era considerada já vitoriosa. Com Marina Silva, as eleições sofreram, no mínimo, um ‘tumulto’ não previsto.

Não há dúvida alguma de que, com Marina Silva na presidência, o Brasil passa a alinhar-se mais decisivamente com os EUA. O escândalo da espionagem e das escutas clandestinas, e declarações da presidenta Rousseff, para quem as escutas ilegais implantadas pelos EUA no Brasil seriam “inaceitáveis” virariam coisa do passado, bem como a Unasur (União das Nações Sul-americanas) – união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras que há: Mercosul e Comunidade Andina deNações, como parte da continuada integração sul-americana, e o Mercosul (Mercado Comum do Sul, bloco sub-regional que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela com Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru como países associados).

O objetivo de todas essas estruturas é promover o livre comércio e o fluxo continuado de bens, pessoas e moeda. Tudo isso deixará de estar no ponto focal da política externa do Brasil.

A reorganização da Organização dos Estados Americanos, OEA, é a questão mais importante para os EUA; e voltará ao topo da lista das prioridades de política externa.

O Mercosul talvez até continue a existir, mas não como concorrente contra a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que Washington tenta impulsionar desde 2005, quando a ideia foi recusada por Argentina, Brasil, Venezuela e alguns outros países.

Marina Silva não é grande entusiasta do futuro dos BRICS. Para ela, a participação nesse grupo não traz dividendos. Já disse que não tem qualquer intenção de estreitar relações com Rússia e China, e a aliança com Venezuela e Cuba deixará de ser efetiva. Tudo que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff já conseguiram até agora, ir-se-á pelo ralo, só para satisfazer o poder da Casa Branca e do Pentágono.

A batalha pré-eleitoral está-se convertendo em batalha feroz. Marina Silva não tem tempo a perder, e a carga está-se tornando pesada. Conforme mudem os números das pesquisas, a candidata Marina muda suas declarações e ‘plano’ de governo. Já teve de explicar o que dissera antes, sobre reduzir a produção de petróleo em áreas chamadas “pré-sal”, abaixo do leito do oceano. Manifestou-se contra casamentos homoafetivos no passado; de repente, virou apoiadora.

Marina Silva é hoje evangélica, membro da conservadora Assembleia de Deus. Um dia depois de apresentar seu plano de governo, desdisse o que dissera sobre ser favorável ao chamado ‘casamento gay’. No capítulo “Cidadania e Identidades” de seu programa, incluiu “apoio a propostas que defendam (...) o casamento civil.” Na sequência, a campanha de Marina Silva distribuiu uma ‘correção’. A nova versão defende “os direitos de uma união civil entre pessoas do mesmo sexo”, apagando a palavra “casamento” que incluiria direitos mais amplos para os casados.

No segundo debate televisionado entre os principais candidatos, antes do 1º turno das eleições, dia 5/10, Rousseff perguntou a Marina Silva como ela financiaria os cerca de $60 bilhões necessários para cumprir suas promessas. “Onde você propõe buscar esse dinheiro?” – perguntou Rousseff. A candidata respondeu que o dinheiro será obtido porque “nosso país voltará à eficiência no gasto público – poremos fim ao desperdício de recursos públicos”. A presidenta Rousseff acertou quando disse que tinha sérias dúvidas de que uma pessoa com esse tipo de ideia na cabeça e convicções tão instáveis pudesse governar algum país.
Mais brasileiros já começam a ver que Marina Silva mudará todas as políticas dos governos que a antecederam e levará o país ao desastre. E “desastre” é, exatamente, o que mais desejam os ‘artíficies de mudança’ que trabalham em Washington.

Marina Silva é pessoa com problemas psicológicos, desequilibrada – e tudo isso pode ser bastante útil para influenciar o processo de decisão para bloquear o desenvolvimento progressista do país e quebrar o equilíbrio social, depois que as forças políticas no país começam a aprender a interagir dentro do que a lei autoriza e determina.

O que a missão Washington mais deseja é ver criados os pré-requisitos para que se encene no Brasil uma “revolução colorida”. Quer usar a “quinta coluna” e os veículos de imprensa pró-EUA para provocar “manifestações espontâneas” de cidadãos.
Os EUA já enviaram pessoal de alta capacitação e experiência para sua embaixada em Brasília, capital do Brasil. A estação da CIA que ali opera é comandada e operada por gente  muito, muito experiente.

O ataché de Defesa e principal oficial da Defesa, no Brasil, é o coronel Samuel Prugh. É homem de experiência excepcional na coleta de inteligência humana, com amplas relações pessoais entre os militares brasileiros. O presidente Lula e a presidenta Rousseff têm feito o possível para evitar manifestações públicas de incômodo com as atividades subversivas que os EUA conduzem no Brasil. Quando lhes pareceu necessário, os brasileiros usam os bem protegidos canais diplomáticos, para fazer saber a Washington que identificaram um agente que operava clandestinamente na indústria do petróleo, num gabinete diplomático ou nas forças armadas do país. Esses incidentes jamais chegaram ao conhecimento público. Depois do conhecido escândalo associado aos relatórios de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA gravara comunicações pessoais da presidenta e espionara a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, o governo brasileiro endureceu e exigiu que os EUA pedissem desculpas públicas. Os EUA recusaram-se a desculpar-se e, mesmo, ampliaram as operações de espionagem no Brasil (enviaram mais gente para os consulados).

O consulado dos EUA no Rio de Janeiro destaca-se: ali trabalham mais de 500 norte-americanos. John Creamer, cônsul-geral, diz que 300 daqueles funcionários trabalham no processamento de vistos de viagem, da manhã à noite. Segundo Creamer, o processamento, antes, demorava seis meses; hoje, bastam duas semanas.

Se os funcionários dos consulados estão realmente ocupados só com emitir vistos de viagem, ou se só vivem a arquitetar alguma versão de ‘primavera árabe’ ou de “Maidan ucraniana”, no Brasil, sob o alto patrocínio dos serviços especiais dos EUA, só o tempo dirá. *****

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Brasil sai do Mapa da Fome das Nações Unidas, segundo FAO

16/09/2014 12:15

De 2002 a 2013, a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação caiu em 82%
Brasília, 16 – O Brasil saiu do Mapa Mundial da Fome em 2014, segundo relatório global da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), divulgado hoje (16) em Roma. De 2002 a 2013, caiu em 82% a população de brasileiros considerados em situação de subalimentação.

O relatório mostra que o Indicador de Prevalência de Subalimentação, medida empregada pela FAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional, atingiu no Brasil nível menor que 5%, abaixo do qual a organização considera que um país superou o problema da fome.

Leia também:Mais renda e maior acesso a alimentos explicam superação da fome no Brasil
Superação da fome: A história de Ângela

O Brasil é destaque no “Relatório de Insegurança Alimentar no Mundo” de 2014 por ter construído uma estratégia de combate à fome e ter reduzido de forma muito expressiva a desnutrição e subalimentação nos últimos anos. Segundo a FAO, contribuíram para este resultado:

  • Aumento da oferta de alimentos: em 10 anos, a disponibilidade de calorias para a população cresceu 10%;
  • Aumento da renda dos mais pobres com o crescimento real de 71,5% do salário mínimo e geração de 21 milhões de empregos;
  • Programa Bolsa Família: 14 milhões de famílias;
  • Merenda escolar: 43 milhões de crianças e jovens com refeições;
  • Governança, transparência e participação da sociedade, com a recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).
“Sair do Mapa da Fome é um fato histórico para o país”, comemora a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. “A fome, que persistiu durante séculos no Brasil, deixou de ser um problema estrutural”, completa ela.

De acordo com a ministra, atualmente a fome é um fenômeno isolado, existe ainda em pequenos grupos específicos que são objeto de Busca Ativa. “Continuaremos trabalhando com a Busca Ativa enquanto houver um brasileiro com fome”, destaca a ministra.

Segundo Campello, com base nos dados da FAO, “chegamos a um percentual de 1,7% de subalimentados no Brasil. Isso significa que 98,3% da população brasileira tem acesso a alimentos e tem segurança alimentar”, destaca. “É uma grande vitória.”

O “Relatório Brasil”, publicação da FAO/Brasil, é revelador deste novo momento do país e da importância da estratégia brasileira, salienta a ministra. O relatório é denominado “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil, um retrato multidimensional” - o oposto do título do relatório mundial.

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

domingo, 14 de setembro de 2014

Filiado ao PSB contesta conteúdo do “Marina de Verdade”

publicado em 29 de agosto de 2014 às 18:59




Candidata Marina Silva, meu nome é Gustavo Castañon. Sou, entre outras coisas, filiado há mais de dez anos ao PSB, partido que hoje a senhora usa para se candidatar, professor na Universidade Federal de Juiz de Fora e um cristão convicto, como acredito que a Senhora também seja, do seu jeito.
Investida de seu eterno papel de vítima, sua campanha lançou um site na internet chamado “Marina de Verdade” (com V maiúsculo mesmo) para combater supostas “mentiras” espalhadas contra a senhora na internet. Vou aqui responder uma a uma as afirmações de seus marqueteiros no site citado, oferecendo os links de fontes das minhas afirmações.

1 – Não Marina, você não sofre preconceito por ser evangélica.
Você é que acredita que todos aqueles que não compartilham de suas crenças queimarão eternamente no fogo do inferno. É o que está claramente descrito no credo (credo 14) de sua agremiação religiosa. Que nome podemos dar a isso? Certamente é um nome mais assustador do que intolerância ou preconceito. Talvez essa seja a origem de seu maniqueísmo, já que separa o mundo entre os bons, que apoiarão seu possível governo, e os maus, que lhe fariam oposição, como eu. O seu problema não é ser protestante. É ser da Assembleia de Deus, associação pentecostal de vários ramos que interpreta literalmente o Antigo Testamento, e que tem entre seus pastores Marcos Feliciano, que vende curas a paraplégicos, e Silas Malafaia, este homem que hoje defende da “cura gay” à teologia da prosperidade e vende bênçãos de Deus. Eu me pergunto: o que alguém que faz parte de uma organização que faz comércio com a palavra de Cristo é capaz de fazer na vida política? Qual o nível de inteligência que pode possuir alguém que faz interpretações tão rasteiras do significado da Bíblia? Essas são perguntas legítimas que as pessoas se fazem, e não por preconceito, mas por conceito.

2 – Não Marina, o Estado Laico deve intervir nas práticas religiosas quando são fora da lei.
Se uma religião resolve reinstituir o sacrifício de virgens dos Astecas ou a amputação de clitóris comum em alguns países muçulmanos hoje, o estado tem que observar inerte essas práticas em nome da liberdade religiosa e do laicismo? Não, candidata. Nenhuma organização está acima da lei num Estado Laico.

3 – Não Marina, você não é moderna, você é uma fundamentalista mesmo.
O fundamentalismo religioso não é a negação do Estado Laico, essa é só uma espécie de fundamentalismo, o teocrático. O fundamentalismo se caracteriza pela crença de que algum texto ou preceito religioso seja infalível, e deva ser interpretado literalmente, tanto em suas afirmações históricas como comportamentais ou doutrinárias. E o ataque ao Estado Laico pode vir também pela incorporação de leis, que desrespeitem as minorias religiosas ou não religiosas, impondo um valor comportamental de determinada religião a todos os cidadãos. Isso faz da senhora uma fundamentalista (Assembleista) que compartilha das crenças de Feliciano e Malafaia, e uma adversária, se não do Estado Laico, do laicismo que deveria orientar todas as nossas leis, pois defende plebiscitos sobre esses temas para impor a vontade das maiorias religiosas sobre as minorias em questões comportamentais.

4 – Não Marina, você é, sim, contra o casamento gay.
Você agora diz que está sofrendo ataques mentirosos na internet sobre o tema, mas sempre se colocou abertamente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, defendendo somente a união civil nesse caso. E não adianta simular que o que o movimento gay está reivindicando casamento religioso. O casamento é também uma instituição civil. Você só defende união de bens, sem todos os outros direitos que o casamento confere às pessoas. O vídeo acima e mais esse vídeo aqui provam esse fato de conhecimento público.
PS: Hoje, dia 29/08/2014, ao lançar seu programa de governo, a candidata mudou uma posição defendida por toda vida, faltando um mês para a eleição. Por que?

5 – Realmente Marina, você não é petista.
Você abandonou o partido que ajudou inestimavelmente a construir sua vida política, ao qual você deve todos os mandatos e o único cargo que ocupou até hoje, porque não tinha espaço para sua candidatura à presidência. Hoje, você busca se associar, sem qualquer pudor ou remorso, a inimigos ideológicos históricos do partido, repetindo as práticas que supostamente condena no PT e chama de “velha política”. Só que faz isso somente para chegar ao poder e construindo um projeto oposto àquilo a que defendeu toda a vida.

6 – Realmente Marina, você não é tucana. Mas sua equipe econômica é.
Sua equipe econômica conta com André Lara Resende e Eduardo Giannetti, ex-integrantes da equipe econômica do governo FHC, além de seu coordenador Walter Feldman, que fez toda sua história no PSDB. Suas propostas econômicas são as mesmas do PSDB. Agora, de fato, o que nem o PSDB jamais teve coragem de ter é uma banqueira como porta voz de sua política econômica… Você não quer alianças com governos atuais de nenhuma agremiação, como o de Alckmin, exatamente para manter sua imagem de anti-tudo-o-que-está-aí. Mas não se sente constrangida em ter o vice de Alckmin na coordenação financeira de sua campanha, nem de convidar o “bom” representante de sua “nova política” José Serra para seu governo…

7 – Não Marina. Você defendeu, sim, Marcos Feliciano.
Você afirmou que ele era perseguido na CDH não por causa de suas posições políticas, mas por ser evangélico. Disse que isso era insuflar o preconceito religioso. Não, candidata. Você está falando de seu companheiro de Assembleia de Deus, um homem processado por estelionato, que pede senha de cartão de crédito de seus fiéis, que defende que os gays são doentes e os descendentes de africanos amaldiçoados. Recentemente, esse homem que você afirma ser vítima do mesmo preconceito que você sofreria, afirmou à revista Veja: “Eu não disse que os africanos são todos amaldiçoados. Até porque o continente africano é grande demais. Não tem só negros. A África do Sul tem brancos”. Ao usar essa estratégia de defesa pra ele e para você, você reforça os preconceitos da sociedade e o comportamento de grande parte dos pentecostais de blindar qualquer satanás que clame “Senhor, Senhor” em suas Igrejas.

8 – Não Marina. Você não é só financiada por banqueiros. Eles coordenam seu programa!
Neca Setúbal, herdeira do Itaú, não é só sua doadora como pessoa física. Ela é a coordenadora de seu programa de governo e sua porta-voz, e já declarou que você se comprometeu a dar “independência” (do povo e do governo) ao Banco Central, que fixa os juros que remuneram os rendimentos dela. Da mesma forma, o banqueiro André Lara Resende, um dos responsáveis pelo confisco da poupança na era Collor e assessor especial de FHC, é o formulador de sua política econômica.

9 – Não Marina, você é desagregadora e vilipendia a classe política. Seu governo será o caos.
Você é divisionista e maniqueísta e implodiu meu partido em uma semana de candidatura. Vai deixar seus escombros para trás quando chegar ao poder, como sabemos e já anunciou, para delírio daqueles que criminalizam a política. Seu partido é nanico, e se não o criar com distribuição de cargos, continuará nanico. Com a oposição certa do PT, terá que governar com a mídia e os bancos, que cobrarão o apoio com juros. Precisará do PMDB, que você acusa de fisiologismo, e do PSDB e o DEM, que lhe exigirão não só cargos, empresas públicas e ministérios, mas também a volta das privatizações. A única base congressual que lhe será fiel é a bancada evangélica, que cobrará seu preço com sua pauta de controle dos costumes e seu fisiologismo extremo. Resultado, você vai entregar a alguém o trabalho sujo do fisiologismo ou mergulhará o país no caos.

10 – Não Marina, seu marido foi sim acusado de contrabando de madeira.
E não só isso, foi acusado pelo TCU de doação de madeira clandestina. A senhora usou sua força política de Ministra para impedir que o caso fosse investigado, como sempre fazem na “velha política”. Mais tarde o MP arquivou, como fazem com todas as denúncias contra membros da oposição. Mais uma vez, fato bem comum na “velha política”. Nada é investigado.

11 – Não Marina, Chico Mendes não era da elite. A elite é que o matou.
Em mais uma tergiversação semântica demagógica, num vilipêndio à memória de seu companheiro, a senhora tomou o termo “elite” pelo sentido de elite moral, para acusar de “divisionismo” os que lutam contra a elite econômica brasileira. Essa mesma elite que mantém o Brasil como um dos dez países mais desiguais do mundo e que hoje está acastelada no seu programa de governo e campanha. Seu discurso despolitizante busca mascarar a terrível e perversa divisão de classes no Brasil e é um insulto aos seus ex companheiros de luta. Seu uso demonstra bem à qual elite você serve hoje, e nós dois sabemos que não é à elite moral. A elite moral desse país está lutando contra a elite econômica para diminuir nossa terrível e cruel desigualdade social. E você, Marina, não é mais parte dela.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Marina mentiu!

Por , postado em setembro 10th, 2014 | 88 comentários



Dessa vez, Marina foi flagrada numa mentira de primeira grandeza. E o pior: que vem repetindo há quatro anos.
Marina mentiu descaradamente ao afirmar que votou em favor da CPMF, na contramão de seu partido, que foi contra a lei quando ela foi proposta pela primeira vez, na era tucana.


Os arquivos do Congresso mostram que ela votou contra a lei, em 1995, novamente em 1999, e se absteve em 2002.


Desde que se candidatou à presidente pela primeira vez, em 2010, Marina Silva repete o mantra de que não é oposição nem situação, e que nunca fez oposição pela oposição. E usa o exemplo da CPMF como argumento principal, asseverando que votou a favor da lei, mesmo contra seu partido.
Mentira.
Marina não escolheu a tema à tôa. De fato, o caso da CPMF ilustra como nenhum outro a irresponsabilidade e incoerência que caracterizam a política partidária brasileira (quiçá mundial).
Na década de 90, o PSDB criou a CPMF para financiar a saúde pública. O PT votou contra. Anos depois, quando o PT assumiu o poder, quis manter a CPMF, por razões óbvias, e o PSDB rasgou os argumentos que usara antes, e votou contra.
O mau caratismo do PSDB, no entanto, foi pior.
O principal problema da CPMF era que o imposto vinha sendo desviado para outros fins que não o seu original, de financiar a saúde. Por ocasião da última votação sobre sua prorrogação, contudo, a lei fora aprimorada, com a instauração de mecanismo que impediria esse desvio.
Além disso, a alíquota fora reduzida a um índice ainda menor, e haveria dispositivo para isentar a classe média para baixo.
Mesmo assim, o imposto continuaria gerando mais de R$ 40 bilhões por ano, e ajudaria imensamente a financiar o sempre deficitário sistema público de saúde. Desde sua extinção, em 2007, até hoje, o sumiço do imposto já tirou centenas de bilhões de reais da saúde.
As instituições que combatem a lavagem de dinheiro e a corrupção, como o Ministério Público, a Receita, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União (CGU) defenderam o imposto, dizendo que ele tinha se tornado uma ferramenta importante de controle de irregularidades financeiras.
Era um sistema perfeito de rastreamento de toda e qualquer movimentação bancária acima de certo valor.
Os governadores, mesmo da oposição, tentaram convencer os senadores da importância do imposto para as saúdes estaduais e municipais.
Não adiantou.
A mídia fez campanha violentíssima contra o imposto e o Senado, que em 2007 ainda era dominado pela oposição, derrubou-o, produzindo uma perigosíssima queda nas finanças da saúde pública brasileira.
Um fator determinante foi uma matéria falaciosa da Globo, publicada no mesmo dia da votação, dizendo que os pobres pagavam mais CPMF que os ricos. Um senador da oposição leu o artigo no alto da tribuna.
Vídeo de Marina, em 2010, explorando uma “contradição” que era a dela mesma:


Na campanha deste ano, Marina repetiu inúmeras vezes a história da CPMF, sempre mentindo.
No debate da Band, realizado há algumas semanas, ela volta a falar que apoiou a CPMF quando o PSDB era governo.
Assista abaixo, a mentira de Marina encontra aos 22:30.


*
Globo e Veja, no afã de interromper a transferência de votos de Aécio para Marina, também identificaram a mentira de Marina sobre a CPMF.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Marina Silva: aquela que mudou de lado


Marina Silva: aquela que mudou de lado

Por Leonardo Boff
Já vai acalorada a campanha presidencial com uma disputa aberta entre Dilma Rousseff, atual Presidenta e a pretendente Marina Silva. Trata-se, na verdade, do confronto de dois projetos: a manutenção por parte do PT de um projeto progressista, marcado por fortes políticas públicas que permitiram integrar uma Argentina inteira na sociedade organizada. A prática política, imposta pelas elites, era de os governos fazerem políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres. Mas aconteceu uma viragem em nossa história. Alguém do povo chegou ao centro do poder e conferiu outra direção ao Estado. Não se pode negar que o Brasil numa perspectiva geral, especialmente na ótica dos pobres, melhorou muito. Negá-lo é mentir à realidade.
A este projeto progressista se opõe o que a candidata Marina chama de “nova política”. Quando observada de perto, porém, não passa de um projeto conservador e velho que beneficia os já beneficiados e que alinha o país à macroeconomia voraz que faz com que 1% dos americanos possua o equivalente ao que juntos 99% da população ganha. Esse projeto visa a conter o processo progressista, evidentemente, sem anulá-lo, porque haveria, sem dúvidas, uma rebelião popular.
As opções do PSB e de Marina Silva representam um retrocesso do que havíamos ganho em 12 anos. A centralidade não será o Estado republicano que coloca a “coisa (res) pública” em primeiro plano, o estado dinamizador de mudanças que beneficiam as grandes maiorias a ponto de ter em 12 anos diminuído a desigualdade social em 17%. Agora com Marina, o foco é o Estado menor para conceder maior espaço ao mercado, ao livre fluxo de capitais sem lei, reafirmando as teses neoliberais: o aumento do superavit primário, que se faz com corte dos gastos públicos, com arrocho salarial e desemprego para assim controlar a inflação e finalmente impondo a autonomia do Banco Central. Especialmente este último ponto é grave porque um presidente foi eleito também para gerenciar a economia (que é parte da política e não da estatística) e não entregá-la às pressões dos capitais, dos bancos e dos rentistas. Seria um atentado à soberania monetária do país.
Este projeto velho, foi aplicado no Brasil pelo governo do PSDB, não deu certo, quebrou a economia da União Européia e lançou o mundo numa crise da qual ninguém sabe como sair. O efeito imediato será, como referimos, o arrocho salarial e o desemprego com o repasse de grandes lucros para os donos do capital financeiro e dos bancos.
Marina quer governar com os melhores da sociedade e dos partidos, por cima das alianças inevitáveis no nosso presidencialismo de coalização. As alianças se farão, provavelmente, com o PSDB e com o PMDB e terá assim que engolir José Sarney, Renan Calheiros e Fernando Collor que ela tanto abomina. Sem alianças, Marina corre o risco de não ver passar no parlamento, os projetos que propõe, por falta de base de sustentação.
Quem a escuta e lê seu programa parece que fez um passeio pelo Jardim do Eden: tudo é harmonioso, todos são cooperativos e não há conflitos por choques de interesses. Esquece que vivemos num tipo de sociedade de mercado (e não apenas com mercado) que se caracteriza pela competição feroz e por parca cooperação. Estimo que Marina, religiosa como é, se inspira no sonho do paleo-cristianismo dos Atos dos Apóstolos onde se diz que “a multidão era um só coração e uma só alma;ninguém considerava sua a propriedade que possuía; tudo entre eles era comum”(At 4,32).
Estas opções mostram claramente que ela mudou de lado. Antes quando estava no PT do qual é uma das fundadoras falava-se na opção pelos pobres, por sua libertação e se denunciavam os faraós de hoje. Construía no canteiro dos explorados e injustiçados. Agora ela constroi no canteiro dos seus opressores: os endinheirados, os bancos, o capital financeiro e especulativo. Leva a eles o tijolo, o cimento e a água. Seus assessores na economia são todo neoliberais. Os seringueiros do Acre rechaçarem o fato de Marina colocar entre as elites a figura de Chico Mendes, pois sabem que foram agentes dessas elites que o assassinaram; por isso, protestaram veementemente e reafirmaram a tradição do PT apoiando a candidata Dilma.
Minha suspeita é de que Marina persegue o poder e visa a alcançar a presidência, por um projeto pessoal, custe o que custar. Diz-se por ai, que uma profetiza de sua igreja evangélica, a Assembléia de Deus, profetizou que ela, Marina, seria presidenta. E ela crê cegamente nisso como crê no que, diariamente lê na Bíblica, passagens abertas ao acaso, como se aí se revelasse a vontade de Deus para aquele dia. São as patologias de um tipo de compreensão fundamenalista da Bíblia que substitui a inteligência humana e a busca coletiva dos melhores caminhos para o país.
Sou duro na crítica? Sou. E o sou para alertar os eleitores/as sobre a responsabilidade de eleger uma presidente com tais ideias. Já erramos duas vezes, com Jânio e com Collor. Não nos é mais permitido errar agora em que a humanidade passa por uma grave crise global, social e ambiental e que reverbera em nosso país.
Não devemos desistir do que deu certo e avançou. Mas devemos cobrar que se inaugure um novo ciclo que aprofunde, enriqueça e inove para além do que já foi incorporado pela população. Creio que o projeto do PT com Dilma, não obstante os erros e as decaídas que aconteceram e que podem e devem ser resgatadas, é ainda o mais adequado para o povo brasileiro. Por isso apoio Dilma Rousseff.
Leonardo Boff é escritor.

As mulas-sem-cabeça de Aécio Neves e Marina Silva

Por Osvaldo Bertolino
 
O debate sobre o atual quadro econômico brasileiro, no âmbito da campanha eleitoral da sucessão presidencial, é talvez a maior vitrine de pessoas e ideias que resistem ferozmente ao avanço das concepções progressistas no Brasil.
 
O vocabulário das principais cabeças ideológicas dos projetos das duas candidaturas da direita – Armínio Fraga (Aécio Neves), André Lara Resende e Eduardo Giannetti (Marina Silva) – é o samba de uma nota só do velho projeto neoliberal, que de tanto ser repetido dói nos ouvidos: independência do Banco Central (em bom português: entregar a gestão da economia brasileira ao sistema financeiro internacional), melhorar o ambiente de negócios, simplificar tributos, reverter políticas consideradas intervencionistas na economia e abrir mais o país à competição internacional. Os três professam a religião de Wall Street e não deixam dúvidas a respeito do diapasão pelo qual estão afinando as propostas dos seus candidatos.
Na tradução para um idioma menos áspero, o que eles propõem são medidas como um novo plano de privatizações, contenção do salário mínimo e revisão da política de desonerações, o incentivo ao consumo. Eles fazem parte de um grupo integrado por rostos bem conhecidos, ícones da nefasta “era FHC”, como Edmar Bacha, Gustavo Franco e Elena Landau. Aécio Neves reforçou os chavões neoliberais ao falar sobre as mudanças que pretende realizar, caso seja eleito. Citou entre elas "a redução da intervenção do Estado na economia" e a adoção de medidas "para deixar nossos custos de produção menos onerosos". Aécio também listou, nos itens da sua plataforma econômica, o "resgate dos pilares da nossa economia, como estabilidade da moeda, responsabilidade fiscal e livre flutuação do câmbio".
Marina Silva ainda não se pronunciou longamente sobre o tema, mas o seu rumo não difere em nada deste de Aécio. Contudo, em recente entrevista à revista Época, das Organizações Globo, Lara Resende disse que “não há nenhuma garantia de que mais interferência do Estado signifique necessariamente menos desigualdade”. Falando ao jornal Folha de S. Paulo, Giannetti disse que um eventual governo Marina seria similar à segunda gestão de Fernando Henrique Cardoso (FHC) e à primeira de Luiz Inácio Lula da Silva (especialmente o período em que Antônio Palocci reinou absoluto como ministro da Fazenda). Ele fez eco às palavras da candidata que tem defendido o chamado "tripé" (superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação).
Receita de Simonsen
O Brasil conhece bem essa receita. A rigor, ela começou a ser implementada ainda nos governos da ditadura militar de 1964. Em 1979, o então ministro do Planejamento, Mário Henrique Simonsen, ao deixar o comando da equipe econômica recomendou ao seu sucessor, Antônio Delfim Netto, suas ideias sobre “estabilidade”, “necessidade de ajustes” e “austeridade fiscal”. Por trás das palavras de Simonsen estavam concepções plantadas pela ditadura e que resultaram, nos anos 1980, na famosa “década perdida”. Somava-se ao diagnóstico conservador a afirmação de Simonsen de que o Brasil não teria como sustentar o ritmo vigoroso de crescimento dos anos 1970 e que “duros ajustes” eram necessários.
O resultado? Bem, não é preciso muito conhecimento sobre economia para saber quem pagou a conta daquele desastre. As marcas na vida do país foram profundas: inflação fora de controle por longos 15 anos, o que originou uma sucessão de fracassados planos econômicos; pouco investimento em atividades produtivas; descrédito internacional e por aí a lista segue. Chegamos à “estabilidade” da “era FHC” e por consequência ao fundo do poço. A reedição dessa ladainha agora indica que infelizmente aquela história está querendo renascer das cinzas. Mais uma vez, duas correntes de opinião divergentes marcam o debate econômico.
Obsessão nacional
A primeira coloca a “estabilidade” acima de tudo; a segunda defende que o país deve buscar crescer mais e mais e explica que isso não será possível sem as medidas que procuram destravar o país. Os conservadores, como sempre, gostam de manipular esse tipo de debate. Há algum tempo, o instituto de pesquisa Vox Populi, de Belo Horizonte, perguntou aos brasileiros se eles preferem mais inflação e mais emprego ou a mesma inflação com o mesmo desemprego. Apenas 11% preferiram a segunda opção, contra 38% que disseram aceitar mais inflação se fosse acompanhada de mais emprego. Foi o sinal para que uma série impressionante de bobagens começasse a aparecer na mídia. Os ''comentaristas'' não perderam a oportunidade para atacar o governo exatamente por esse flanco: a fictícia ameaça da volta da inflação.
O desenvolvimento do país, ao contrário do que dizem os conservadores, deve sim ser uma obsessão nacional. Sem um horizonte econômico claro, não há como destravar a economia para que ela cresça de forma autossustentável. Crescimento sustentado quer dizer que o país consegue financiá-lo de forma não-inflacionária e sem pressões externas. Infelizmente, a economia brasileira, combalida pela gestão desastrosa dos anos da ditadura e da “era FHC” – e que avançou pelo governo Lula com Antônio Palocci –, ainda está longe de alcançar esse objetivo. Muito mais longe do que dizem essas pessoas que pedem mais “estabilidade” mesmo à custa de menos produção e menos investimento público. Felizmente, o país se livrou da ditadura “ortodoxa” e ingressou num debate sério e democrático para definir o caminho do seu desenvolvimento.
Teoria do bolo
Em um país com tantas carências, assim que um problema sai da linha de frente outros ocupam seu lugar. E essas carências, que de fato são grandes, continentais, só serão resolvidas com anos e anos de crescimento econômico. E só se consegue crescer por muito tempo com planejamento. E com debate democrático – ideia proscrita dos manuais da “ortodoxia”. Infelizmente, ainda é muito presente em nosso cotidiano aquele mecanismo ingrato que impede que o país discuta seu futuro. Um exemplo disso é o mais recente falatório em torno da questão fiscal, os investimentos estatais.
A direita, é óbvio, tem interesse em atravancar o progresso do país. Seguir à risca a sua receita seria repetir o aguçamento daquela calamitosa teoria do bolo, levada a cabo nos anos de ditadura, que partiu o Brasil em dois países antagônicos. Nada melhor para ilustrar a convicção e o sectarismo dessa ideia do que a teoria do bolo – seus defensores têm o ar de quem está sempre descobrindo a pólvora. Na “era FHC” vimos isso com nitidez.
Dizia-se, com a habitual obviedade para encaixar um sofisma, que o bolo (a economia nacional) era um só e tinha de ser dividido em partes iguais. Não adiantava querer aumentar as partes enquanto o bolo fosse o mesmo. A análise monetária-culinária que faziam tinha como mandamento principal a contenção da inflação, sacrificando o desenvolvimento. E era ilustrada com um exemplo matemático – diziam que o bolo tem 100 unidades, logo deve ser dividido em partes que somam 100 ao final. Esta foi, por exemplo, a propaganda da “Lei de Responsabilidade Fiscal”, que blindou o superávit primário. Um engodo, está claro. Responsabilidade fiscal é uma ideia saudável, não resta dúvida, mas ela tem de estar a serviço de uma causa ainda mais justa: a responsabilidade social.
Diagnóstico simples
A teoria era a de que quando são destinadas 80 unidades para consumo e 40 para investimentos, o resultado de 120 era a inflação. Para eles, não havia outro caminho. Esta ladainha foi sempre repetida na “era FHC” – o então presidente da República chegou a dizer que a Marcha dos 100 mil, que inundou Brasília com um mar de gente para protestar contra a sua política econômica, era “ a marcha dos sem rumo”. Qual seria a alternativa? Segundo eles, não havia.
Ignoraram essa coisa simples de que fórmulas matemáticas não devem substituir o desenvolvimento de um povo que habita uma região cheia de riquezas naturais. A política econômica de um país não pode ser determinada por simples conceitos monetários. Esta autossuficiência dos neoliberais esclarece muitas coisas sobre os problemas sociais e econômicos do Brasil. E suscita novas indagações sobre a atualidade do dilema inflação e desenvolvimento – as opiniões divergentes continuam e o tempo ainda não lhe trouxe solução.
Eles ignoram também que não existe um diagnóstico simples e objetivo da inflação. A suposição da existência deste diagnóstico é o erro fundamental dos neoliberais – que tratam política econômica e a sua teoria monetária como a mesma coisa. O ex-presidente do Banco Central na “era FHC”, Gustavo Franco, certa vez afirmou que não discutia mais o dilema inflação-desenvolvimento porque, segundo ele, não era mais tema científico, mas emocional e religioso. Mas muita coisa já ficou esclarecida nestes últimos anos dos governos Lula e Dilma Rousseff.
Tom de profecias
Uma delas é que o dilema inflação-desenvolvimento é o ponto fundamental da grande questão da economia brasileira. Já é alguma coisa saber disso. E já se sabe não apenas que esta é a grande questão como também que não existem uma ou duas causas determinantes tanto da inflação quanto do desenvolvimento. Há sim uma variada relação de causas e efeitos igualmente importantes, monetários e estruturais. E isso tornou-se claro depois da experiência dos neoliberais na “era FHC”, quando todo o tempo foram afirmadas teses ditas únicas para a economia brasileira que chegaram a resultados melancólicos.
Com o desmentido de promessas feitas em tom de profecias pelos czares da economia na “era FHC”, cresceram as evidências de que, à época, o país tomara o caminho errado. Mesmo os continuadores dessa política na primeira fase do governo Lula, com o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci à frente, que se empolgaram e sectarizaram-se na defesa de teses '“ortodoxas” – talvez por supor que estavam no exercício de um poder absoluto –, foram repudiados por todos os que não rezam pela cartilha neoliberal. Eles incorreram na soberba do galo que pensa que o sol nasce porque ele canta. Segundo sua teoria, a gestão da economia só poderia dar resultados positivos se estivesse submetida às suas elucubrações e por isso cantavam para que o sol nascesse.
O debate que interessa
O Brasil se livrou desse mantra e, em certa medida, passou a valorizar a necessidade de mecanismos para melhorar a vida da população. A constatação de que o impacto do crescimento econômico sobre o bem-estar da população é decisivo levou imediatamente à pergunta (particularmente importante para os países com muitas pessoas pobres, como é o caso do Brasil): como distribuir a riqueza de forma eficiente? Entre os fatores determinantes para a melhor utilização dos recursos disponíveis está o papel do Estado.
No fundo, esse é o debate que realmente interessa. Economias do tamanho da brasileira não costumam crescer a taxas acima de 5% ao ano. Mas o Brasil não só necessita dessa taxa como precisa que ela seja contínua. Para reduzir a pobreza, elevando a renda per capita, estudos mostram que o PIB precisa crescer entre 5% e 6% ao ano apenas para incorporar a mão de obra que está entrando anualmente no mercado de trabalho. Ou seja: além de crescer, o Brasil precisa distribuir a renda e se desenvolver.
Melhorias infraestruturais
Entre o final dos anos 1960 e o início da década de 1980, o Brasil cresceu a taxas anuais superiores a 8%. Nem por isso as desigualdades de renda diminuíram na mesma proporção. Comparemos esses dados com alguns números da Finlândia, que não cresceu tanto. Sua população de 5 milhões de habitantes tem uma renda per capita em torno de US$ 20 mil, segundo o Banco Mundial. Sob diversos parâmetros – expectativa de vida, taxa de mortalidade infantil, índices de escolaridade –, os finlandeses têm características de país muito mais desenvolvido que o Brasil.
A questão é que países desenvolvidos já possuem usinas de energia, estradas e outras infraestruturas para atender a suas necessidades. Nesses casos, o crescimento tende a ser naturalmente mais lento. Mas no Brasil ainda há muito por fazer. O país precisa, desesperadamente, de melhorias infraestruturais. Ou seja: o Brasil não só pode como deve crescer acima de 5%.
Reflexão de Raúl Prebisch
O pensamento progressista latino-americano há tempos discute os obstáculos impostos ao desenvolvimento do subcontinente. A Comissão Econômica Para a América Latina (Cepal) foi a referência maior nesse debate, inaugurado pela reflexão inspiradora de Raúl Prebisch sobre os vínculos desiguais entre as economias centrais e as regiões periféricas, e a necessidade de maior coordenação entre os países da América Latina para superar óbices como a deterioração continuada dos termos de nosso intercâmbio com a Europa e os Estados Unidos.
Sabemos que no Brasil esse desafio não foi enfrentado. O país levou a cabo um extenso programa de substituição de importações, modernizou seu parque industrial, mas manteve largos segmentos inteiramente à margem do processo produtivo, sem acesso às benesses do crescimento. Com poucos governos de visão social, o Estado esteve por muito tempo ausente não apenas da tarefa de distribuir renda mas também da de habilitar toda a sociedade a participar da dinâmica produtiva.
A máquina pública expandiu-se, mas para contemplar interesses elitistas, sem atenção aos reclamos da maioria da população. Na “era neoliberal”, o assédio institucionalizado de setores privilegiados aos canais de decisão foi explícito. Acentuou-se o vício histórico do patrimonialismo, em que o público se vê refém do privado.
Estado virtuoso
Essa situação começou a mudar com a eleição de Lula em 2002. Com o avanço da cidadania, a sociedade também avançou. Multiplicaram-se as instâncias de representação. Os movimentos populares abriram espaços cada vez mais amplos para o debate público, atuando como uma verdadeira ágora desses novos tempos. Mas o Estado ainda precisa ser mais bem cobrado no desempenho de suas tarefas. Os nichos historicamente privilegiados devem estar sob o crivo de segmentos sociais mais vigilantes para impor limites à privatização do Erário.
O governo federal tem feito esforços para democratizar o Estado, para que ele se torne mais transparente e responsável. No entanto, precisa acelerar a recuperação da sua capacidade gerencial a fim de fazê-lo cumprir o seu papel. Ou melhor: o Estado precisa se credenciar para cumprir finalmente a meta de universalização dos serviços públicos. Pode-se dizer que estamos passando de um Estado do mal-estar social para a possibilidade de se ter um Estado virtuoso, que assegure a todos brasileiros condições satisfatórias de vida. Governar sem essa premissa, como querem os gurus econômicos de Aécio Neves e Marina Silva, equivale a soltar na praça mais uma dessas mulas-sem-cabeça que os neoliberais tanto gostam de cultuar.

*Osvaldo Bertolino é jornalista, editor do Portal Grabois e colaborador da revista Princípios.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Tá aí os motivos para tanto ódio pelo PT


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Adair Tiecher

Eu ainda acrescentaria:

Eu odeio o PT porque conseguiu trazer as Olimpíadas Rio 2016 e construiu esses lindos estádios que sediou a edição maravilhosa da Copa do Mundo 2014. Por cima tivemos, que ouvir dessa Dilma bolada “essa foi a Copa das Copas”. Isso se tornou um insulto desses petralhas!

Eu odeio o PT porque nesses onze anos de desgoverno resgataram as forças armadas e ainda assinaram acordo para produzir submarinos nucleares com a França, parceria para produzir os jatos Gripen suécos com transferência de tecnologia e o reequipamento do exército com carros tanques novinhos e ainda por cima, estão fabricando em Minas os Helicópteros. Isso é de mata, meu!  

Eu odeio o PT porque copiaram, na parte boa, com a concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos, Campinas, Belo Horizonte/Confins, RJ/Galeão, Natal/São Gonçalo do Amarante e evitaram o “apagão aéreo da copa”. Funcionou direitinho como os do primeiro mundo. Isso é inadmissível, insuportável, cara!

Eu odeio o PT porque mudaram a lei de exploração dessa porcaria de pré-sal que dizem ter descoberto no mar a mais de 7 mil metros de profundidade. Que ódio véio. Isso vai acabar dando auto-suficiência e soberania ao Brasil. Ainda por cima dizem que o Brasil vai ser exportador de petróleo. Que saco meu!

Eu odeio o PT porque duplicou, nesses doze anos as rodovias BR 060, BR101, concluiu a BR 163, recuperou todas as estradas federais. Lembra antes no tempo das operações tapa buraco? Pois é. Essa petezada deu um jeito de acabar com essa mamata das empreitaras que nosso pessoal tinha, porra! Prá acaba de veis, concedeu para duplicação em 5 anos as BR 040, BR 050, BR 262 e os cambau a quatro.

Desse jeito eu não aguanto mais. E eu odeio o PT, porque eu odeio, ora!
Chô petralhas. “Assim não pode, assim não dá, assim não tem condições”

Eu quero morrer com mais quatro anos dessa Dilma 13.


Faltou citar mais alguns motivos para odiar o PT, como:
- A construção de mais de 700 mil cisternas no polígono da seca, levando água a centenas de milhares de famílias, que perdiam  mais de quatro horas por dia na busca do tão precioso líquido;

- A transposição do Rio São Francisco, que leva água do “Velho Chico” às regiões mais secas do Nordeste, enquanto São Paulo (do PSDB) sofre com racionamento de água;

- Os investimentos em ferrovias e em portos, que facilitarão o escoamento da produção nacional;
- A revitalização da indústria naval brasileira. Onde já se viu produzir navios e plataformas aqui ao invés de compra do exterior?  É um “absurdo”.





Por que eu odeio o PT?

Muitas pessoas perguntam por que eu tenho tanto ódio do PT. Odeio mesmo, muito, essa corja do PT.

Eis os motivos pelos quais eu odeio o PT:

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o desemprego atingiu o menor taxa histórica, ficando em 4,6%. Quando o PT entrou no poder, o desemprego era de 13%. Em dez anos houve um aumento de 65% do emprego no Brasil, segundo o IBGE. Trata-se de uma das menores taxas de desemprego do mundo. Odeio pobre tendo emprego.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo o salário mínimo atingiu seu maior poder de compra desde 1979. O salário mínimo que antes valia 70 dólares, hoje em dia vale mais de 300 dólares. O poder de compra do salário mínimo aumenta a cada ano. É um absurdo essa gentalha ter mais dinheiro. Eu gosto da Dona Florinda.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles construíram 18 novas universidades federais, como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) em Mossoró (RN), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) Cruz das Almas (BA) e a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) Petrolina (PE), todas essas no nordeste. Isso implica em pobres terem mais acesso ao ensino superior gratuito de qualidade. Um absurdo!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Prouni que já ofereceu 1,2 milhão de bolsas para estudantes pobres em universidades privadas, sendo 69% dessas bolsas são integrais e os alunos não pagam nada para cursar o ensino superior. Agora eu tenho que ficar dividindo a minha faculdade privada com esse pessoal de baixa renda. Imagine que o filho da minha ex-empregada estuda comigo lá. Vê se pode isso!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram 214 escolas técnicas, enquanto em toda a história do Brasil foram criadas 140 escolas técnicas. Bom mesmo era no governo anterior que não criou nenhuma escola técnica e ainda foi votada uma lei que impedia o surgimento de novas escolas técnicas. E esses petistas malditos ainda triplicaram os investimentos em educação nesses dez anos, e tiveram a ousadia de aprovar 75% do fundo social do pré-sal para a educação. Tem que trucidar esses petistas!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles baixaram a conta de luz de todos os brasileiros, em 18% para residências e em até 32% para indústrias. Graças a esse absurdo, hoje o Brasil possui a quarta menor tarifa de energia elétrica do mundo. Ai que ódio!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram uma maldição chamada Bolsa Família. Esse programa atende quase 15 milhões de famílias e hoje são mais de 50 milhões de pessoas beneficiadas com a transferência de valores entre R$70,00 e R$300,00 mensais. Esse programa diminuiu a mortalidade infantil, ampliou a alimentação do povo e ajudou a colocar os filhos dos pobres na escola. Fiquei ainda mais bravo em saber que 75% dos beneficiários do programa trabalham e que cada 1 real transferido ao Bolsa Família acrescenta R$1,78 à economia do país, segundo pesquisa. Além disso, mais de 1,7 milhão de pessoas (12% do total) já deixaram o benefício voluntariamente por terem uma melhora em sua renda e desejarem que outras famílias tenham direito ao programa. Eita povinho chato esse brasileiro! E para completar, o Bolsa Família reduziu a miséria em 28% só em 2012. Que ódio desse PT!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Programa Mais Médicos, que já trouxe mais de 6 mil médicos estrangeiros para atenderem a população pobre do Brasil que antes não tinha acesso a atendimento médico. Até abril de 2014 serão 13 mil médicos estrangeiros no Brasil, o que dará um cobertura médica a 46 milhões de pessoas pobres que moram nos rincões mais distantes do país. Agora a Dilma fala que pode trazer ainda mais médicos além dos 13 mil que estão chegando. E esse desgraçado desse PT ainda aumenta a verba da saúde de R$33 bilhões para R$100 bilhões, além de dobrar o número de vagas para médicos em universidades públicas. Estão certos os médicos brasileiros! Esse negócio de sair do conforto das grandes cidades para ir aos lugares pobres do país é coisa de médico cubano!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles diminuíram a pobreza do Brasil. Somente no governo Lula a pobreza diminuiu em 50,6% de junho de 2003 a dezembro de 2010, segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas). Agora o pobre aumentou seu poder de compra, pode andar de carro e de avião, e eu tenho que ficar dividindo o assento do meu voo com o zé povinho farofeiro.

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo a desigualdade caiu ao menor nível de toda a história documentada, segundo o IPEA. O índice de Gini, que mede a desigualdade, foi de 0,527, o menor desde 1960. Por isso que tem tanto pobre passando a consumir mais e com uma vida melhor, que saco! Mal dá para andar no shopping em paz!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Luz para Todos. Um programa nacional que investiu pesado em estruturas elétricas para populações de baixa renda, levando eletricidade para mais de 15 milhões de pessoas. Hoje em dia quase não existem mais brasileiros sem acesso à energia. Esse programa ajudou as populações que moram nos locais mais distantes e pobres do país a usar a energia elétrica para eletrodomésticos, para aumentar a produção do seu trabalho e outras utilidades. E o que me interessa se pobre lá longe tem luz? O lampião não funcionava direitinho?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Pronatec, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego, que ampliou a oferta de cursos profissionalizantes no país para pessoas pobres. Até hoje o Pronatec está levando cursos profissionalizantes gratuitos a cerca de 700 mil pessoas de baixa renda, e são estimadas 1 milhão de vagas preenchidas em cursos até dezembro de 2014. É de deixar qualquer burguês com raiva!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o Minha Casa, Minha Vida, um programa social que já contratou mais de 3 milhões de casas para pessoas de baixa renda poderem morar. Dessas 3 milhões, mais de 1,4 milhão de moradias já foram entregues para os pobres. Não satisfeito, o PT criou o Minha Casa Melhor, que permite os pobres beneficiários do Minha Casa Minha Vida comprarem móveis e eletrodomésticos para sua nova casa com um cartão dado pelo governo, com juros mínimos e prazos longos. Não é uma sacanagem isso?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O PAC já investiu o montante de R$665 bilhões em obras de infraestrutura no Brasil, fazendo do Brasil um dos países que mais possuem obras em andamento do mundo. O PAC gerou um grande número de empregos no país, e esse foi um dos fatores da diminuição do desemprego. O volume de investimentos do PAC também provocou efeitos positivos na economia, ajudando no crescimento e desenvolvimento do país, além de permitir a construção de obras importantíssimas em várias áreas diferentes. Não é de se ranger os dentes?

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram controlar a inflação mais do que o governo anterior. A inflação média nos 8 anos de governo FHC foi de 9,1%, enquanto a inflação média dos 8 anos de governo Lula foram de 5,7%. A Dilma ainda completou esse quadro com a desoneração total dos produtos da cesta básica. Não quero nem falar mais disso!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles conseguiram acumular um montante de US$378 bilhões de reservas internacionais. No governo anterior o Brasil tinha apenas US$37,8 bilhões de reservas, o que tornava o país mais vulnerável a crises internacionais. Ou seja, em dez anos o PT aumentou em dez vezes as reservas internacionais do Brasil. Isso melhora a visão de investidores externos e aumenta a confiança no país. Eu preferia quando o FMI ditava nossa política econômica!

Eu odeio o PT porque em dez anos de governo eles criaram o projeto Farmácia Popular, em 2004, que vende mais de 100 medicamentos a preço de custo para populações de baixa renda. Existem quase 600 unidades de Farmácias Populares no Brasil onde os medicamentos são vendidos a até 10% do valor do medicamento nas farmácias normais. Por exemplo, se um medicamento custa R$100,00 ele pode ser vendido a até R$10,00 numa farmácia popular. Medicamentos mais baratos para os pobres me deixa bem irritado!