quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Aécio Neves é flagrado completamente bêbado

O ex-governador Aécio Neves gosta das noitadas cariocas e já se recusou a fazer exame de bafômetro. Agora, o presidenciável tucano foi flagrado completamente bêbado no Cervantes. O senador ainda distribuiu dinheiro: deu uma nota de R$100,00 para cada garçom.
É isso que quer governar o Brasil?
O vídeo foi removido do YouTube uma vez pela brigada de choque demotucana. Se for removido outra vez, as redes sociais acharão novamente.





quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Só o "Mensalão" acabou na justiça!!! E o restante?????

 


A chamada grande mídia não viu os outros mensalões (que são muitos) e dá um destaque enorme para o "Mensalão" e as outras dezenas de escândalos que tentam esconder!!! E se dizem imparciais!!!!!
Mas, um país que não tem uma imprensa democrática jamais terá um regime político democrático!!!!
Basta vê que estão tentando abafar o caso do envolvimento da Revista Veja com o contraverto Carlos Cacheira!!!!!
Além do escândalo do livro Privataria Tucana com farta documentação (clique para ter acesso um resumo do livro),  os vários áudios comprovando o envolvimento de Policarpo Júnior(Diretor da Revista Veja) com o Carlos Cachoeira , tem o "Mensalão Tucano" na qual o processo foi aberto primeiro que o que está sendo julgado. Por que só este está sendo julgado  pior, por que um processo idêntico, aberto muito antes,  ficou em segundo plano??????

Escutem este ótimo vídeo de Bob Fernandes:

NESTE ENDEREÇO:

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


    Jornais convergem de modo unânime para manchetes sobre o Programa de Investimentos em Logística anunciado ontem pelo governo. Enquadramento predominante é o de que governo “mudou de rota” (Estado) ou quebrou paradigma (Valor) ao adotar a privatização, termo usado em todas as capas, menos no Brasil Econômico, cuja manchete fala da boa acolhida da iniciativa pelos empresários. Globo noticia interna e solitariamente que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), prometeu secretaria a ex-Valec Juquinha, conforme atestam gravações telefônicas da PF na Operação Trem Pagador. Greve dos servidores também é destaque, com foto-legenda na Folha, chamada de capa em Valor sobre reajuste linear a partir do ano que vem e aprovação pelo ex-presidente Lula da maneira como a presidenta Dilma vem enfrentando as paralisações. Destaques ainda para proposta de reformulação do ensino medido e julgamento do mensalão.

Pacote/logística – Jornais dão manchetes para Programa de Investimentos em Logística. Valor, em “Dilma põe setor privado no centro dos grandes projetos”, informa que o pacote de investimentos em infraestrutura anunciado pela presidenta Dilma “quebra um paradigma dos governos do PT: de agora em diante, o investimento em rodovias e ferrovias será liderado pelo setor privado e não pelo Estado”. Relata que o pacote prevê investimentos privados de R$ 133 bilhões nos próximos 25 anos, dos quais R$ 80 bilhões, nos próximos cinco anos. Anota que ele transfere à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias, com novas regras para o início da cobrança de pedágio, e a construção ou modernização de 10 mil km de linhas ferroviárias. Frisa que nas ferrovias que serão construídas pelas empresas passará a vigorar o modelo de "acesso aberto", que rompe com a regra de exclusividade na operação. Explica que, por meio da Valec, a nova malha poderá ser usada por diversas empresas, eliminando o monopólio sobre as linhas. Estado, “Governo muda de rota com plano bilionário de privatização”. Jornal traz foto de Dilma discursando, com foto de locomotiva ao fundo. Acrescenta que o BNDES financiará até 80% dos projetos. Jornal diz que choque na infraestrutura foi comparado a um modelo de privatização até por empresários presentes à cerimônia de anúncio do programa, no Palácio do Planalto, mas a presidenta Dilma não só rejeitou o termo como criticou a venda de estatais ocorrida na gestão do PSDB (1995-2002). "Nós, aqui, não estamos desfazendo de patrimônio público para acumular caixa ou reduzir dívida", disse. Internamente, Estado traz a avaliação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que o programa lembra o "choque de gestão" adotado por administrações do PSDB e criticado por petistas. "O governo não deve ser executor de tudo, nem financiar tudo. O governo tem papel de planejador. Essa é a visão moderna, que já fizemos em São Paulo há 15 anos. Vai dar certo." Retranca interna do jornal diz que “Concessão e privatização são sinônimos”. [Jornais trazem matéria paga dos tucanos em tom provocativo, “O PSDB cumprimenta presidente Dilma”.] Em outra chamada de capa sobre o assunto, Estado destaca que “Modelo para ferrovias quebra monopólio”. Folha diz em manchete que “Privatizações de Dilma prometem R$ 80 bi em 5 anos”. Globo, que “Dilma ‘privatiza’ rodovias e ferrovias”. Frisa que, “elogiada pelo PSDB, presidente diz consertar erros do passado”. Registra declaração da presidenta que "Não estamos nos desfazendo de patrimônio público". Correio, “A privatização para o país andar”. Brasil Econômico registra em manchete que “Pacote de R$ 133 bilhões de Dilma é bem recebido pelos empresários”. Valor, internamente, informa que “Desoneração de folha valer[a para vencedores de concessões”. Em outra chamada de capa, Valor diz que “SP também terá pacote de infraestrutura”. Informa que o governo do estado busca uma forma de reduzir as tarifas de pedágio em suas rodovias e também prepara uma nova rodada de grandes concessões de infraestrutura ao setor privado. Diz que a lista é encabeçada por 32 aeroportos, como os de Ribeirão Preto e Presidente Prudente, que estão saturados e precisam de investimentos. Editoriais: Folha, “Destino incerto”; do Estado, “Desatolando o governo”.
Perillo/Juquinha/diálogo gravado – Globo, internamente, reporta que “Perillo prometeu secretaria a Juquinha em GO”. Informa que as investigações da Operação Trem Pagador podem complicar ainda mais a situação do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que já tem que explicar a natureza de suas relações com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Numa das interceptações da Trem Pagador, autorizadas pela Justiça Federal, a Polícia Federal gravou conversas de Perillo com o ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, preso pela PF como resultado da mesma investigação. Num diálogo transcrito pelo jornal, Perillo promete dar ao ex-presidente da Valec a Secretaria das Cidades, departamento com orçamento elevado, em troca de apoio político. Na mesma conversa, o governador diz que quer para o comando da secretaria uma pessoa que seja um "avião supersônico" para levantar dinheiro em Brasília com o mesmo padrão de sucesso do ex-dirigente da empresa pública de ferrovias. Valor, internamente, noticia que “Corrupção em compras públicas é a que mais cresce”, debate promovido pelo jornal em seminário “O impacto da corrupção sobre o desenvolvimento”. Vergonha – Correio diz na capa que “Mulher faz CPI passar vergonha”, sobre depoimento de Roseli Pantoja da Silva, que teve o nome usado pela quadrilha.
Greve dos servidores/reajuste – Valor informa na capa que “Governo vai propor reajuste aos servidores”. Diz que o governo decidiu fazer uma proposta salarial concreta aos servidores públicos em greve há mais de dois meses. O acordo prevê reajuste entre 4,5% e 5,5%, a partir do próximo ano, e o estabelecimento de uma política de aumentos até 2015. Globo chama na capa que “Lula desestimula ações grevistas”. Diz que, a exemplo do ex-presidente FHC, Lula elogiou atitude de Dilma com os grevistas: "O governo nem sempre pode atender àquilo que as pessoas querem." Folha traz foto-legenda “Foice presidencial”, que mostra protesto de servidores com boneco da presidenta em frente ao Palácio do Planalto. Folha registra internamente que “Governo decide dar 15% de reajusta para tentar encerrar greve”. Em outra retranca, que, “Sem acordo, PF promete parar aeroportos”. Globo, internamente, afirma que “Empresários já sentem os efeitos da paralisação dos servidores”. Opinião do físico da Unicamp Rogério Cezar de Cerqueira Leite, na Folha, “A greve universitária e o princípio do prazer”.
Ensino médio/reformulação – Folha chama na capa que “Reformulação do ensino médio terá fusão de matérias”. Informa que o Ministério da Educação quer reagrupar as atuais 13 matérias em quatro áreas — ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática. Para o MEC, a compreensão pelo aluno vai ser facilitada. Internamente, Folha destaca que “Mudança é boa, mas difícil de aplicar, dizem educadores”. Diz que o principal entrave estaria na reorganização dos professores. Jornal traz pequena entrevista com ministro Aloizio Mercadante, que afirma que “Enem será o modelo do novo currículo”, aludindo ao fato de que o exame já se estrutura em torno de eixos. Estado, internamente, registra que “Haddad critica Serra por índice da rede municipal”. Valor também registra assunto internamente. Editorial da Folha, “Nota 5, e olhe lá”; do Estado, “O estado da educação”.
Mensalão/Lula – Estado noticia no alto da capa que “STF rejeita incluir Lula como réu do mensalão”. Informa que os ministros do Supremo Tribunal Federal rejeitaram ontem, por unanimidade, incluir o ex-presidente Lula como réu do mensalão. O pedido havia sido feito pela defesa do presidente do PTB, Roberto Jefferson, que o acusou de ter ordenado o mensalão. Em outra chamada de capa, Estado diz que “Advogado de Duda defende Lula”. Reporta que a defesa do publicitário Duda Mendonça defendeu o ex-presidente Lula e ex-ministro José Dirceu e afirmou ao STF que o mensalão foi criado por Jefferson. Erro – Folha chama na capa que “Erro do STF livra réu de julgamento do mensalão”. Informa que um erro do Supremo livrou Carlos Alberto Quaglia do julgamento do mensalão na corte. Ele teve sua defesa prejudicada porque durante três anos, o STF notificou o advogado que já não defendia mais o réu. O caso vai à primeira instância. Na mesma chamada, Folha reporta que, em São Paulo, o jornalista Fernando Morais, que escreve a biografia de José Dirceu, admitiu ter se beneficiado de dinheiro de caixa dois quando foi deputado. Diz que “Ele admitiu crime eleitoral para defender Dirceu”. Globo também registra na capa que “Falha faz STF excluir réu”. Correio registra na capa declaração do ministro Joaquim Barbosa ao ter seu pedido de ação contra advogados que o teriam ofendido rejeitado pela Corte, “Cada país tem o tipo de Justiça que merece”.
Haddad x Kassab – Folha, internamente, noticia que “Haddad ataca Kassab ao ser questionado sobre mensalão”. Informa que o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou ontem que há corrupção na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), que apoia seu adversário José Serra (PSDB). Diz que ele atacou a administração municipal ao ser questionado sobre o uso, na campanha do tucano, do julgamento de petistas no processo do mensalão no STF. "Existe um debate sobre corrupção na cidade de São Paulo. Nós temos vários secretários municipais que estão respondendo a processos por improbidade", disse. Jornal lembra que o secretário Januário Montone (Saúde) é réu sob acusação de fraudes em licitações da merenda escolar, e Eduardo Jorge (Meio Ambiente) responder por irregularidades na inspeção veicular. Em outra retranca, registra resposta do governador Geraldo Alckmin, “Problema do petista é falta de votos”. Estado também registra internamente que “Haddad afirma haver corrupção na gestão Kassab”. Serra/evangélicos – Folha noticia internamente que “Serra monta comitê evangélico e faz périplo por igrejas”. Informa que o tucano vem fazendo um périplo por igrejas evangélicas na tentativa de atrair apoio de seus líderes. Diz que a importância dada ao segmento motivou a criação de uma espécie de comitê evangélico, vinculado à coordenação de mobilização da campanha, que responde pela aproximação com o setor. Estado noticia internamente que “Serra defende política de trânsito e depois usa helicóptero”. Soninha/pedágio – Folha chama na capa que “Soninha defende plebiscito para pedágio urbano”. Informa que a candidata do PPS à Prefeitura de São Paulo defendeu ontem, na sabatina Folha/UOL, a realização de um plebiscito sobre a adoção do pedágio urbano no centro da cidade. [Estado noticia internamente que “Área de Pinheirinho vai a leilão por R$ 187 milhões].
MS/ataque a índios/criança morre – Globo informa internamente que “MPF pede à Polícia Federal investigação de ataque a índios”. Noticia que o Ministério Público Federal no Mato Grosso do Sul pediu instauração de inquérito à Polícia Federal para investigar ataque de pistoleiros ocorrido na última sexta-feira à comunidade indígena Guarani Kaiowá de Arroio Korá, no município de Paranhos. Durante a madrugada, cerca de 400 índios haviam ocupado o local, considerado território sagrado e homologado como terra indígena pela União desde 2009, mas que segue sob controle de fazendeiros. Segundo o MPF, uma menina de 2 anos morreu no local em circunstâncias não esclarecidas, após o ataque.
Comissão da Verdade/ “dificuldades” – Globo, na capa, informa que “Grupo enfrenta dificuldades”. Afirma que após três meses, Comissão da Verdade sofre com críticas de parentes de vítimas da ditadura, além de resistência das Forças Armadas. Estado informa internamente que “Comissão da Verdade quer convocar Ustra”.
Estrada/SP/licença polêmica – Estado, na capa, informa que “Estrada no litoral norte obtém licença ambiental”. Reporta que o governo do Estado obteve licenciamento do Conselho Estadual do Meio Ambiente para construir o Contorno Sul de Caraguatatuba e São Sebastião. São 30,8 km que ligam a Rodovia dos Tamoios e a Rio-Santos. A Dersa diz que haverá redução do tempo no trânsito. O desmatamento causado pela obra já provoca polêmica. Internamente, jornal registra posição da secretaria de Meio Ambiente de São Sebastião que “Será o maior desmatamento da história”. Senador Jorge Viana (PT-AC) escreve na Folha, “Código Florestal: risco de retrocesso”.
Oceanos/nota baixa – Globo, em “Nota baixa em oceanos”, informa que o maior levantamento sobre a saúde dos oceanos, divulgado esta semana na revista "Nature", mostra que o mundo trata muito mal suas zonas costeiras. Reporta que as 171 localidades avaliadas tiveram média 6. O Brasil ficou pouco à frente, com a 35ª melhor nota: 6,2.
PIB global/ritmo fraco – Valor noticia internamente que “PIB global deve manter ritmo fraco no 2º semestre”. Notícia é que o crescimento da economia global ficou abaixo de 3% em termos anuais no segundo trimestre. Essa é a taxa mais baixa desde o começo de 2009, segundo levantamento da consultoria Capital Economics, de Londres. As cifras do PIB para o segundo trimestre, comparadas ao primeiro, mostram a desaceleração nos EUA, zona do euro e Japão, que juntos perfazem 40% da produção mundial, enquanto houve pouca mudança na China. Assim, explica, o PIB global cresceu cerca de 2,7% anualizados entre abril e junho, em comparação aos 3,3% no primeiro trimestre, pelas estimativas da consultoria britânica, que não prevê melhoras no segundo semestre. BE traz chamada sobre tema conexo, “Venda de ônibus pode cair até 20% este ano”.
Fisco x multinacionais – Valor, em “Fisco à frente na briga com multinacionais” informa na capa que a Receita Federal está vencendo no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais uma disputa bilionária contra multinacionais dos setores farmacêutico, automotivo e de tecnologia. De 12 julgamentos realizados desde 2010, 10 foram favoráveis à União. Está em discussão o valor de insumos importados que essas empresas devem registrar nas prestações de contas ao Fisco e que afetam diretamente o cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. A disputa envolve cerca de R$ 8,1 bilhões em cobranças contra 350 companhias, apresentadas pela Receita desde 2004.
Etanol/2ª geração – Valor noticia na capa que “CTC e Embrapa pesquisam nova enzima”. Notícia é que o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), empresa de pesquisa em cana-de-açúcar que tem entre seus sócios Cosan e Copersucar, fechou parceria com a Embrapa na corrida pela produção de um etanol de segunda geração economicamente viável. Além de melhoramento genético e biotecnologia agrícola, as duas empresas vão realizar estudos para desenvolver enzima nacional por meio da biotecnologia industrial. As enzimas são peça-chave no desenvolvimento do etanol celulósico.
Planos de Saúde/críticas – Estado destaca internamente que “Atendimento em pronto-socorro é criticado por 72% dos usuários de planos”. Informa que um estudo divulgado ontem pela Associação Paulista de Medicina (APM) aponta que 72% dos usuários de planos de saúde no Estado de São Paulo que precisaram usar pronto-socorro enfrentaram problemas como superlotação e longas esperas nos hospitais. Desses, 15% admitiram que buscaram depois atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Cita pesquisa Datafolha que entrevistou 804 paulistas que usaram seus planos de saúde nos últimos 24 meses e destaca que 77% relataram alguma dificuldade no atendimento.
TIM/ligações cortadas – Estado, na capa, informa que “TIM se antecipa e adota nova regra para ligação”. Reporta que, acusada de derrubar ligações de clientes, empresa diz que novo prazo de dois minutos para refazer as chamadas vai desfazer "mal-entendidos". Em entrevista ao Estado, o vice-presidente da TIM, Mário Girasole, disse que medida é "uma oportunidade para se desfazer mal-entendidos". O executivo afirmou que a companhia nunca lucrou com a queda de chamadas dos planos Infinity.
Ceará/show de Plácido/R$ 3,1 mi – Folha chama na capa que “Ceará paga R$ 3,1 mi a Plácido Domingo para inaugurar obra”. Informa que, por esse preço, o tenor espanhol fez na noite de ontem o show de inauguração de um megacentro de eventos em Fortaleza.

Ano 2020: A extinção dos professores.


Por Ana Lú

O ano é 2020 D.C. - ou seja, daqui a oito anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação: 

- Vovô, por que o mundo está acabando? 
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta: 

- Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo. 

- Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor? 
O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

- Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios? 
- Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos. 

- E como foi que eles desapareceram, vovô? 

- Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa. 

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". Os professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

ATENÇÃO: Qualquer semelhança com a situação deste País ultrajado e saqueado por políticos quadrilheiros e mafiosos, não é mera coincidência.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


    Jornais destacam nas capas os números do Ideb de 2011. Estado, em manchete, admite avanço tímido enquanto demais dão enquadramentos francamente negativos ao assunto (Folha também em manchete). Mensalão continua no alto da agenda da mídia, com tese de desqualificação da lavagem de dinheiro pelas defesas e início previsto para hoje do voto do relator. Destaques de capa no Globo e Correio para paralisação de Belo Monte pela Justiça. Valor, Estado, Folha e Brasil Econômico trazem chamadas de capa sobre novas concessões que governo anuncia hoje. Greves dos servidores públicos alimentam manchetes do Globo, sobre perdas no comércio exterior, e no Correio, que diz que estão emperradas

Ideb/pouco avanço – Estado diz em manchete que “Educação avança no país, mas aluno aprende pouco”. Destaca que o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) divulgado pelo MEC mostra que o Brasil obteve avanços nos primeiros anos do ensino fundamental, mas o ensino médio apresentou piora em oito Estados e no Distrito Federal, apesar de a meta nacional ter sido atingida. Frisa que em outros 12 Estados, a meta não foi alcançada. Aponta que, com o aumento na progressão dos estudantes, houve menos repetência. “Para especialistas, os dados indicam que o Brasil teve avanços muito tímidos e grande parte dos estudantes ainda sai da escola sem aprender o que deveria”. Jornal relata ainda que, no ensino médio da rede particular, 15 Estados e o DF não atingiram a nota mínima e dois terços dos 20 Estados avaliados em 2009 apresentaram queda ou mantiveram a mesma média. Folha também dá manchete ao assunto. Em “Novos dados ruins fazem MEC mudar ensino médio”, diz que o governo federal quer reduzir o número de disciplinas no ensino médio público após a divulgação dos resultados de 2011 do Ideb. Globo destaca na capa que “Devagar, quase parando: Ensino médio avança pouco”. Correio noticia assunto no alto da capa com infográficos, “O ensino médio parou no tempo”. MG/RS – Estado de Minas destaca no alto da capa que “Minas tem o melhor ensino básico do país”. Zero Hora vai na direção contrária, com manchete “RS tem pior resultado em educa;ao no sul do Brasil”. Cotas/universidades – Globo traz internamente que “MEC quer aulas de reforço para cotistas em federais”. Em outra retranca, sobre o assunto, destaca declaração de FHC, que “O risco é de criarmos racismo no Brasil”. Em ainda outra retranca, Globo diz que “Governo tenta impedir que Senado vote investimento de 10% do PIB em educação”.

Mensalão/lavagem desqualificada – Estado destaca na capa que “Defesa tenta desqualificar “lavagem” no mensalão”. Afirma que tentativas de desqualificar o crime de lavagem de dinheiro tomaram conta ontem das sustentações orais de advogados de réus do mensalão no STF. O advogado do ex-ministro Anderson Adauto, acusado de comprar o apoio de deputados do PTB, disse que a denúncia do Ministério Público Federal contra seu cliente não deve dar em nada. Correio noticia na capa que, “Atacado, Gurgel quebra o silêncio”. Informa que na véspera do voto do relator do mensalão, o procurador-geral da República critica advogados dos réus, a quem acusa de grosserias. Jornal diz que Roberto Gurgel descarta pedir a palavra Corte para rebatê-los. Matéria relata ainda que ele considera assunto superado a hipótese de incluir o ex-presidente Lula no processo. Outra retranca interna do Correio registra mesma posição sobre Lula do ministro Marco Aurélio Mello. Ministros/votos – Em outra chamada de capa, Estado noticia que “Ministros apresentam votos”. Informação é que os ministros do STF começam a apresentar hoje mais de mil votos pedindo a condenação ou absolvição de cada um dos 38 réus do processo do mensalão. Globo acompanha em “Relator inicia hoje leitura do voto”. Folha, na capa, reporta que “Ministro do STF ironiza relator do mensalão e pede serenidade”. Diz que Marco Aurélio Mello criticou a tentativa de colegas de acelerar o julgamento do mensalão, para permitir o voto de Cezar Peluso, “tido como rigoroso”, que se aposentará em setembro. Registra que Mello chamou Joaquim Barbosa de "o todo-poderoso relator" e cobrou serenidade de Ayres Britto, presidente da corte. Folha destaca internamente opinião de FHC que “Condenação vai manchar o governo Lula”. Valor, na capa, chama “a parte decisiva e enfadonha do mensalão”, artigo de doutor em direito penal Victor Gabriel Rodríguez, da USP. Globo, internamente, traz matéria com posição de ministros do STF, “Defesa de Jefferson não convence sobre Lula”. Editorial da Folha, “Pedagogia mensaleira”.

Belo Monte/interrupção – Globo destaca na capa que “TRF manda parar Belo Monte”. Informa que o desembargador federal Souza Prudente, da 5ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), determinou a interrupção da obra de construção da hidrelétrica, com multa diária de R$ 500 mil à empresa Norte Energia, responsável pelo empreendimento, se descumprir a determinação. Relata que o juiz determinou consulta aos índios pelo Congresso Nacional para que a obra seja liberada. Jornal registra ainda que, segundo o desembargador, os parlamentares também terão que editar novo decreto legislativo autorizando as obras em Belo Monte. Correio acompanha em “Justiça barra construção da usina de Belo Monte”. Editorial do Estado sobre tema correlato, “Os índios e suas terras”.

Concessões/menor taxa – Valor chama na capa que “Novas concessões terão menor taxa de retorno”. Segundo o jornal, a taxa de remuneração dos investimentos privados nas novas concessões a serem anunciadas pela presidenta Dilma cairá para um nível entre 6% e 6,5% ao ano, no máximo, em termos reais. Serão, “conforme dois funcionários do governo com conhecimento do assunto”, as taxas de retorno mais baixas da história recente do país para projetos de infraestrutura. Jornal informa que as taxas de retorno dos investimentos seguem uma trajetória de queda desde o primeiro ciclo de privatizações, na década de 1990, durante o governo FHC. Prazos e metas – Estado, em “Concessão à iniciativa privada terá prazo e meta”, noticia na capa que governo anuncia hoje um pacote de concessões em rodovias e ferrovias, “obras que até então faziam parte do PAC e deveriam ter sido tocadas pela União”. Jornal diz que, para assegurar que os investimentos privados de fato ocorrerão, os contratos terão metas de execução, com prazos detalhados. Rodovias/investimento menor – Folha, na capa, informa que, “Privatizadas há 4 anos, rodovias só investiram 10% do previsto”. Reporta que, nos contratos assinados de 2008, que previam investimentos de R$ 1,2 bilhão (valores atualizados) em 270 km, apenas cerca de R$ 100 milhões haviam sido gastos até fevereiro deste ano. Anota que dos oito grandes projetos, cinco nem começaram. Brasil Econômico destaca na capa declaração de Jorge Gerdau, da Câmara de Gestão do Governo Federal, que “o governo não pode agir sozinho” para contornar os gargalos logísticos e precisa também do investimento privado.

Greves/comércio exterior – Globo, em manchete, diz que “Comércio exterior perdeu dois anos em oito em razão de greves do “funcionalismo sindical”. Afirma que em meio a uma greve de 57 dias na Receita Federal e 29 dias na Anvisa, o comércio exterior do Brasil continua perdendo. Cita levantamento da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), que afirma que, nos últimos oito anos, o setor produtivo foi afetado pelo equivalente a quase dois anos de greve. Número é a soma dos dias parados nos diversos órgãos responsáveis pela liberação do comércio exterior do Brasil. Segundo a AEB, greves sucessivas e longas afetam a competitividade do país. Negociação/ “emperrada” – Correio, na manchete “Negociação emperra, servidor radicaliza”, diz que, inconformados com a falta de novas propostas pelo governo, depois de duas horas de conversas, servidores trancaram-se na sala de reuniões do 7º andar do Ministério do Planejamento, detiveram o secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e ameaçaram que ninguém sairia de lá enquanto não recebessem uma proposta do Planalto. Policiais militares cercaram o prédio e, no início da noite, eles decidiram deixar a sala. Jornal aponta “outro impasse” nas universidades. Refere-se ao fato de o governo ter mandado cortar o ponto dos grevistas, enquanto o MEC prefere a compensação dos dias parados. Folha, internamente, noticia que “Greve ameaça estoques de genéricos, diz entidade [Pró-Genéricos, em referência à paralisação da Anvisa]. Estado, internamente, afirma que “PT já se preocupa com impacto da onda grevista nas eleições”. Em outra matéria interna, Estado diz que “Paralisações atrasam grandes obras do PAC”, referindo-se a Abreu e Lima, Belo Monte e Teles Pires.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Bom dia,
seguem os destaques de hoje sobre o julgamento do Mensalao.. que tal cada um postar no facebook e compartilhar em suas redes? vamos usar o twitter também para que todos tenham acesso ao conteúdo e que possam espalhar para suas redes.
Em artigo no Valor Econômico, Renato Janine Ribeiro diz que a oposição fez do julgamento um “caso de vida ou morte”, pressionando o Supremo para condenar os réus. Para ela, a imagem da Corte está em risco devido ao discurso amplamente divulgado na imprensa desconsiderando o direito de defesa dos réus. Clique aqui para ler a íntegra do artigo

Colunista da Folha de S.Paulo afirma que as contestações feitas pelos advogados de defesa "pareceram muito mais convincentes, em pontos importantes, do que as respectivas acusações". Para ele, a defesa se mostrou mais apoiada do que a acusação em testemunhos e depoimentos tomados pelo inquérito, assim como em documentos e fatos provados ou comprováveis. Clique aqui para ler a íntegra do artigo

Em entrevista ao Consultor Jurídico, o jurista Celso Antonio Bandeira de Mello diz que houve um conluio da grande imprensa para derrubar o então  presidente Lula em 2005. Para ele, o Supremo Tribunal Federal precisa fazer um julgamento técnico. Clique aqui para ler a íntegra da entrevista

Em entrevista ao iG, Luiz Francisco Barbosa nega que o pagamento feito a deputados era fruto de um esquema para compra de apoio político. Segundo ele, o que houve foi o cumprimento de um acordo para financiamento de campanhas municipais em 2004. Clique aqui para ver a íntegra da entrevista
um forte abraço
Equipe MobilizaçaoBR

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


A greve dos servidores públicos federais continua como principal destaque nas primeiras páginas dos jornais: Governo fala em atender parte de pedidos de servidor, (Estadão); Dilma pede ajuda a Lula para enfrentar as greves, (Valor); Greve trava estradas e gera caos em Cumbica, (Folha); Desgaste com greve faz Dilma elevar o tom, (Correio). O Globo diverge com manchete sobre o julgamento da APN 470/mensalão: Relator faz perguntas e expõe contradição de réu. Brasil Econômico: Safra agrícola bate recorde, mas preço de grãos continua em alta. Na área internacional as reações à anunciada decisão do Paraguai de suspender a venda do excedente de energia ao Brasil e Argentina. Irã discute conflitos da Síria

GREVES/LULA/TRANSTORNOS. Diante da avaliação de que a greve no serviço público pode virar um "um tsunami” a Presidenta Dilma pediu e o ex-presidente Luiz concordou em participar das negociações com os grevistas, a fim de evitar radicalização e ruptura com o movimento sindical/CUT que acusa o Governo de atitudes antisindicais", conforme representação protocolizada na OIT, informa o Valor. Petistas avaliam que a falta de diálogo com os líderes grevistas levou à radicalização, sendo a Presidenta Dilma aconselhada por Lula a reabrir as negociações, segundo a Folha, destacando que o ministro Gilberto Carvalho disse que a crise econômica recomenda prudência. Correio diz que a Presidenta Dilma elevou o tom e mandou um duro recado às bases sindicais: não se curvará a gritos de protesto e quebra-quebra. Globo com o título Aos grevistas, a lei e as 'sobras', emendando que o “governo federal destinará apenas sobras de Orçamento para oferecer reposições de inflação a categorias com salários mais baixos. Fora isso, a estratégia é ir à Justiça para garantir a manutenção dos serviços à população”. Globo traz, ainda, o editorial Greve de servidores usa a população como refém. Internamente, Valor informa que as paralisações dos fiscais da Anvisa e da Receita já afetam importações de insumos. No RS os prejuízos chegam a de R$ 193 milhões porque não são autorizados o abate e transporte de carnes e grãos. A entidade que representa os fiscais federais - Febrafite – ingressou com ação direta de inconstitucionalidade no STF contra o Decreto 7.777 que permite a substituição de servidores em greve por funcionários estaduais ou municipais. O relator é o ministro Dias Toffoli, informa o Valor. Estadão acrescenta que o governo concluirá nos próximos dias os cálculos de quanto destinará aos reajustes dos servidores que serão escalonados, não contemplando todas as categorias, de acordo com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Sindicalistas dizem que 350 mil servidores, de 30 órgãos, estão em greve, números desmentidos pela ministra Miram, apontando que há normalidade na Esplanada. Folha, Globo e Correio destacam que a greve se fortaleceu: trava estradas, grandes avenidas, portos e gera caos em Cumbica, causando transtornos à população que reage com protestos. Estadão e Folha trazem na primeira página fotos de filas e protestos nos aeroportos. Correio diz que a UNB decidiu continuar em greve. Folha traz a informação de que estão em greve os operários da Arena Pernambuco, um dos estádios mais atrasados para a Copa das Confederações de 2013.

MENSALÃO/DEFESA ATACA. A defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato disse que ele não sabia que um pacote com R$ 326 mil, recebido de Marcos Valério, continha dinheiro e classificou a denúncia de ilusionismo político. Foi questionado pelo ministro Joaquim Barbosa, relator da APN 470/mensalão (Valor, Folha, Correio/Globo), sendo que o Globo destacou a intervenção como manchete da primeira página, pois o gesto quebra a liturgia do Judiciário. O advogado de Enivaldo Quadrado, sócio da corretora Bônus-Banval, classificou a acusação de “teatro do absurdo Ionesco”. A defesa de Pedro Henry atribuiu ao então deputado José Janine (PP-PR), já falecido, a responsabilidade pelas finanças do partido, enquanto o assessor parlamentar João Cláudio Genu era penas mensageiro que cumpria ordens, sacando
dinheiro no Banco Rural. Já a defesa do ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, admitiu que os recursos recebidos financiaram campanhas e pagaram os defensores do ex-deputado Ronivon Santiago (PP-AC). Reafirmada a tese de que não houve compra de apoio parlamentar, porque o PP apoiou as propostas do governo Fernando Henrique Cardoso à semelhança do que ocorreu com o Governo Lula, onde as foram também aprovadas pela oposição. Estadão, Valor, Folha noticiam que defesa reforça em novo memorial que não procedem as denúncias contra José Dirceu e lista as omissões do procurador Roberto Gurgel. À Folha o ex-procurador-geral da República e então autor da denúncia, Antonio Fernando de Souza, afirma que as defesas querem provocar dúvidas na população; rejeita a tese do caixa dois e diz haver evidências “certas e determinadas” da compra de apoio. Correio revela que Marcos Valério negociou delação premiada, entregando uma lista com pessoas que supostamente receberam dinheiro do esquema. Por isso, a defesa quer que os ministros do STF concedam o benefício a Marcos Valério. Correio, Valor, Globo informam que o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público suspender a divulgação da cartilha da Procuradoria-geral da República que explica o mensalão ao público infantil. O senador Aécio Neves nega ter utilizado os serviços da IFT quando presidente da Câmara, enquanto a defesa de João Paulo atribui a informação a interpretação equivocada da sustentação oral.

ELEIÇÕES/CANDIDATOS. TSE reduziu de 55 para 51 o número de deputados da bancada do PSD, o que vai obrigar a rever o tempo do partido no horário eleitoral gratuito, informa Valor. Em BH, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) terá14min19s, contra 8min22s do ex-ministro Patrus Ananias (PT); no Recife Geraldo Júlio (PSB) terá 9min7s, contra 5min32s de Humberto Costa (PT). Folha e Valor noticiam que o candidato do Fernando Haddad (PT) demitiu o colaborador responsável pela postagem, em seu site, de um vídeo que ligava o adversário José Serra (PSDB) ao ditador Adolf Hitler, acrescentando que não deve desculpas ao tucano. Serra diz que o PT faz baixaria. Folha noticia que o candidato Celso Russomanno opera uma rádio FM em Leme/SP, mas a concessão foi para uma empresa do Pará.

SAFRA/ALIMENTOS EM ALTA. A produção de grãos da safra 2011/2012 deve chegar a 165,9 milhões de toneladas ou o equivalente a 1,9% a mais que a produção recorde obtida no período 2010/2011, quando atingiu 162,8 milhões de toneladas, destaca Brasil Econômico. Todavia, prossegue, os preços dos alimentos continuam em alta, em virtude de queda na produção norte-americana e redução da safra de feijão e arroz no Brasil e também à pressão sobre os preços do milho.

ARRECADAÇÃO/ESFORÇO FISCAL. O ritmo mais fraco de crescimento da arrecadação coloca em xeque o esforço fiscal do Governo. Valor informa que projeções do mercado estimam que o superávit primário passou de 2,93% do PIB para 2,8%. O superávit necessário para estabilizar a dívida bruta é de 1,5%, metade dos 3,1% do PIB da meta fiscal. Internamente, o mesmo jornal observa que deverá ser cumprida a meta de levar a dívida líquida do setor público a 30% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014

OLIMPÍADAS. Matérias e fotos das primeiras páginas ressaltam a atuação do corredor jamaicano Usain Blot que ontem venceu os 200 metros. Destaque também para a seleção brasileira feminina de vôlei que venceu o Japão por 3 sets a 0. Os brasileiros Alison e Emanuel conquistaram a prata, no vôlei de praia

PEDOFILIA/JOGO. Com foto e chamada de primeira página Correio denuncia o que classifica de jogo escondido por trás de promessas de uma carreira de sucesso no futebol: abusos, pedofilia e redes de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes que, para ficarem nos gramados, acabaram violentados.

PARAGUAI/BRASIL. A decisão do Paraguai de suspender a venda do excedente de energia de Itaipu para o Brasil não conflita com a política externa do Palácio do Planalto para região, relatam Valor, Estadão. Presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado, Fernando Collor, define como infeliz a iniciativa do Paraguai. Fonte citada pelo jornal diz que o Governo brasileiro está incentivando a instalação de indústrias no país vizinho. O porta-voz do Governo paraguaio, Martín Sannemann, disse que não haverá interrupção no fornecimento de energia ao Brasil. Folha relata que o Paraguai quer renegociar o valor da energia vendida ao Brasil, segundo declarou o chanceler José Félix Estigarribia. Jornal diz que o Brasil trata com desdém a ameaça paraguaia. Eles [o governo de Federico Franco] já estão amenizando o falatório", disse o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Correio relata que o porta-voz do Itamaraty, embaixador Tovar Nunes, disse que não existe cessão de energia, ela é comprada. Globo: Se negar energia de Itaipu, Paraguai rompe tratado.

CONCESSÕES/ESTRADAS. Concessões de estradas e trens terão R$ 90 bi de investimento em cinco anos, chama a Folha, na primeira página. Plano será anunciado na próxima quarta-feira pela Presidenta Dilma e prevê duplicar 5.700 km de rodovias, construir 8.000 km de ferrovias e a concessão de três novos portos (Amazonas, Espírito Santo e na Bahia) no valor de R$ 10 bilhões. Acrescenta o jornal que será a primeira etapa do conjunto de ações encomendadas para tentar reativar a economia brasileira. O ganhador das concessões terá de bancar os investimentos de ampliação e renovação das rodovias e oferecer a menor tarifa de pedágio.

MINERADORAS/LICENÇAS. Empresas mineradoras estudam a possibilidade de recorrer à Justiça para anular a portaria do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) e do Ministério das Minas e Energia que mantêm suspensas, desde novembro, as outorgas para pesquisa mineral e novas concessões para exploração de jazidas minerais no país. Segundo Valor, são mais de 5 mil alvarás de pesquisa e 55 portarias de lavra pendentes. A suspensão desses procedimentos teria sido determinada pela Casa Civil para evitar especulação com títulos de empresas de minérios antes da entrada em vigor do novo marco regulatório.

CÓDIGO FLORESTAL. Foi adiada para o fim do mês a reunião da comissão especial que examina as alterações à medida provisória (MP) do Código Florestal, diante da possibilidade de derrota do Governo, anuncia o Valor. O adiamento foi sugerido pelo relator do projeto, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), em reunião de emergência, realizada no Palácio do Planalto. O presidente da comissão, deputado Bohn Gass (PT-RS) disse que "o governo foi no seu limite" e que não vai mais negociar com os ruralistas. Folha relata que o Planaltou considerou "gravíssima" a aprovação, por 15 votos a 12, da emenda que acaba com as áreas de proteção nas margens de rios intermitentes. Correio diz que a ordem é negociar o Código Florestal. Globo noticia que o Governo pressiona ruralistas.

RECEITA/SENADORES. Correio e Globo anotam que a Receita manda a conta do 14° e 15° a senadores. Os parlamentares foram intimados a explicar os motivos do não pagamento de imposto sobre os salários extras. Dívida deve passar de R$ 10,8 milhões.

ARROZ/FEIJÃO/MILHO. Depois dos dados positivos da safrinha de milho, quedas expressivas na safra de arroz e feijão preocupam, informa o Valor, com chamada na primeira página. Acrescenta: o arroz ocupou 2,5 milhões de hectares no Brasil em 2011/12, 13% menos que em 2010/11, e rendeu 11,6 milhões de toneladas, queda de 15%, conforme levantamento divulgado ontem pela Conab. As três safras de feijão tiveram área de 3,3 milhões de hectares, 18,1% menor, e produção de 2,9 milhões de toneladas, uma retração de 22,1%. Folha informa que o preço do arroz sobe nas cooperativas do Sul, média de R$ 30,58 e o maior preço registrado foi de R$ 31,50, em Pelotas.

NOVA TENDÊNCIA/PT. Correio relata que a nova corrente do PT, denominada Construindo um Novo Brasil, chega com força e já congrega metade dos votos da Executiva do DF. Ela surgiu da dissidência de outros grupos e, no plano nacional, é comandada pelo ex-ministro José Dirceu.

STJ/SEXO/MENOR. O Estadão chamada na capa que o STJ suspendeu decisão que relativizava a presunção de estupro no caso de sexo com menores de 14 anos. Pela decisão anterior, de março, praticar sexo com menores de 14 anos nem sempre seria crime. Com a nova decisão, um homem que havia sido inocentado em primeira instância após fazer sexo com três meninas de 12 anos pode ser condenado, pois a presunção de inocência é a regra.

CACHOEIRA/NOS EUA. O bicheiro Carlinhos Cachoeira tinha empresas de fachada nos Estados Unidos, informa a Folha, apresentando como provas e-mail e depósitos no valor de US$ 400 mil. As firmas identificadas pela PF são a Keypointgroup, BRZ Organics, Expoflex Corporation, CR International Trade and Services e a Cinema Equipment & Supplies. A PF sugere o aprofundamento das investigações sobre elas, sediadas na Flórida, nos Estados Unidos. No Correio, a informação de que a Delta enviou R$ 85 milhões às Ilhas Cayman, no Caribe. No Globo a informação de que Cachoeira transfere 25 bens para a ex-mulher Andréia Aprígio.

ANATEL/MULTAS/GAVETA. Internamente, Folha denuncia que a Anatel engaveta R$ 25,6 mi em multas contra as empresas de telefonia, internet, rádio e TV. Relatório de auditoria da agência mostra que desarranjos nos trâmites burocráticos retardam a aplicação de sanções e deixam engavetadas cobranças milionárias. Em julho, tramitava na Anatel um total de 14.400 processos, instaurados desde 2010, com indicações de possíveis irregularidades. Desses, 7.607 estavam "pendentes", ou seja, não passaram por julgamento interno em primeira instância. Em outra retranca o mesmo jornal informa que novas regras de fiscalização das teles foram publicadas, e devem acelerar a fiscalização sobre possíveis irregularidades.

CAIXA/MERCADO. A CEF encerrou o primeiro semestre de 2012 somando 3,33 milhões de novos clientes e ampliando sua participação no mercado de crédito brasileiro, informam Folha, Correio. Os empréstimos crescem em ritmo anual de 44,6%, enquanto a média do mercado é de 17%. Prossegue: nas demais linhas de crédito, o crescimento foi de 56,2%, o maior crescimento entre os grandes bancos brasileiros. O resultado foi um lucro de R$ 2,8 bilhões no período, volume 25,2% superior ao primeiro semestre do ano passado e a melhor performance entre os grandes bancos.

SÍRIA/IRÃ. O Irã disse ter convencido grupos opositores ao ditador Bashar Assad a participar de futuras conversas de paz em Teerã. O anúncio foi feito durante encontro com representantes de 27 países -sem o Brasil- promovido por Teerã para contornar o isolamento que lhe é imposto pelo Ocidente na busca de uma solução para o conflito na Síria. No mesmo sentido Correio com o título Irã e aliados insistem no diálogo.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


Jornais convergem para o recrudescimento da greve dos servidores públicos federais e a reação do Governo: Pressão de servidores faz governo negociar reajuste, (Estadão); Dilma endurece com grevistas, (Valor); Onda de greves se alastra e desafia governo Dilma, (Folha); Servidores e Governo medem força. O país paga, (Correio). O Globo diverge com a manchete: Defesa do Banco Rural culpa executivo morto. Brasil Econômico: Mais crédito e menos juros, pede Mantega aos bancos, mais uma vez. Na área internacional a decisão do Governo Paraguaio de não mais vender energia ao Brasil e à Argentina; a ofensiva do Egito no Sinai e o conflito na Síria.

GREVES/DILMA ENDURECE. O governo vai endurecer com os servidores grevistas, destaca Valor. Acrescenta que a Presidente Dilma Rousseff autorizou a assinatura dos primeiros convênios com São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, para substituir os grevistas por funcionários estaduais e municipais que desempenham funções assemelhadas. Os fiscais agropecuários reagiram e suspenderem integralmente as atividades. Categorias de servidores estaduais já informaram que ficarão ao lado de seus colegas federais. O secretário-geral da Presidência da República, ministro Gilberto Carvalho, adianta que até o final de agosto serão apresentadas propostas ao funcionalismo. Estadão e Folha relatam que o ministro Carvalho foi vaiado e chamado de traidor, por manifestantes da CUT, durante congresso em Brasília. Estadão e Correio informam que, diante das pressões, o governo determinou à ministra do Planejamento, Miriam Belchior, finalizar os estudos de uma proposta de reajuste. Jornais também se reportam às manifestações dos grevistas na esplanada, em outras localidades brasileiras e nas rodovias. Para a Folha a Onda de greves se alastra e desafia governo Dilma. A atual greve é considerado como o maior movimento desde o início da gestão Lula, em 2003. Jornais noticiam que estão parados 350 mil funcionários de 27 órgãos, segundo os sindicatos. As paralisações já prejudicam o cotidiano da população. Noticiam, ainda, que grevistas tentaram subir a rampa do Palácio do Planalto, mas foram contidos por policiais. Folha reporta que, ao contrário da Administração Lula, o Governo Dilma interrompe política federal de benesses ao funcionalismo. Com foto na primeira página das manifestações e de confrontos entre policiais e servidores em frente ao Palácio do Planalto, Correio destaca que protesto dos servidores das acaba em confusão. Prossegue: “enquanto governo e sindicalistas não se entendem, é a população quem mais sofre as consequências”. Correio noticia a demissão de Cesar Brod, do Ministério do Planejamento, contrário ao corte de ponto dos grevistas. Valor informa que no PE, trabalhadores da refinaria Abreu e Lima/Petrobras incendiaram sete ônibus, em protestos por melhores salários.

MENSALÃO/DEFESA ATACA. O ex-ministro da Justiça Thomaz Bastos, advogado do ex-diretor do Banco Rural José /Roberto Salgado, disse que a denúncia é uma construção mental” (Estadão/Folha) e que mensalão é 'fantasia' e que a acusação é "desprovida de senso de realidade", na mais veemente crítica à peça acusatória do procurador Roberto Gurgel, segundo avaliação do Valor. “É um julgamento com bala de prata, de uma vez só", emendou Thomaz, referindo-se ao fato de haver apenas um recurso, Embargos Infringentes, uma vez que o Julgamento ocorre no órgão de cúpula da Justiça/STF (Valor/Estadão). A defesa de João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara, também alegou ausência de provas, dizendo que ele era figura lateral(Globo, Valor). Candidato à prefeitura de Osasco, a situação de réu de João Paulo preocupa o PT, comenta o Estadão. Jornais ressaltam, com destaque para o Globo, que as defesas dos chamados réus do esquema financeiro transferiram a culpa de eventual ilícito ao então diretor do Banco Rural, José Augusto Dumont, falecido em 2003. Nesse sentido Thomaz Bastos e o advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, defensor de Ayanna Tenório, ex-diretora
do Rural. Maurício Campos, advogado de Vinícius Samarane, atual vice-presidente do Rural, disse que a instituição seguiu determinações do Banco Central na concessão de empréstimos às empresas de Marcos Valério. Folha e Estadão adiantam que integrantes do PT vão apresentar representação contra o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no Conselho Nacional do Ministério Público Federal, em razão da cartilha produzida pelo Ministério Público para explicar o escândalo do mensalão às crianças. Ministros ouvidos pela Folha validam as provas colhidas na CPI dos Correios e manifestam dúvidas quanto à acusação de que José Dirceu chefiava o esquema do mensalão. Globo e Estadão revelam que, mesmo admitida a tese de caixa 2 (já rejeitada pelo Supremo), os réus podem ser condenados por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro (pena máxima de 12 anos). Correio e Globo sintetizam que, até agora, a tese central das defesas é de que há excesso de acusação na APN 470 e que as provas são insuficientes para condenar os réus. Para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o governo não será atingido em hipótese nenhuma pelo julgamento do mensalão. É uma questão que afeta ao Poder Judiciário, disse ao Globo.

ELEIÇÕES/CANDIDATOS. Vídeoclipe intitulado "E agora, José?", postado no site do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, liga José Serra (PSDB) a Adolf Hitler. Noutras imagens, Serra é retratado como vampiro, profeta do apocalipse e sósia do sr. Burns/"Os Simpsons". Assessoria do petista disse que o responsável por publicar o vídeo será demitido, informa Folha, acrescentando que Serra critica a proposta de Haddad de criar um bilhete único no valor de R$ 150 sem limites de viagens e horário para os usuários de transportes de massa. A Justiça Eleitoral divulgou o tempo dos candidatos no rádio e na TV: José Serra (7min44s), sete segundos mais que Fernando Haddad (que já tem gravações com a participação de Lula), seguidos de Gabriel Chalita (PMDB) e Celso Russomanno (PRB).

BANCOS/GOVERNO. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, exortaram os bancos a concederem mais créditos a juros mais baixos, durante “encontro ameno” com os banqueiros, em Brasília, destaca Brasil Econômico. "Foi uma cobrança, mas em clima cordial", informou o jornal. As autoridades econômicas e banqueiros concluíram que o crescimento da “economia vai ser retomado e que teremos um segundo semestre melhor”. Participaram representantes Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Safra, Citibank, HSBC e BTG. Folha noticia que o Governo considera insuficiente o esforço dos bancos para reduzirem os juros.

COTAS/VETOS. O projeto que destina 50% das vagas nas universidades para alunos da rede pública começará a valer em 2013 e terá um veto: o governo vai privilegiar o Enem e o vestibular, revela o Correio. A pedido do Ministério da Educação (MEC) e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, a Presidenta Dilma Rousseff vetará o artigo 2º da proposta, que estabelece a seleção dos alunos tendo como base o Coeficiente de Rendimento (CR), obtido por meio de média aritmética das notas ou menções do período. Globo traz matéria na qual a Associação que representa reitores das federais critica o sistema de cotas porque fere a autonomia universitária. Na Folha a informação na primeira página de que as escolas privadas reagem ao sistema de cotas.

INFLAÇÃO/TOMATE. A inflação de 0,43%, acima da previsão oficial, mereceu maior atenção de O Globo, com chamada de primeira página. As chuvas fizeram do tomate o grande vilão da inflação oficial em julho: o produto subiu 50% e puxou o IPCA. A previsão é que feche em 5,3% no ano.

PARAGUAI/ITAIPU/MILITARES. Brasil Econômico, Folha, Correio destacam a decisão do Presidente do Paraguai, Frederico Franco, de suspender as vendas dos excedentes de energia elétrica da usina de Itaipu ao Brasil e da usina de Yacyretá à Argentina. O Paraguai é sócio nas duas usinas e, agora, pretende empregar todo potencial energético na industrialização do país. Ao Correio, o diretor-geral brasileiro da Usina Hidrelétrica de Itaipu, Jorge Miguel Samek, disse não estar preocupado com a posição paraguaia, ressaltando que há regras que definem claramente as formas de compra de energia. Valor observa que outro foco de tensão com os vizinhos paraguaios é a mega operação militar realizada pelo Brasil para combater a criminalidade na fronteira com Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai.

CÂMARA/PMDB. O PMDB quer a candidatura única do líder da bancada, Henrique Eduardo Alves (RN), à presidência da Câmara dos Deputados, como forma de demonstrar força no Legislativo perante o Palácio do Planalto e o principal aliado, o PT, informa o Valor, citando o vice-presidente da República, Michel Temer. A disputa ocorrerá em fevereiro de 2013, quatro meses após as eleições municipais de outubro em que todas as previsões apontam para um avanço petista e consequente perda de espaço pemedebista.

OLIMPÍADAS/MARIN. A vitória de Juliana e Larissa (bronze) no vôlei de praia e a derrota no basquete para a Argentina estão nas capas do Estadão, Folha, Correio, Globo. O pugilista brasileiro Yamaguchi Falcão Florentino derrotou o cubano Julio la Cruz Peraza e conseguiu vaga nas semifinais da categoria meio-pesado (até 81kg). A pugilista Adriana Araújo conseguiu medalha de bronze vencendo a russa Sofya Ochigava. Folha assinala que, distante de Dilma, o presidente da CBF, José Maria Marin, se aproxima do vice-presidente, Michel Temer, que aceitou o convite do cartola para assistir ao amistoso entre Brasil e Suécia, na próxima quarta- -feira, em Estocolmo.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Síntese da MIDIA IMPRESSA


 
As principais manchetes dos jornais tratam de assuntos distintos, dando menor ênfase ao noticiário sobre o julgamento da APN 470/mensalão: Quem aposta no desgaste se decepcionará, diz Planalto, (Estadão); Senado aprova projeto que dobrará cotas nas federais, (Folha); Preço da gasolina vai aumentar ainda este ano, (Globo); Greve cresce e ameaça imobilizar a Esplanada, (Correio); IPOs pós-crise dão maior retorno aos investidores, (Valor); Dilma dá ordem para destravar o Ministério dos Transportes


PLANALTO/DESGASTE. A manchete destacada no alto da primeira página do Estadão se apoia nas declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho: Quem aposta no desgaste se decepcionará, diz Planalto. Relata que Carvalho foi escalado para mandar um recado aos que apostam que os respingos do mensalão podem atingir o Governo Dilma: "Aqueles que apostam nesse processo (mensalão) para um desgaste desse projeto político se decepcionarão (...)”. Carvalho comparou o julgamento da APN 470/STF com o momento vivido pelo Governo Lula, em 2005, quando surgiram as primeiras notícias sobre o mensalão: "Quando baixou a espuma do debate político, ficou a realidade dos fatos de que era um país que estava mudando, crescendo, distribuindo a renda e fazendo um processo que foi apoiado pela grande maioria da população em 2006 e depois em 2010". No mesmo sentido, mas com menor destaque a Folha que trata do assunto com chamada de uma coluna na primeira página “Julgamento do mensalão não afeta planos do PT”, diz ministro. Globo, internamente, com o título Carvalho diz não crer em desgaste eleitoral, destacando em outra chamada que Dilma aposta numa agenda positiva. Folha revela que pesquisas de opinião pública encomendadas pelo PT/SP e pelo Planalto indicam que a APN 470 não afeta a imagem da Presidenta Dilma, havendo desinteresse da população quanto ao mensalão. Noutra retranca a informação de que antes do julgamento do mensalão a Presidenta Dilma reforçou a versão de réus petistas. Estadão noticia que “Dilma e Lula estão incomodados com as versões de que a condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, no julgamento do mensalão, seria boa para o governo”.

COMBUSTÍVEIS/REAJUSTE. A principal manchete de O Globo vem no meio da página, anunciando aumento nos preços dos combustíveis, ainda este ano, a fim de compensar o prejuízo de R$ 1,3 bilhão da Petrobras, registrado no segundo trimestre deste ano. O reajuste evitaria mais perdas, diz o jornal e modifica a estratégia do Governo de continuar usando a estatal como arma para segurar a inflação. O objetivo é reduzir a defasagem de 20% dos preços internos para os preços internacionais. Matéria diz que ainda não está definida a forma e o percentual de aumento nos preços da gasolina e do diesel. Prossegue o jornal: a alternativa seria o governo oferecer algum tipo de subsídio à Petrobras, mas na visão da área econômica, isso não seria "salutar" para uma empresa do porte da estatal.

MENSALÃO/STF No terceiro dia de julgamento da APN 470/mensalão, as defesas de quatro dos acusados (Cristiano Paz, Rogério Tolentino, , de Simone Vasconcelos e Geiza Dias) tentam se desvincular de Marcos Valério, a quem atribuem eventual ato ilícito, convergem Folha, Correio, Valor, Estadão. O Correio sintetiza no título: Defesa diz que réus só cumpriam ordens. José Carlos Dias alegou que todas as operações do Banco Rural foram comunicadas ao Coaf que não identificou irregularidade alguma na atuação de Kátia Rabello, enquanto presidenta da instituição. Transferiu para o já falecido José Augusto Dumont, ex-vice-presidente do banco, a responsabilidade pelas operações com Marcos Valério. Jornais reportam que a saída da ministra Cármen Lúcia do STF para presidir a sessão do TSE provocou críticas da defesa que aproveitou para alegar ofensa à ampla defesa, questão de ordem resolvida de pronto pelo plenário do STF. Ao Estadão o ministro Celso de Mello afirmou que não vai aceitar provas produzidas fora da instrução, citando como exemplo os depoimentos dados à CPIs e à Polícia Federal. E ao Correio o ministro Marco Aurélio descarta a prisão imediata dos réus. Estadão diz que ministros do STF resistem à versão do caixa dois. Globo relata que o senador cassado Demóstenes Torres foi crooner em restaurante de Brasília, onde se encontrou com advogados do mensalão. O advogado de Genoino pediu "O Poderoso Chefão" ao piano. Brasil Econômico diz que pacto de silêncio sobre o mensalão une Planalto, Lula e PT.

ELEIÇÕES/CANDIDATOS. O candidato do PT, Fernando Haddad, (PT) prometeu criar "bilhete único mensal", que permitirá utilizar de forma ilimitada os ônibus da capital por um mês com uma tarifa de R$ 150,00, noticiam Valor, Globo, Folha. E Serra também fala em melhorar o transporte, ao visitar a construção do monotrilho da Vila Prudente, na zona sudeste da cidade, obra iniciada na gestão anterior dele. Folha traz opinião de especialistas criticando as propostas dos dois candidatos. Jornal também noticia que os candidatos à reeleição ou apoiados pelos governos estadual são os campeões de gastos de campanha (Belo Horizonte, Recife e Curitiba). Ao Brasil Econômico Celso Russomanno (PRB) adverte que “não sou um cavalo paraguaio”, anunciando que vai surpreender e não desistirá de disputar a Prefeitura de São Paulo

GREVE/ESPLANADA. A greve nos serviços públicos é a principal manchete do Correio: Greve cresce e ameaça imobilizar a Esplanada. Relata o jornal que o movimento é reforçado por servidores de 26 carreiras típicas de Estado que devem se juntar a outras categorias de 30 órgãos federais já paralisadas e ao Judiciário. Devem cruzar os braços e interromper as atividades em setores estratégicos. Globo e Folha reportam que a greve de agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal tem provocado filas na fronteira do Brasil com o Paraguai; prejudicado a emissão de passaportes, atrasado decolagem de aviões e estancam pelo menos 100 investigações de grande porte no Panará. A cadeia de aves e suínos é afetada pela greve de fiscais agropecuários, com futuros reflexos no abastecimento, informa Valor. A paralisação na Anvisa ameaça análise de sangue, acrescenta Folha. MEC cobra de reitores cronograma para reposição de aulas nas universidades, muitas delas ainda em greve.

UNIVERSIDADES/ESCOLAS PÚBLICAS. A decisão do Senado de reservar, por um período de 1º anos, 50% das vagas nas Universidades federais para alunos egressos da escola pública é o destaque da Folha.
O texto segue agora para a sanção da Presidente Dilma. O total de vagas destinadas às cotas nas federais vai mais do que dobrar, passando de 52.190 para 122.131, segundo o projeto que prevê que as cotas devem ser prioritariamente ocupadas por negros, pardos ou índios. A divisão deve considerar o tamanho de cada uma dessas populações no Estado, conforme o censo mais recente do IBGE. Revela o jornal que a Presidenta Dilma deverá vetar o artigo que condiciona o ingresso por meio das contas à média das notas do aluno no ensino médio. Correio dá chamada de uma coluna na primeira página.

NOVAS AÇÕES/RETORNO. O grande destaque do Valor é para o bom retorno aos investidores que compraram ações novas, isto é, pós-quebra do Lehman Brothers/2009. Diz o jornal que se um investidor tivesse entrado em todos os IPOs realizados de janeiro de 2009 até o mês passado, teria acumulado retorno de 46%. Se aplicação semelhante fosse feita em um fundo indexado ao Ibovespa, teria perdido 13%. Motivos, segundo especialistas consultados: uma companhia que consegue abrir o capital em um momento menos favorável passa por um "filtro", os preços são favoráveis e estão voltadas para o mercado interno de saúde, educação, varejo/consumo e logística.

CPI CACHOEIRA/SILÊNCIO. A CPI do Cachoeira retomou os trabalhos sem muito sucesso. Joaquim Thomé Neto e Andressa Mendonça (mulher de Carlos Augusto Ramos Cachoeira) compareceram, mas ficaram em silêncio, noticiam Folha, Estadão, Globo, Correio. Andressa foi chamada de mentirosa pela senadora Kátia Abreu (PSD-TO) que contou que um homem não identificado ligou para seu gabinete no último dia 2 e fez ameaças a ela: "Ela [Abreu] tem que se retratar do que ela disse porque senão nós vamos atrás da cabeça dela", teria dito o homem. De sua parte Andressa teria dito ao juiz federal Alderico Rocha Santos que a senadora Kátia pedia dinheiro a Cachoeira para financiar campanhas políticas. "Pelo jeito a bela resolveu ser fera. Tem que tomar cuidado para não ser enjaulada", disse a senadora. Globo relata que José Olímpio de Queiroga Neto, do grupo Cachoeira, tinha os telefones celulares pessoais do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), do vice-governador, Tadeu Filippelli (PMDB), e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Abdon Araújo.

MINISTÉRIO/TRANSPORTES. A Presidenta Dilma decidiu atacar com unhas e dentes a paralisia que afeta os projetos tocados pelo Ministério dos Transportes desde a faxina feita na pasta em 2011, após a descoberta de superfaturamento de obras”, afirma Brasil Econômico. Na página interna a informação de que de janeiro a julho deste ano as aplicações do Denit em obras somaram R$ 4,1 bilhões contra R$ 6,1 bilhões em igual período do ano passado.

OLIMPÍADAS/BRASIL. A participação do Brasil nas Olimpíadas de Londres está nas primeiras páginas nos jornais, matérias ilustradas com fotos. Destaques para a vitória da seleção masculina de futebol sobre a Coreia do Sul (3 a 0) (final será com o México) e para a seleção fermina de vôlei que derrotou a Rússia (3x2).