terça-feira, 31 de julho de 2012

Destaque de hoje dos jornalões.

Essa semana o jogo vai ser duro. Eles vem com tudo. Prá oposição, com ajuda da mídia partidária, é tudo ou nada.

Mensalão/Toffoli – Estado noticia como manchete que, “Com apoio de Lula, Toffoli decide julgar o mensalão”. Informa que o ministro do STF José Antônio Dias Toffoli vai participar do julgamento do mensalão, a partir de quinta-feira. Em conversas reservadas, ele disse não ver motivos para se declarar impedido e que a pressão para ficar fora só o estimulou a dar seu veredicto. Estado afirma que o ex-presidente Lula o tem incentivado a não se declarar impedido. Lembra que Toffoli foi advogado do PT, assessor jurídico da Casa Civil quando o ministro era José Dirceu, “um dos 38 réus do mensalão” e advogado-geral da União do governo Lula. Diz ainda que Toffoli também foi sócio no escritório da advogada Roberta Maria Rangel, hoje sua namorada, que defendeu outros acusados de envolvimento no mensalão, como Professor Luizinho e Paulo Rocha. Afirma por fim que não há pressão no STF para que ele não julgue o caso. Folha noticia internamente que “Toffoli estará no julgamento, dizem colegas”. Folha, em manchete, anuncia que “Supremo se articula para evitar atraso no mensalão”. Relata que amanhã ministros definirão estratégias que impeçam ações protelatórias. Anota que os advogados Márcio Thomaz Bastos e José Carlos Dias, que defendem ex-diretores do Banco Rural, pediram para ver os autos. Correio, na capa, também registra que “Defesa pede vista de memorial do mensalão”. Globo, na capa, informa em “Secretária abriu empresa suspeita” que uma ex-secretária de Marcos Valério, Simone Vasconcelos, é sócia de uma empresa que recebeu em 2010 quase meio milhão da Fiemg por intermédio de um instituto sob investigação. Reporta que ela também é ré no mensalão. Valor dá manchete ao julgamento com o enquadramento que “Mensalão leva STF a adiar definições na área tributária”. Alerta para o fato que Corte deverá deixar de julgar as questões tributárias mais importantes do país, em que estão em jogo dezenas de bilhões de reais para empresas e governo. Cita entre as principais a ação que questiona a incidência de Imposto de Renda e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de empresas controladas e coligadas a outras no exterior a que debate sobre a incidência ou não do ICMS na base de cálculo da Cofins. Brasil Econômico repisa a tese na capa de que “Julgamento do mensalão põe em xeque o STF”, sobre a alegada pressão da “opinião pública”. Folha, internamente, traz opinião de FHC, “STF precisa ouvir a opinião pública”. Do Estado, “O que o STF vai julgar”.
Mulher de Cachoeira/chantagem – Folha destaca na primeira página que “Juiz acusa mulher de Cachoeira de tentar corrompê-lo”. Informa que a Andressa Mendonça passou a ser investigada por suspeita de tentar corromper o juiz responsável pela operação que prendeu seu marido. Ela chegou a ficar detida pela PF em Goiânia durante cinco horas e teve de pagar fiança de R$ 100 mil. Segundo o juiz federal Alderico Rocha Santos, Andressa esteve em seu gabinete no último dia 26 para tentar obter a revogação da prisão e a absolvição do marido. Na ocasião, conforme relato do magistrado à Procuradoria, ela afirmou ter um dossiê com "informações desfavoráveis" a ele que seria divulgado pelo "repórter Policarpo na revista "Veja"" caso Cachoeira não fosse liberado. Folha lembra que o redator-chefe da revista "Veja" em Brasília, Policarpo Júnior, aparece conversando com Cachoeira em diálogos interceptados na operação, “mas que, segundo a PF, denotam apenas relação entre repórter e fonte”. Cita nota da revista que classificou a acusação como "absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos". Segundo a Procuradoria, Andressa é investigada hoje por suspeita de corrupção ativa, pelo episódio do juiz, e também por suposta lavagem de dinheiro e corrupção passiva, porque o grupo de Cachoeira teria intenção de transferir bens para o nome dela. Globo, em “Mulher de bicheiro ameaça juiz”, acrescenta que Andressa, a sós com o juiz, escreveu nomes de pessoas do conhecimento do magistrado para intimidá-lo. “Se você não tem receio de se expor, você vai expor seus amigos. Você não se preocupa com seus amigos?”, teria perguntado Andressa. Segundo o Globo, ela disse ainda que tinha uma foto em que Rocha Santos aparece ao lado da senadora Kátia Abreu (PSD-TO). Teria afirmado que a senadora seria "desmascarada" por ela na CPI do Cachoeira. Andressa disse que Kátia "não saía da casa de Cachoeira" para pedir dinheiro que seria usado em campanhas eleitorais. A senadora, ouvida pelo jornal, disse que “não tenho um pingo de medo dele. Não ando mal acompanhada. Todo mundo em Goiás sabe que ele é um contraventor. E, se ele for à CPI novamente, vou tratá-lo com a mesma dureza”. Estado registra na capa que “PF vai investigar noiva de Cachoeira”. Correio, usando foto de Andressa, pergunta na capa, “De musa a chantagista?”. Estado, internamente, diz que “CPI pretende quebrar sigilos de Andressa e já cogita indiciamento”. Cachoeira/depoimento – Assunto conexo, Correio reporta em manchete que “Cachoeira depõe amanhã no TJDF”. Informa que o bicheiro e mais sete investigados pela Operação Saint-Michel serão ouvidos na 5ª Vara Criminal de Brasília, onde responderão por tramar assumir o controle da bilhetagem eletrônica do transporte coletivo do Distrito Federal. Brasil Econômico chama na capa que “Chefe tucano aponta o uso político da CPI do Cachoeira”. Em entrevista ao jornal, presidente do PSDB, Sérgio Guerra, repisa a tese que “petistas tentam usar a investigação para desviar o foco do mensalão”. Longa conversa é editada em blocos. Guerra diz que PSDB falhou ao “esconder” legado FHC e diz que escolha de Aécio como candidato em 2014 não é fato consumado. Ele reclama do “estilo Kassab”.
Caminhoneiros/“impasse” – Globo em manchete diz que “Impasse deixa Via Dutra refém de caminhoneiros”. Afirma que o impasse entre o governo federal e os caminhoneiros contrários às novas regras de descanso nas jornadas chegou à mais movimentada estrada do país, a Via Dutra, “instalando o caos e 21km de congestionamentos”. Informa que o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, se reunirá hoje com representantes da categoria. Noticia que a passagem foi liberada para ônibus, carros de passeio, além de veículos de serviço. Globo diz que vários postos da PRF estão fechados por falta de efetivo. Folha, na foto-legenda “Fora da boleia”, acrescenta que preços de tomate e batata já sobem com escassez de produtos, e transportadoras veem risco de desabastecimento. Estado noticia assunto na capa em foto-legenda “Protesto para a Via Dutra”. Chamada foca no congestionamento. Concessões/PAC – Valor informa na capa em “Concessão terá 5,7 mil km de rodovias” que a presidenta Dilma praticamente já definiu a lista final de rodovias e ferrovias que vão entrar no pacote de novas concessões de infraestrutura. Afirma que no "PAC das Concessões", serão oferecidos à iniciativa privada cerca de 5,7 mil km de rodovias e 5 mil km de ferrovias. Estado noticia que “Justiça suspende licitação da BR-101” por suspeitas de atuação da ANTT em relação a consórcio vencedor.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Direto dos EUA: A crise síria e a cautela americana

 
Correspondente da BBC Brasil em Washington comenta posição dos EUA quanto à crise na Síria
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Ao mesmo tempo em que endurece o tom contra Bashar al-Assad, Washington lembra os riscos de uma guerra sectária decorrentes de um colapso do regime sírio.
 
 
Poucos analistas têm reparado no tom de cautela que acompanha as declarações duras do governo americano sobre a crise na Síria, aponta o correspondente da BBC Brasil em Washington, Pablo Uchoa.
 
 
Se por um lado o Ocidente endurece as sanções e o tom contra o regime repressor de Bashar al Assad, Washington também não esconde sua preocupação com os riscos de uma fragmentação do país e uma guerra sectária a exemplo do que ocorreu no Iraque, caso o regime colapse.
 
 
Analistas apontam que, do ponto de vista internacional, atores poderosos no Oriente Médio – como Irã, Hezbollah e Al Qaeda – também aprofundariam a “disputa pela Síria”, quase certamente contribuindo para a desestabilização da região.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

O IRÃ e o Movimento dos Não Alinhados

O IRÃ e o Movimento dos Não Alinhados. Por BETO ALMEIDA. 9:46 em América Latina,Mídia,Política Internacional,
A partir da próxima reunião de Cúpula do Movimento dos Países Não-Alinhados, a realizar-se em Teerã no final de agosto, espera-se uma substancial modificação na atuação deste grupamento que reúne 2/3 dos membros da ONU, certamente com a recuperação das razões principais que levaram ao seu nascimento: um fortalecimento da luta contra as formas de neocolonialismo, a luta pela paz, contra o intervencionismo, em defesa da soberania dos povos, da autodeterminação, da não intervenção e a construção de um sistema econômico mundial mais justo e cooperativo. Tal expectativa se deve em razão de que será o justamente o Irã o presidente dos Não-Alinhados.
Não é difícil entender que uma mudança substancial estará em curso. Para isto basta recordar que o atual presidente dos Não-Alinhados é exatamente o Egito, cujo governo, até Mubarack, mantinha alinhamento-submissão aos interesses dos EUA para região do Oriente Médio, particularmente na proteção dos interesses israelenses , com quem o governo Mubarack mantinha, aliás, um acordo especialíssimo de cooperação política e energética. Tudo isto, já está em questão a partir da revolta das massas egípcias e da eleição do presidente Musri – que já declarou pretender operar uma reorientação política em relação à causa Palestina e também no relacionamento com o Irã – e ganha outra dimensão a partir das novas funções que a nação persa passará a assumir na liderança do Movimento dos Não-Alinhados. com seus 130 países membros.
Mais envergadura
Foi possível constatar a importância do novo cenário que está sendo desenhado na região a partir do que foi discutido na I Conferência Científica Internacional do Movimento dos Não-Alinhados ocorrida em julho deste ano em Teerã, quando as principais lideranças iranianas presentes debateram com cientistas, intelectuais e jornalistas de várias partes do mundo que estiveram presentes a este conclave organizado pelo Ministério da Cultura do Iran.
O Irã prepara-se para uma atuação política internacional com ainda maior envergadura. Se já é um dos polos centrais para estimular a formação de um campo de cooperação econômica de oito países da região, incluindo a Turquia, o Afeganistão e o Paquistão entre outros – motivo de preocupação para os EUA -, se já também toma iniciativas de cooperação econômica com a América Latina, especialmente em projetos de industrialização na Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia e Cuba, a partir de sua liderança no Movimento dos Não-Alinhados estará em condições articular-se com uma gama enorme e variada de países que integram este movimento, o que frustra as mais reiteradas tentativas imperiais de isolar a nação persa.
O salto é brusco: sob a presidência do Egito, o neocolonialismo impositivo praticado pelas potências capitalistas que autodeclaram democráticas, atuava para neutralizar qualquer ação cooperativa, articulada, solidária do MNA. E justamente quando o campo imperialista eleva a escalada de sanções contra o Irã, visando isolá-lo para que se renda à regra do jogo dos gigantes, os herdeiros da milenar civilização de Persépolis e Pasárgada assumem a presidência do MNA. Ao mesmo tempo em que o patético Ban-Ki-Moon apela ao Irã para que assuma um papel relevante no grupo de negociadores para tentar uma solução para a dolorosa crise na Síria, causada fundamentalmente pela ingerência estrangeira, centralmente dos E UA, Inglaterra e da França, que sob Hollande, ainda não se desvencilhou de muitas políticas de Sarkozy, especialmente no que tange ao imperialismo francês para África e Oriente Médio. E em relação à Síria, tanto o Iran, como a Rússia e a China estão posições ativas contra uma intervenção externa, diferente do ocorrido em outras situações de crise.
Recados
Sob a presidência do Egito de Mubarack era impossível que o MNA tivesse alguma sintonia com os ideais do Marechal Tito, Sukarno , Nasser e Neruh, seus principais inspiradores. Trata-se, portanto, de uma derrota para o império que o Irã assuma tão relevante função e já anuncie, pelas palavras de seus mais representativos dirigentes presentes à Conferência, que caminhará no sentido de um maior protagonismo político internacional. Entre as metas já reveladas, confirmando este protagonismo, estão a busca de uma unidade entre os próprios integrantes do Movimento, o estímulo a uma cooperação econômica e a medidas que conduzam a novas relações internacionais sem submissão aos países imperiais mergulhados em cr ise. Estes recados foram claramente enviados por Ali Akbar Velayati, o mais importante Conselheiro do aiatolá Ali Kamenei, líder supremo da nação e, anotem, tido como um forte candidato presidencial nas próximas eleições. Akbar também não deixou escapar a oportunidade e manifestou apoio à candidatura do Brasil a uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.
Aliás, o apoio iraniano ao Brasil deveria estimular uma reflexão no governo Dilma, mas especialmente no PT, sobre o Brasil continuar sendo apenas um pálido observador do Movimento dos Não-Alinhados, quando a política externa traçada no governo Lula visa, também, uma maior cooperação sul-sul. O apoio iraniano veio no mesmo evento em que muitos iranianos me indagavam se tinha havido uma mudança na política do Brasil para o Irã, de Lula para Dilma, face o presidente Ahmadinejad não ter sido recebido em audiência pela mandatária brasileira quando em sua participação na Rio + 20 , no Rio de Janeiro. Lembrei que muitos outros presidentes também não puderam ser recebidos por Dilma, rigorosamente por questões de a genda, e lembrei que as relações comerciais entre Brasil e Irã seguem ampliando-se no atual governo. Mas, obviamente, o Brasil não deve dispensar uma maior prioridade nas suas relações com o governo Ahmadinejad , que destaca sempre ser um amigo de Lula.
Sanções
Tanto o chanceler iraniano, Ali Akbar Salehi, como o Ministro da Economia, referiram-se à conjuntura internacional, à crise dos países capitalistas, à necessidade de um novo sistema internacional e também às sanções de que o Irã é alvo, uma vez mais. O jornalismo econômico iraniano, até ironiza países como a França que participam das sanções, mencionando que Hollande quer anular as oito mil demissões na indústria automobilística francesa, sem se lembrar que é exatamente o Irã um dos maiores compradores de automóveis daquele país. Os líderes iranianos lembram que, na verdade, o País está sob sanções ilegais e prepotentes desde a Revolução Iraniana, de 11 de fevereiro de 1979, quando as reservas in ternacionais do país, de cerca de 100 bilhões de dólares, foram bloqueadas pelos bancos internacionais, sob o tacão de ferro do império anglo-saxão. Ou seja, não é de hoje.
Salto industrial e tecnológico
De lá para cá, o Irã transformou-se profundamente. Registra um enorme avanço em seu desenvolvimento industrial e tecnológico. Exatamente na semana em que ocorreu esta Conferência, o presidente Ahmadinejad inaugurou uma moderníssima indústria de locomotivas, toda ela com tecnologia própria. Enquanto o Irã avança no transporte ferroviário, com autonomia tecnológica, o Brasil ainda continua sob velha relação, vendendo minério-de-ferro e importando trilhos. Na mesma semana, os persas anunciaram o lançamento de um satélite totalmente fabricado com tecnologia iraniana, com uma novidade: o aparato, pesando 47 quilos, para estar situado a 400 km, pode mudar de orbita a partir de comando terrestre. Esses avanços tec nológicos, logo após a defesa iraniana ter assumido o comando de navegação do Drone dos EUA que estava ilegalmente bisbilhotando seu território, fazendo-o baixar no aeroporto escolhido, realmente, deixou os gringos fora de órbita, pois não imaginavam que seu sistema de navegação poderia ser penetrado e, muito menos comandado, pelos espionados.
Vale lembrar que estes saltos tecnológicos ocorrem num país que está sob cerco hostil há 33 anos, que foi submetido a uma guerra de 8 anos com o Iraque, estimulado pelos EUA e que, apesar de tudo, exibe grau de progresso econômico, tecnológico, educacional, social e cultural (o cine iraniano acaba de receber mais um prêmio internacional. O que deveria promover uma reflexão nas forças progressistas internacionais, que também são alvo de uma sofisticada desinformação imperial que demoniza o Irã.
Imperador negro
Aliás, grata surpresa é o jornalismo praticado por duas emissoras internacionais construídas pelo Irã para , legitimamente, defender suas razões históricas : a Hispantv, que transmite em espanhol e começou a operar em sinal aberto no Equador, desde a semana passada, e a Press-TV, emissora que transmite em inglês, que já teve seus escritórios em Londres fechados pelo governo inglês que se autoproclama campeão da liberdade de expressão. Nesta emissora, pude assistir ao vivo o comício de Hezbolah no Líbano, quando o seu líder disse que Israel participa das agressões à Síria e que ainda não se recuperou da derrota sofrida na guerra dos 33 dias, em 2006, quando a resistência armada obrigou as tropas israelense s a retirar-se de território libanês. Num outro documentário, sobre ação dos drones dos EUA na Ásia, uma estatística mostra quantos civis esta macabra engenhoca vem matando por ali, inclusive crianças, indicando que sob o imperador negro Barack “Obomba”, o número de ataques e de mortos multiplicaram-se por quatro, comparando com o troglodita Bush. É da natureza histórica do império matar, destruir, sabotar, qualquer que seja a cor da pele do ocupante da Casa Branca.
Audácia
A grande expectativa se volta agora para que iniciativas o Movimento dos Não-Alinhados, sob a presidência iraniana, poderá adotar. A julgar pelas iniciativas de cooperação econômica na esfera regional, estas não devem ser poucas, apesar da problemática heterogeneidade do MNA. Para que se tenha uma idéia da audácia persa, basta citar que os três países que são alvo direto de operações militares dos EUA na região, Iraque, Afeganistão e Paquistão, apesar da presença militar ianque, estão desenvolvendo fortes relações de comércio e de cooperação com o Irã. Especialmente o Iraque, o que simboliza uma gigantesca derrota estratégica dos EUA. E também explica a continuidade destas macabras explosões quase que diárias neste país, apesar do anúncio da retirada das tropas. Mesmo assim, o que vale ressaltar é a derrota imperial: por aqui, a Venezuela ingressa no Mercosul; lá, o Iraque torna-se importante parceiro comercial do Irã, com quem já havia guerreado antes.
Solidariedade
Como me deram palavra, além de expressar solidariedade aos anfitriões pelas sanções que sofre, sugestões foram apresentadas para que o Irã e o MNA desenvolvam mais e mais esforços de integração e de cooperação com a América Latina. Sugestões que foram reforçadas pelo representante de Cuba nesta Conferência, o experiente jornalista e escritor, Hedelberto Blanch, que lembrou que a região já não está mais sob o controle absoluto dos EUA, que há vários governos progressistas e populares, tendo citado os do Brasil, Venezuela, Equador, Nicarágua, Bolívia, Uruguai, Argentina. Blanch também lembrou que Cuba, como Irã, está permanentemente sob sanções, desde o início da Revolução Cubana, o que não lhe i mpediu um progresso social imenso e a prática de solidariedade concreta, seja em saúde ou educação, com vários países do mundo, muitos deles integrantes do MNA, que Cuba já presidiu.
Integração
Lembrei ainda que a generosa solidariedade que Cuba presta ao povo do Haiti em saúde conta com a parceria do Brasil que lá instalou equipamentos, estruturas, enviou medicamentos e até médicos militares. Citei que há uma cooperação entre Brasil-Cuba e o Timor Leste para que os estudantes timorenses que se formam em medicina na Ilha, antes de voltarem a Dili, façam uma especialização em medicina tropical na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, e que estas modalidades de cooperação poderiam ser ampliadas e enriquecidas com a participação do Irã, país detentor de grande progresso na indústria de medicamentos. Além disso, lembrei que enquanto o Presidente Ahmadinejad estava exatamente naquele dia inauguran do uma indústria de locomotivas, os países do Mercosul, agora fortalecidos com o ingresso da Venezuela e a suspensão do Paraguai, possuem uma infra-estrutura de transporte, ferroviária ou hidroviária, bastante precária e insuficiente, devastada pela privatização neoliberal, a mesma ideologia que impõe sanções contra os persas. Citamos ainda a experiência da Unila – Universidade de Integração da América Latina e a Unilab – Universidade da Integração Luso-Africana e Brasileira, duas criações de Lula – o amigo de Ahmadinejad – que garantem ensino gratuito para estudantes latino-americanos e africanos carentes, junto com os brasileiros, numa formação que alavanca técnica e culturalmente a integração, a solidariedade. Estas duas experiências, além da Escola Latino-americana de Medicina, de Cuba, poderiam servir de exemplos inspiradores e de polos de apoio para criação de iniciativas similares no âmbito do Movimento dos Não-Alinhados.
Nova ordem informativa
Finalmente, toda esta nova etapa de um Movimento dos Não Alinhados sob a presidência persa, marcada por uma esperança viva de que supere os alinhamentos submissos e paralisantes, a serem substituídos por iniciativas concretas de cooperação e solidariedade sem intimidar-se ante as inevitáveis sabotagens imperiais, requer um novo fluxo de informação, sem verticalidade colonial, sem manipulações dos oligopólios da guerra. Assim, junto com muitos delegados, lembramos todos que a Nova Ordem Informativa Internacional, bandeira que os Não-Alinhados defenderam corajosamente no passado, continua sendo uma necessidade inadiável, imprescindível, atualíssima. Para que os MNA sejam parte protagonista de uma mensagem clara à humanidade defesa de um sistema internacional cooperativo, capaz de democratizar a ciência e a tecnologia, e também de fazer a democratização informativo-cultural uma ferramenta civilizatória, humanizadora.

Beto Almeida, jornalista  * Participou da I Conferência Científica Internacional do Movimento dos Não Alinhados

Mais uma tentativa de golpe em curso

Observe como há uma ressonância cadenciada, orquestrada, sobre o assunto. É uma tentativa claro de uso eleitoral, forçando uma condenação política.

Mensalão/Delúbio/ “PT mandava” – Mensalão é destaque comum das capas. Globo, em manchete, sob o versal “Rumo ao julgamento do mensalão”, destaca que “Delúbio vai dizer que só fazia o que PT mandava”. Reporta que o advogado dele afirmará no STF que Delúbio era apenas um executor das decisões da Executiva nacional do PT. Aponta que a tese diverge da linha de defesa de José Genoino, que presidia a legenda na época, que é a que ele cuidava apenas das questões políticas, deixando para Delúbio a responsabilidade sobre as questões financeiras, como os empréstimos de R$ 55 milhões contraídos por Marcos Valério em nome do PT. 

Serraglio/“blindagem” – Estado noticia na capa afirmação do “Relator da CPI dos Correios [deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR)]: 'PT atuou contra provas'”. Segundo o relato do jornal, provas não teriam sido produzidas por causa de "blindagem" ao ex-ministro José Dirceu. Correio, em manchete, anuncia como se fosse uma matéria de serviço o “Especial do mensalão, um passo a passo do maior julgamento da nossa história”.  

Dilma/distância – Valor, em “Dilma quer distância da 'Ação 470'”, noticia que a presidenta Dilma decidiu manter o governo o mais distante possível do julgamento do mensalão – cuja designação técnica no STF é Ação Penal 470 – para evitar acusações de interferência e eventuais abalos institucionais. Folha, internamente, destaca que “PT sugere à Justiça adiar julgamento do mensalão”. Globo, internamente, reporta que “PT tenta barrar uso eleitoral do mensalão”.  

Toffoli – Painel da Folha diz que advogados do mensalão vão recorrer caso o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, alegue a suspeição de José Antonio Dias Toffoli no julgamento.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

TV BRASIL

Filmes de 19 a 28 de julho de 2012


Quinta-feira, 19 de julho
DOCTV IV – Tribuna do Gueto
0h30, na TV Brasil
Título original: Tribuna do Gueto. Ano: 2009. Gênero: documentário. Direção: Antonio Carlos Pinheiro. Coprodução: Antonio Carlos Pinheiro/Fábrica Comunicação Fundação Padre Anchieta - TV Cultura
O documentário Tribuna do Gueto propõe atuar como uma verdadeira tribuna popular, permitindo que a própria periferia fale sobre si, visto que as representações que se tem hoje sobre essas comunidades surgiram a partir de análises preconceituosas e sensacionalistas.
Nessa perspectiva, o documentário permitirá que a periferia possa, além de opinar sobre as causas da violência, também demonstrar à sociedade que nas periferias residem pessoas que são historicamente excluídas de quase tudo que se configura como essencial para o desenvolvimento humano. Reprise. 52 min.
Livre
Horário: 0h30


Sexta-feira, 20 de julho
Programa de Cinema - Lost Zweig
22h30, na TV Brasil
Título original: Lost Zweig. Ano: 2003. Gênero: drama. Direção: Sylvio Back, com Rüdiger Vogler, Ruth Rieser, Renato Borghi, Daniel Dantas, Ney Piacentini, Claudia Netto, Juan Alba, Ana Carbatti, Odilon Wagner, Kiko Mascarenhas, Katia Bronstein, Denise Weinberg, Thelmo Fernandes, Felipe Wagner, Carina Cooper, Silvia Chame cki, Isaac Bernat, Alexandre Ackerman, Garcia Júnior, Mi chael Berkovich, Jorge Eduardo, Marcela Moura e Waldir Onofre.
O filme Lost Zweig, de Sylvio Back, baseado em fatos reais, parte do livro Morte no Paraíso, do jornalista Alberto Dines, relata a vinda do escritor judeu Stefan Zweig com sua esposa ao Brasil, até seu suicídio em Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Última semana de vida do austríaco Stefan Zweig, autor do livro Brasil, País do Futuro, e de sua jovem mulher Lotte que, em um pacto cercado de mistério, se suicidam após o carnaval de 1942, ao qual haviam assistido. Um gesto que ainda hoje, passados mais de sessenta anos, desperta incógnitas e assombro pela sua premeditação e caráter emblemático.
O filme ganhou vários prêmios em festivais e só depois estreou nos cinemas brasileiros. Dentre as principais premiações estão: Melhor Atriz (Ruth Rieser), Melhor Roteiro e Melhor Direção de Arte, no Festival de Brasília/2003;Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Cuiabá/2004;Melhor Filme, Melhor Diretor,Melhor Fotografia e Melhor Trilha Sonora, no Cine-Ceará/2004. Reprise. 113 min.
Não recomendado para menores de 10 anos
Horário: 22h30


Sábado, 21 de julho
Programa de Cinema – A ostra e o vento
22h30, na TV Brasil
Ano: 1997. Gênero: Drama. Direção: Walter Lima Jr., com Lima Duarte, Leandra Leal, Fernando Torres e Débora Bloch
Dirigido por Walter Lima Jr., A ostra e o vento, baseado no livro de Moacir C. Lopes, marca a estreia da atriz Leandra Leal, que tinha 13 anos na época, no cinema.
Trata-se da vida da jovem Marcela, que vive com o seu pai em uma ilha distante do litoral. Ele é o responsável pela manutenção do farol da ilha e a sufoca com um amor possessivo e autoritário. Em função da grande solidão imposta aos dois pelo lugar, ela se revolta contra o pai e desenvolve uma paixão pelo vento que açoita a ilha e que acaba se tornando um dos personagens da história.
A ostra e o vento recebeu o prêmio de Melhor Atriz (Leandra Leal), no Festival de Cinema Brasileiro de Miami (EUA); o Prêmio Especial do Júri para Fernando Torres e os prêmios de Melhor Fotografia, Melhor Direção, Melhor Montagem e Melhor Filme, no Festival do Recife; troféu APCA nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Filme e Melhor Atriz Revelação (Leandra Leal), da Associação Paulista de Críticos de Arte; prêmio CinemAvvenire, no Festival de Veneza (Itália); e troféu Don Quixote, no Festival International de Films de Fribourg (Suíça). Reprise. 115 min.
Não recomendado para menores de 14 anos
Horário: 22h30


Domingo, 22 de julho
Cine Ibermedia – Santiago
23h, na TV Brasil
Título original: Santiago. País: Brasil. Ano: 2006. Gênero: Documentário. Direção e roteiro: João Moreira Salles. Fotografia: Walter Carvalho. Edição: Eduardo Escorel, Livia Serpa.
O documentário brasileiro Santiago, do diretor João Moreira Salles, é a atração do Cine Ibermedia desta semana. Trata-se de um documentário que mistura fantasia e realidade para contar a história do mordomo Santiago Badariotti Merlo, argentino, que, apesar de ser viajado e poliglota, dedicou sua vida a servir à família Salles.
Santiago é o nome do filme e do personagem. Durante 30 anos, Santiago foi mordomo da casa onde o diretor cresceu. Um grande homem de cultura e prodigiosa memória, cujas idiossincrasias deixaram marcas profundas na família. Em 1992, o diretor tentou fazer um filme sobre ele, sem sucesso. As imagens rodadas naquele ano permaneceram intocadas por mais de 13 anos. Quando retoma o filme, em 2005, João voltou a elas. Narrado em primeira pessoa, na voz do irmão Fernando Moreira Salles, Santiago é um filme sobre memória, identidade e natureza do documentário.
Antes de Santiago, João dirigiu Entreatos, Nelson Freire, Notícias de uma guerra particular, Jorge Amado, Blues, entre outros.
O filme ganhou o prêmio de Melhor Documentário nos festivais: Festival de Cinema Real de Paris; Festival de Miami; Festival de Cinema Latinoamericano de Lima; Festival de Alba, na Itália. E venceu nas categorias de Melhor Documentário e Melhor Edição (Eduardo Escorel e Lívia Serpa), no Grande Prêmio Cinema Brasil. Inédito. 80 min.
Não recomendado para menores de 18 anos
Horário: 23h


Quinta-feira, 27 de julho
DOCTV IV – Negros
0h30, na TV Brasil
Ano 2009. Gênero: documentário. Direção: Mônica Simões. Co-produção: Mônica Simões, Santo Forte, IRDEB - TVE Bahia
O DOCTV IV desta semana exibe o documentário Negros, um retrato da construção da imagem do negro na Bahia por meio de filmes e vídeos de arquivos público e privado dos anos 1920 até o ano 2000. O foco do roteiro não é a grande narrativa nem a história oficial. Mas sim as práticas do cotidiano, com imagens sugestivas através de uma câmera que aprecia a diversidade cultural do povo.
Os variados suportes adotados no documentário - película, vídeo e mídias digitais - incorporam como linguagem todas as diferenças de cor, textura, definição e áudio. Neste documentário, uma célula sonora pode revelar tanto ou mais que as imagens. A trilha sonora é resultado de uma pesquisa sobre ritmos, sons e músicas afrobaianos, programas de rádio, televisão, jingles e comerciais, todos dentro do mesmo recorte temporal. Reprise. 52 minutos
Livre
Horário: 0h30


Sexta-feira, 27 de julho
Programa de Cinema – Três Irmãos de Sangue
22h30, na TV Brasil
Ano: 2006. Gênero: documentário. Direção: Ângela Patrícia Reiniger. Idealização e direção musical: Marcos Souza
O documentário Três Irmãos de Sangue, de Ângela Patrícia Reiniger, trata da trajetória de Betinho, Henfil e Chico Mário, três irmãos hemofílicos, que driblaram a morte e atingiram o sucesso profissional, na sociologia, no humor e na música.
Símbolos da luta contra a AIDS e contra a ditadura no Brasil, os três irmãos contribuíram muito para o processo brasileiro de redemocratização. Além da constante proximidade com a morte, o que sempre motivou o trio foi o amor que tinham pelo país. Jovens na época do golpe militar de 1964, eles foram peças importantes na luta pela liberdade.
O filme conta com depoimentos de grandes nomes da música, como João Bosco, Aldir Blanc e Ivan Lins; do humor, como Ziraldo, Millôr Fernandes e Jaguar, além de diversas personalidades importantes na história do país, como o Frei Betto, e familiares dos irmãos Souza.
No ano de 2007, Três Irmãos de Sangue foi premiado como Melhor Filme no V Cine Fest Petrobras Brasil, em Nova Iorque; Melhor Longa-Metragem, no Festival de Cinema de Natal; Melhor Filme, no Festival de Cinema de Natal; Melhor Roteiro, no Recine; Melhor Roteiro para Documentário, no Festival de Cinema de Goiânia (2006); e Melhor Filme na Mostra Internacional de Vídeo em Saúde (2008). Reprise. 102 min.
Não recomendado para menores de 12 anos
Horário: 22h30
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DOC Especial – Placa Não Fala
1h30, na TV Brasil
Título original: Placa não fala. Ano: 1996. Gênero: documentário. País de Origem: Brasil. Direção: Dominique Gallois e Vincent Carelli, Fotografia: Vincent Carelli, Edição: Tutu Nunes. Produção: CTI e GTZ (Sociedade Alemã de Cooperação Técnica)
No documentário Placa não fala, os índios Waiãpi, do Amapá, narram sua trajetória desde os primeiros contatos com uma frente garimpeira na década de 70, até a demarcação de suas terras, concluída em 1996. Em uma experiência piloto do Projeto de Demarcação de Terras Indígenas do G7, os Waiãpi dirigiram e executaram os trabalhos demarcatórios, com assessoria do CTI e da Funai.
Enquanto falam sobre a demarcação de suas terras, os índios Waiãpi fazem uma reflexão de suas concepções de território desde antes do contato até os dias de hoje.
Livre
Horário: 1h30


Sábado, 28 de julho
Programa de Cinema – Faca de Dois Gumes
22h30, na TV Brasil
Ano: 1989. Gênero: drama. Direção: Murilo Salles. Roteiro: Leopoldo Serran, Alcione Araújo e Murilo Salles, com Paulo José, Marieta Severo, José de Abreu, Flávio Galvão, Ursula Canto, Paulo Goulart, José Lewgoy, Fernando Peixoto, Pedro Vasconcelos, Rai Alves
O filme Faca de dois gumes, baseado em uma novela de Fernando Sabino, é a atração do Programa de Cinema dsta semana. Com direção de Murilo Salles, o filme foi realizado em co-produção com a TV Francesa.
Advogado de família ilustre, marido apaixonado, é traído por sua bela mulher, amante de seu sócio e melhor amigo. Ele planeja, então, um crime perfeito, articulando meticulosamente todas as peças de sua ação. Mas sua atitude passional e fatores imprevisíveis, envolvendo corrupção e o sequestro de seu filho, acabam por levá-lo a se envolver em uma série de acontecimentos, que transformam sua vida em uma faca de dois gumes, com tudo se encaminhando para um final dramático.
O longa recebeu os prêmios de Melhor Direção, Som, Fotografia e Cenografia no Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, RS; Melhor Filme (Júri da Crítica), Menção Especial - Júri da Crítica (Paulo José) e Montagem (Isabelle Rathery), III Festival de Cinema de Natal, RN; e Melhor Filme (Voto Popular), Edição de Som (Valéria Mauro), Trilha Sonora (Victor Biglione), no VI Rio-Cine-Festival, RJ. Reprise. 106 min.
Não recomendado para menores de 16 anos
Horário: 22h30

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cronologia do Mensalão e a Mídia

Analise através das capas da Revista Veja o comportamento da mídia em relação ao suposto mensalão e descubra a verdade sobre os fatos. De 2002 até a cassação de Demóstenes Torres, uma complexa trama de interesses particulares transformou um réu sem provas em condenado pela mídia.

Galera, a partir do dia 2 do mês que vem começa uma nova batalha contra a mídia golpista. Prá ajudar a compreender melhor, assista o vídeo abaixo:


segunda-feira, 16 de julho de 2012

O crime organizado pelos banqueiros


http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2012/07/13/o-crime-organizado-pelos-banqueiros/

Jornal do Brasil Mauro Santayana 
A invenção da moeda, contemporânea à do Estado, foi um dos maiores lampejos da inteligência humana. A primeira raiz indoeuropeia de moeda é “men”, associada aos movimentos da alma na mente, que chegou às línguas modernas pelo verbo sânscrito mányate  (ele pensa). Sem essa invenção, que permite a troca de bens de natureza e valores diferentes, não teria havido a civilização que conhecemos.
A construção das sociedades e sua organização em estados se fizeram sobre essa convenção, que se funda estritamente na boa-fé de todos  que dela se servem. Os estados, sempre foram os principais emissores de moeda. A moeda, em si mesma, é neutra, mas, desde que surgiu, passou a ser também servidora dos maiores vícios humanos. Com a moeda, vale repetir o lugar comum, cresceram a cobiça, a luxúria, a avareza — e os banqueiros.
A moeda, ou os valores monetários, mal ou bem, estavam sob o controle dos Estados emitentes, que se responsabilizavam pelo seu valor de face, mediante metais nobres ou estoques de grãos. Nos tempos modernos, no entanto, a sua garantia é apenas virtual. Os convênios internacionais se amarram a um pacto já desfeito, o Acordo de Bretton Woods, de 1944. A ruptura do contrato foi ato unilateral dos Estados Unidos, sob a Presidência Nixon, ao negar a conversibilidade em ouro do dólar, moeda de referência internacional pelo Acordo.
Essa decisão marca o surgimento de uma nova era, em que o valor  da moeda não se relaciona com nada de sólido. Os bancos, ao administrá-la, deveriam conduzir-se de forma a merecer a confiança absoluta dos depositantes e dos acionistas, e assegurar essa mesma confiabilidade às suas operações de crédito. O papel social dos bancos é o de afastar os usurários e  agiotas do mercado do dinheiro. Mas não é desta forma que têm agido, sobretudo nestes nossos tempos de desmantelamento dos estados.Hoje, não há diferença entre um Shylock shakespereano e qualquer dirigente dos grandes bancos.
Na Inglaterra, o escândalo do Barclays, que se confessou o primeiro banco responsável pela manipulação da taxa Libor, provocou o espanto da opinião pública, mas não dos meios financeiros que não só conheciam o deslize como dele se beneficiavam.
Segundo noticiou ontem El Pais, os dois grandes executivos da Novagalícia, surgida da incorporação de duas instituições oficiais da província galega  —  a Nova Caixa e a Caixa Galícia  —  e colocada sob o controle de Madri em setembro do ano passado, pediram desculpas aos seus clientes, por ter a instituição agido mal. Entre outros de seus malfeitos, esteve o de enganar pequenos investidores mal informados, entre eles alguns analfabetos, com aplicações de alto risco, ou seja, ancoradas em débitos podres, as famosas subprimes, adquiridas dos bancos maiores que operam no mercado imobiliário do mundo inteiro.
Além disso, os antigos responsáveis por esses desvios,  deixaram  seus cargos percebendo indenizações altíssimas. E os novos administradores tiveram sua remuneração reduzida, por serem as antigas absolutamente irracionais. Com todas essas desculpas, a Novagalícia quer uma injeção de 6 bilhões de euros a fim de regularizar a sua situação.
Este jornal reproduziu, ontem, artigo de The Economist, a propósito da manipulação da taxa Libor, por parte do Barclays, e disse, com a autoridade de uma revista que sempre esteve associada à City, que não há mais confiança nos maiores  bancos do mundo, como o Citigroup, o J.P.Morgan, a União de Bancos Suíços, o Deutschebank e o HSBC. Executivos desses bancos, de Wall Street a Tóquio, estão envolvidos na grande manipulação sobre uma movimentação financeira  total  de 800 trilhões de dólares.
Para entender a extensão da falcatrua, o PIB mundial do ano passado foi calculado em cerca de 70 trilhões de dólares, menos de dez por cento do dinheiro que circulou escorado na taxa manipulada pelos grandes bancos. A Libor, sendo  a taxa usada nas operações interbancárias, serve de referência para todas as operações do mercado financeiro.
O mundo se tornou propriedade dos banqueiros. Os trabalhadores produzem para os banqueiros, que controlam os governos. E quando, no desvario de sua carência de ética, e falta de inteligência, os bancos investem na ganância dos derivativos e outras operações de saqueio,  são os que trabalham, como empregados ou empreendedores honrados, que pagam. É assim que estão pagando os povos da Grécia, da Espanha, de Portugal, da Grã-Bretanha, e do mundo inteiro,  mediante o arrocho e o corte das despesas sociais, pelos governos vassalos, alem do desemprego, dos despejos inesperados, das doenças e do desespero, a fim de que os bancos e os banqueiros se safem.
Se os governantes do mundo inteiro fossem realmente honrados, seria a hora de decidirem, sumariamente, pela estatização dos bancos e o indiciamento dos principais executivos da banca mundial. Eles são os grandes terroristas de nosso tempo. É de se esperar que venham a conhecer a cadeia, como a está conhecendo Bernard Madoff. Entre o criador do índice Nasdaq e os dirigentes do Goldman Sachs e seus pares, não há qualquer diferença moral.
Os terroristas comuns matam dezenas ou centenas de cada vez. Os banqueiros são responsáveis pela morte de milhões de seres humanos, todos os anos, sem correr qualquer risco pessoal. E ainda recebem bônus milionários.

Revelada gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC e morte de um Brasileiro


 

Telegramas revelam intenções de veto e ações dos EUA contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro com interesses de diversos agentes que ocupam ou ocuparam o poder em ambos os países
Os telegramas da diplomacia dos EUA revelados pelo Wikileaks revelaram que a Casa Branca toma ações concretas para impedir, dificultar e sabotar o desenvolvimento tecnológico brasileiro em duas áreas estratégicas: energia nuclear e tecnologia espacial. Em ambos os casos, observa-se o papel anti-nacional da grande mídia brasileira, bem como escancara-se, também sem surpresa, a função desempenhada pelo ex-presidenteFernando Henrique Cardoso, colhido em uma exuberante sintonia com os interesses estratégicos do Departamento de Estado dos EUA, ao tempo em que exibe problemática posição em relação à independência tecnológica brasileira. Segue o artigo do jornalista Beto Almeida.
O primeiro dos telegramas divulgados, datado de 2009, conta que o governo dos EUA pressionou autoridades ucranianas para emperrar o desenvolvimento do projeto conjunto Brasil-Ucrânia de implantação da plataforma de lançamento dos foguetes Cyclone-4 – de fabricação ucraniana – no Centro de Lançamentos de Alcântara , no Maranhão.
Veto imperial
O telegrama do diplomata americano no Brasil, Clifford Sobel, enviado aos EUA em fevereiro daquele ano, relata que os representantes ucranianos, através de sua embaixada no Brasil, fizeram gestões para que o governo americano revisse a posição de boicote ao uso de Alcântara para o lançamento de qualquer satélite fabricado nos EUA. A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que os EUA “não quer” nenhuma transferência de tecnologia espacial para o Brasil.
“Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”, diz um trecho do telegrama.
Em outra parte do documento, o representante americano é ainda mais explícito com Lokomov: “Embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”.
Guinada na política externa
O Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA (TSA) foi firmado em 2000 por Fernando Henrique Cardoso, mas foi rejeitado pelo Senado Brasileiro após a chegada de Lula ao Planalto e a guinada registrada na política externa brasileira, a mesma que muito contribuiu para enterrar a ALCA. Na sua rejeição o parlamento brasileiro considerou que seus termos constituíam uma “afronta à Soberania Nacional”. Pelo documento, o Brasil cederia áreas de Alcântara para uso exclusivo dos EUA sem permitir nenhum acesso de brasileiros. Além da ocupação da área e da proibição de qualquer engenheiro ou técnico brasileiro nas áreas de lançamento, o tratado previa inspeções americanas à base sem aviso prévio.
Os telegramas diplomáticos divulgados pelo Wikileaks falam do veto norte-americano ao desenvolvimento de tecnologia brasileira para foguetes, bem como indicam a cândida esperança mantida ainda pela Casa Branca, de que o TSA seja, finalmente, implementado como pretendia o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas, não apenas a Casa Branca e o antigo mandatário esforçaram-se pela grave limitação do Programa Espacial Brasileiro, pois neste esforço algumas ONGs, normalmente financiadas por programas internacionais dirigidos por mentalidade colonizadora, atuaram para travar o indispensável salto tecnológico brasileiro para entrar no seleto e fechadíssimo clube dos países com capacidade para a exploração econômica do espaço sideral e para o lançamento de satélites.
Junte-se a eles, a mídia nacional que não destacou a gravíssima confissão de sabotagem norte-americana contra o Brasil, provavelmente porque tal atitude contraria sua linha editorial historicamente refratária aos esforços nacionais para a conquista de independência tecnológica, em qualquer área que seja. Especialmente naquelas em que mais desagradam as metrópoles.
Bomba! Bomba!
O outro telegrama da diplomacia norte-americana divulgado pelo Wikileaks e que também revela intenções de veto e ações contra o desenvolvimento tecnológico brasileiro veio a tona de forma torta pela Revista Veja, e fala da preocupação gringa sobre o trabalho de um físico brasileiro, o cearense Dalton Girão Barroso, do Instituto Militar de Engenharia, do Exército. Giráo publicou um livro com simulações por ele mesmo desenvolvidas, que teriam decifrado os mecanismos da mais potente bomba nuclear dos EUA, a W87, cuja tecnologia é guardada a 7 chaves.
A primeira suspeita revelada nos telegramas diplomáticos era de espionagem. E também, face à precisão dos cálculos de Girão, de que haveria no Brasil um programa nuclear secreto, contrariando, segundo a ótica dos EUA, endossada pela revista, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, firmado pelo Brasil em 1998, Tal como o Acordo de Salvaguardas Brasil-EUA, sobre o uso da Base de Alcântara, o TNP foi firmado por Fernando Henrique. Baseado apenas em uma imperial desconfiança de que as fórmulas usadas pelo cientista brasileiro poderiam ser utilizadas por terroristas , os EUA, pressionaram a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que exigiu explicações do governo Brasil , chegando mesmo a propor o recolhimento-censura do livro “A física dos explosivos nucleares”. Exigência considerada pelas autoridades militares brasileiras como “intromissão indevida da AIEA em atividades acadêmicas de uma instituição subordinada ao Exército Brasileiro”.
Como é conhecido, o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, vocalizando posição do setor militar contrária a ingerências indevidas, opõe-se a assinatura do protocolo adicional do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares, que daria à AIEA, controlada pelas potências nucleares, o direito de acesso irrestrito às instalações nucleares brasileiras. Acesso que não permitem às suas próprias instalações, mesmo sendo claro o descumprimento, há anos, de uma meta central do TNP, que não determina apenas a não proliferação, mas também o desarmamento nuclear dos países que estão armados, o que não está ocorrendo.
Desarmamento unilateral
A revista publica providencial declaração do físico José Goldemberg, obviamente, em sustentação à sua linha editorial de desarmamento unilateral e de renúncia ao desenvolvimento tecnológico nuclear soberano, tal como vem sendo alcançado por outros países, entre eles Israel, jamais alvo de sanções por parte da AIEA ou da ONU, como se faz contra o Irã. Segundo Goldemberg, que já foi secretário de ciência e tecnologia, é quase impossível que o Brasil não tenha em andamento algum projeto que poderia ser facilmente direcionado para a produção de uma bomba atômica. Tudo o que os EUA querem ouvir para reforçar a linha de vetos e constrangimentos tecnológicos ao Brasil, como mostram os telegramas divulgados pelo Wikileaks. Por outro lado, tudo o que os EUA querem esconder do mundo é a proposta que Mahmud Ajmadinejad , presidente do Irà, apresentou à Assembléia Geral da ONU, para que fosse levada a debate e implementação: “Energia nuclear para todos, armas nucleares para ninguém”. Até agora, rigorosamente sonegada à opinião pública mundial.
Intervencionismo crescente
O semanário também publica franca e reveladora declaração do ex-presidente Cardoso : “Não havendo inimigos externos nuclearizados, nem o Brasil pretendendo assumir uma política regional belicosa, para que a bomba?” Com o tesouro energético que possui no fundo do mar, ou na biodiversidade, com os minerais estratégicos abundantes que possui no subsolo e diante do crescimento dos orçamentos bélicos das grandes potências, seguido do intervencionismo imperial em várias partes do mundo, desconhecendo leis ou fronteiras, a declaração do ex-presidente é, digamos, de um candura formidável.
São conhecidas as sintonias entre a política externa da década anterior e a linha editorial da grande mídia em sustentação às diretrizes emanadas pela Casa Branca. Por isso esses pólos midiáticos do unilateralismo em processo de desencanto e crise se encontram tão embaraçados diante da nova política externa brasileira que adquire, a cada dia, forte dose de justeza e razoabilidade quanto mais telegramas da diplomacia imperial como os acima mencionados são divulgados pelo Wikileaks.
Wikileaks revela gravíssima sabotagem dos EUA contra Brasil com aval de FHC
O Brasil não pode mais – I
VLS e crime de lesa-pátria

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Demóstenes Torres: o catão jaz cassado e a imprensa é cúmplice de seus crimes


Essa publicação está excelente. É muito clara e põe "os pingos nos  i's". Imperdível. É ler e passar prá frente.


Por Davis Sena Filho — Blog Palavra Livre

A imprensa, cúmplice de Demóstenes, o inflou e o abandonou.
 A cassação do jaz senador Demóstenes Torres é emblemática, porque se trata de um político que foi festejado pela direita partidária, bem como pela mídia empresarial, além da imprensa compromissada com os interesses das classes dominantes e dos países de vocação imperialista, aqueles considerados ricos e também “civilizados” por um sistema midiático hegemônico e, irremediavelmente, golpista e, portanto, corrupto.

Demóstenes Torres é o exemplo do fracasso político da direita e de todos seus tentáculos. A cassação do “catão” de Goiás, que adotado pela Veja, O Globo, Estadão, Folha de S. Paulo, Zero Hora, Época, Correio Braziliense e tevês Globo e Bandeirantes, entre outros veículos comerciais e privados foi uma derrota ímpar de um segmento conservador e refratário às mudanças e reformas necessárias para que o Brasil se desenvolva e seu povo tenha acesso a uma vida de melhor qualidade.

Inflado pela vaidade e com uma língua cortante e de discursos inflamados na tribuna do Senado e principalmente quando dava entrevistas para a imprensa pertencente à direita empresarial, Demóstenes Torres durantes anos atacou, sistematicamente, os governos trabalhistas de Lula e de Dilma e pedia, como se fosse o político defensor da ética, da moral e dos bons costumes, a queda de ministros, de executivos de estatais, de empresários e até de juízes que resistiam a atender seus interesses também vinculados aos propósitos do bicheiro Carlinhos Cachoeira, que não media limites para influenciar nas esferas de poder republicanas.
  
Comprovou-se, então, por intermédios de centenas de gravações da Polícia Federal que o “leão” de conduta e princípios austeros e sempre procurado e ouvido pela imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) não passava de um “rato” político, boy de luxo de um criminoso, que dava recados na tribuna do Senado para fazer acusações, chantagear e ameaçar autoridades, que, pressionadas pela velha imprensa, sua cúmplice em ações ilegais e irregulares, não conseguiam se defender adequadamente das acusações e por isso foram demitidos ou pediram demissão de seus cargos. Atualmente, muitas autoridades que praticamente foram imoladas processam veículos da imprensa de negócios privados. Contudo, o caldo já foi derramado.

Eles desejam, não disputam eleições e tentam pautar o País.
 O jaz senador de Goiás se tornou um cadáver político e a imprensa burguesa rapidamente se afastou para salvar o seu próprio “rabo”. Quem tem rabo preso teme, mesmo sabendo que tem poder, mas pouca credibilidade jornalística por se tornar oposição aos governos trabalhistas, pois percebeu que seus cúmplices, aliados e candidatos a cargos principalmente majoritários perderam a força e por isso estão entregues ao deus dará, por não oferecerem ao povo brasileiro projetos e programas de governo viáveis, porque simplesmente o PSDB e seus apêndices (DEM, PV, PPS e às vezes até o PSOL) não têm propostas exequíveis.

A verdade é que esses partidos são compromissados historicamente com as elites econômicas deste País e com os interesses do capitalismo internacional. Não foi à toa que essa turba vendeu o País, além ter ido ao FMI três vezes, de joelhos e com o pires na mão. Os tucanos e seus cúmplices, notadamente os paulistas da “elite” branca separatista herdeira de 1932, detestam o Brasil e desprezam o seu povo ao tempo que são mentalmente colonizados e com um enorme complexo de vira-lata.  Os tucanos e sua porta-voz, a imprensa burguesa, são a parte intrínseca, inerente de uns dos piores segmentos sociais do planeta: os ricos do Brasil e os governantes e funcionários públicos de alto escalão, a exemplo do juiz do STF, Gilmar Mendes, que tentam manter os interesses da classe dominante intactos.

Mas não vai ser possível para eles manter indefinidamente as coisas como eles queriam que estivessem, porque, fundamentalmente, governantes trabalhistas distribuem renda e riqueza. É histórico em toda a América Latina e no mundo. Contudo, é necessário e imperativo que o Governo Dilma Rousseff efetive o marco regulatório das mídias, porque deixar um setor econômico privado sem regulamentação é a mesma coisa que o dono de uma granja colocar lobos ou chacais ou coiotes para vigiar suas galinhas. Falcões e gaviões também não são recomendáveis.

Ministro das Comunicações Paulo Bernardo, cadê o projeto de regulamentação das mídias do jornalista Franklin Martins? O senhor não sabe? Então, pergunte à ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ou à presidenta Dilma Rousseff. Em alguma gaveta jaz o projeto. Lembre-se dos golpes no Paraguai e em Honduras! Lugo e Zelaya! Os dois caíram e foram eleitos democraticamente! A imprensa de ambos países e seus barões são golpistas iguais os daqui. Não respeitam as leis e desprezam a Constituição! Eles contratam seus sabujos de penas mentirosas e manipuladoras a peso de ouro! Quem avisa amigo é. Não esqueça que a imprensa privada brasileira capitaneada por seus barões até hoje tem um vínculo histórico e indelevelmente nostálgico com a escravidão.

Cúmplices para derrubar autoridades do governo. Golpistas.
O jaz senador Demóstenes Torres, o catão, e o bicheiro Carlinhos Cachoeira são quase a mesma pessoa no que tange a derrubar autoridades ou tentar derrubá-las, como fizeram com o governador do DF, Agnelo Queiroz, que prestou depoimento de forma  segura e franca e não satisfeito abriu suas contas bancárias, telefônicas e fiscais. Foi um cala-boca que fez a imprensa golpista esquecê-lo. Porém, os barões da imprensa também se calaram quanto ao governador de Goiás, Marconi Perillo, que, ao que parece, está envolvido até a medula com tal “empresário”, como gosta de falar e publicar a Folha de S. Paulo quando se reporta ao banqueiro... banqueiro do jogo do bicho, é claro.

A imprensa ataca o Governo e Lula e tenta pautar os juízes do STF. Os burgueses, os direitistas da imprensa precisam do “Mensalão”, que até hoje não foi juridicamente comprovado e negado pelo seu pivô, o senhor Roberto Jefferson. A verdade é que Jefferson tentou, junto a seus cúmplices do segmento empresarial e de setores do DEM e do PSDB dar um golpe “branco” de estado contra Lula, em 2005.

Os empresários e os jornalistas de confiança do sistema midiático fazem enorme pressão e manipulam as noticias com o propósito de o Mensalão ser julgado em agosto, porque precisam que esse evento aconteça antes das eleições de outubro. Eles querem condenar o José Dirceu e com isso condenar o Lula moralmente e manchar o governo de Dilma Rousseff. Essa é a estratégia, porque sabem que os candidatos que eles apoiam perdem as eleições ou tem muita chance de perdê-las.

Uma derrota do PSDB em São Paulo seria considerada um retumbante fracasso, e deixaria a direita política brasileira ainda mais fraca para lutar nas eleições presidenciais. Além disso, os negócios das Organizações(?) Globo e de grupos econômicos como a Folha, o Estadão e a Abril(Veja) seriam, certamente, investigados e contratos poderiam ser anulados. É público e notório que essas corporações privadas e de ideologia colonialista formalizaram há muito tempo contratos milionários com o poder público, especialmente com a prefeitura e o governo estadual de São Paulo. A imprensa burguesa e privatista detesta o estado, o que é público e do público, mas adora mamar em suas tetas. E há mais de cem anos os barões da imprensa fazem isso. Eles deveriam se desestatizar se tivessem um pingo de vergonha, por causa de suas contradições oportunistas.

Tucanos superaram o DEM como pior partido do mundo.
 Até as eleições, o sistema de mídias nas mãos de homens e mulheres de direita e confessadamente elitistas e colonizados inventarão fatos e criarão notícias dúbias com a finalidade de confundir o público. Mentirão também em razão de seus interesses serem concretizados. A CPMI da Veja-Época-Cachoeira-Demóstenes comprovará a aliança e a cumplicidade entre o crime organizado e a imprensa comercial e privada (privada nos dois sentidos, tá?) brasileira. Demóstenes que jaz, Cachoeira preso. Eumano Silva, diretor da revista Época(Globo) demitido, e Policarpo Jr., diretor da Veja, escondido pelo seu patrão, são a prova incontestável que a imprensa se torna bandida por si mesma. Cumplicidade e má fé. Jaz!  É isso aí.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Campanha "valorize a comunicação assistindo o que é publico"


De forma simples temos que apoiar está campanha:


Se temos a nossa
 

Prá que as outras?





Está na hora de fazermos diferente, isolando a mídia embusteira e manipuladora.

E divulgando a nossa TV Pública.